Nos dias 17 e 18 de fevereiro de 2009, reuniram-se nas dependências do auditório da Secretária da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do Estado do Rio Grande do Norte, em Natal, meteorologistas, pesquisadores e técnicos dos centros estaduais de meteorologia do Nordeste, Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, Instituto Nacional de Meteorologia e teleconferência com outras instituições ligadas a meteorologia do País, dentre elas, CPTEC/INPE e INMET, para a elaboração do prognóstico climático para o trimestre Março, Abril e Maio de 2009 para o setor norte da Região Nordeste do Brasil (NEB).
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E PREVISÁO CLIMÁTICA
Dentre as diversas variáveis meteorológicas e oceânicas, a mais importante com relação às análises das previsões de ocorrência de chuvas sobre o NEB é a temperatura das águas superficiais dos Oceanos Atlântico e Pacífico.
Durante o mês de janeiro e início de fevereiro, na área central do Pacífico Equatorial, a temperatura superficial apresentou anomalias negativas, de até -1ºC, configurando a continuidade do episódio de
Associado as configurações dos Oceanos Pacífico e Atlântico Tropicais, os modelos oceânicos e atmosféricos, dos centros nacionais e internacionais de meteorologia, do CPTEC/INPE, regionais da FUNCEME, norte-americanos (NCEP, NCAR, COLA e NASA) e europeus (Centro Europeu-ECMWF e Marx Planck Institute), estocásticos do INMET, indicam uma tendência de ocorrência de chuvas normais a acima da média sobre o setor Norte do Nordeste do Brasil.
PRECIPITAÇÃO NO TRIMESTRE MARÇO A MAIO
De acordo com a variabilidade da precipitação neste trimestre, os valores das chuvas, variam entre 450 e
PREVISÃO PARA O TRIMESTE MARÇO A MAIO DE 2009
A atual situação oceânica e atmosférica somada a maioria dos resultados de modelos de previsão climática indicam que as chuvas sobre o Norte do Nordeste do Brasil, no período de março a maio, ocorrerão com valores acima ou em torno da média histórica. Com probabilidades de ocorrência de 45% acima, 35% normal e 20% abaixo.
Vale salientar que este trimestre ainda não configura o período chuvoso de grande parte dos Estados de Alagoas e Sergipe e que para estes a previsão do trimestre deverá ser de chuvas dentro da normalidade.
Ressalta-se que, no início desta estação chuvosa, poderão ocorrer chuvas de intensidade moderada a forte decorrentes da atuação de sistemas transientes, tais como os Vórtices Ciclônicos nos altos níveis da atmosfera e a contribuição das oscilações intra-sazonais (Oscilações de 30-60 dias).
É importante observar a característica de alta variabilidade espacial e temporal com que se comportam as chuvas sobre o semi-árido nordestino, sendo de fundamental importância o monitoramento contínuo das condições atmosféricas sobre a região e as condições oceânicas/atmosféricas sobre os Oceanos Pacífico Equatorial e principalmente sobre o Atlântico Tropical.
Adverte-se que apesar da previsão de chuvas na categoria acima ou em torno da categoria normal, não está descartada a possibilidade de ocorrência de verânicos (períodos sem chuvas), característica esta inerente à região semi-árida do Nordeste do Brasil. O próximo Fórum de Análise e Previsão Climática para o Nordeste do Brasil ocorrerá em Recife – PE, durante o mês de março de 2009.
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba – AESA
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, EMPARN-RN;
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, FUNCEME-CE;
Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI-Natal-RN.
Instituto Nacional do Semi-Árido – INSA
Universidade Federal de Campina Grande/Departamento de Ciências Atmosféricas, UFCG/UACA;
Universidade Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA
Instituto Nacional de Meteorologia- INMET
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos- CPTEC/INPE
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos-Alagoas- SEMARH-AL