sexta-feira, 22 de abril de 2011

CEDEC REALIZA O V CHÁ & POESIA

Poetisa Clarice Lispector

Prof. Ailton Siqueira, da UERN

Tendo como palestrante o prof. Dr. Ailton Siqueira, da UERN, o Centro Educacional Elita Carlos – CEDEC, realizou às 13 horas da última terça-feira (19), o V Chá & Poesia, evento que envolve todos os alunos do ensino médio e a turma do 9º ano do fundamental. O tema deste ano foi a poetisa Clarice Lispector e sua obra literária.

Para ilustrar melhor o Chá & Poesia, com informações mais acadêmicas, o prof. Dr. Ailton Siqueira fez palestra sobre a autora e a sua obra. Os alunos do 1º ano do ensino médio recitaram letras de músicas contemporâneas; Alunos do 2º ano apresentaram um seminário sobre a obra de Clarice Lispector; e o 3º ano realizou um recital que teve como título: Cartas de Clarice, no qual as poesias de Clarice foram declamadas, enquanto o 9º ano do fundamental participou apenas como ouvintes.

A diretora do estabelecimento, profª. Helenita Castro, disse que essa participação dos alunos do 9º ano é um forma de familiarizá-los com o formato do evento para que no ano seguinte eles possam das as suas contribuições como alunos do 1º ano do médio. Ela falou também da importância desse tipo de atividade, tendo em vista que exige dos alunos um maior conhecimento sobre os autores da literatura nacional.

A participação de palestrantes de universidades, como o caso do prof. Dr. Ailton Siqueira, é uma forma de aprofundamento maior no tema escolhido, especialmente na visão acadêmica, uma vez que os alunos do 3º ano do ensino médio estão, praticamente, na porta da universidade e também necessitarão de conhecimentos literários para o vestibular, ressaltou a diretora.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Inovação é a palavra chave para os próximos 10 anos, garante secretário do MCT


O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT, Ronaldo Mota, disse que não é possível inovar sem produzir conhecimento. De acordo com Mota, que participou do Seminário Universidades e Empresas: Relações e Interesses, na Delegação da União Europeia no Brasil, em Brasília, o Brasil tem tido grande sucesso em produzir conhecimento, mas insucesso em transferi-lo. "Sem a primeira etapa, não há ciclo completo", explicou.

Para ele, inovação é a palavra chave para os próximos 10 anos e se o País não tivesse um mercado global na dimensão e na escala de hoje, a palavra inovação não teria significado. "Inovação está associada à ideia de mercado, de atendimento de demandas. É o motor da competitividade e do desenvolvimento sustentável. E quanto mais a demanda for globalizada, mais inovação passa a ter, com relevância", frisou.

Segundo o secretário, o Brasil se destaca em produção científica. O percentual do Produto Interno Bruto (PIB) que o País investe em C&T é quase o mesmo dos países desenvolvidos. Em 1995, o Brasil detinha 0,8% da produção científica mundial. Hoje, atinge 2,7%. Na América Latina, tinha 39% da produção científica. Agora, o País é responsável por 55% da produção do conhecimento.

"Não temos problemas de qualidade e nem de quantidade na formação dos nossos doutores e mestres. Crescemos uma média de cinco vezes mais do que a média mundial", explicou Mota.

O Seminário Universidades e Empresas: Relações e Interesses, na Delegação da União Europeia no Brasil, faz parte do ciclo de debates promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e União Europeia (UE), tendo por objetivo realizar discussões relevantes para elaboração de documento técnico. O material é fundamentado para distribuição a setores ligados à temática em questão. O encontro foi o segundo da série e o primeiro deste ano.

Fonte: Ascom do MCT

Inventores brasileiros acompanharão em tempo real andamento dos pedidos de patente


A partir de 3 de maio, os inventores brasileiros dispõem de uma nova ferramenta que dará mais agilidade ao processo de registro de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. O sistema e-Patentes/Parecer permitirá aos depositantes de patentes acompanharem, em tempo real, os pareceres técnicos dos respectivos pedidos. O diretor substituto da Área de Patentes do Inpi, Julio César Moreira, disse ontem (19) à Agência Brasil que o sistema vai tornar mais transparente o processo de exame e concessão de patentes no País.

"O inventor não ganha patente de pronto. O que ele deposita precisa ser corrigido, tanto com relação ao conteúdo, quanto à forma. E o Inpi faz exigências para o depositante se ajustar". Para obter a patente, o produto precisa ser novo, inédito no mundo, além de ser fruto de atividade inventiva e ter aplicação industrial.

Hoje, os depositantes de qualquer lugar do Brasil têm que receber, pelos Correios, uma cópia do parecer técnico do Inpi. Como o processo é demorado, o depositante acaba sendo prejudicado com perda de prazos por não receber o documento em tempo hábil. É justamente para resolver este problema que o instituto vai disponibilizar os pareceres técnicos pela internet, em tempo real.

A eliminação de papéis por meio do processamento eletrônico começa em maio, dentro de um projeto mais amplo que prevê a implantação, em março de 2012, do sistema e-Patentes, que permite o depósito das patentes também em tempo real pela internet (online). "Além de ter acesso aos pareceres via internet, (o inventor) vai depositar o pedido eletronicamente, sem ter que ir a um escritório do Inpi ou uma representação em qualquer lugar do Brasil".

A terceira etapa do projeto vai permitir que o inventor (depositante) acompanhe todo o processo de concessão de patentes pela internet, revelou o diretor.

O Inpi trabalha também no aperfeiçoamento da Plataforma Eletrônica de Exame Colaborativo (e-PEC), já disponível na internet, que permite o compartilhamento de informações na análise técnica dos pedidos de patentes no Brasil e em outros países. O sistema passa por acordos de cooperação com os Estados Unidos e países da América Latina. "É para a gente trocar informações sobre os exames técnicos, de tal forma que a gente tenha pareceres com maior qualidade e consiga decidir pedidos mais rapidamente".

Moreira disse que o objetivo da e-PEC é aumentar também a segurança jurídica para todos os interessados no processo, ao mesmo tempo em que estabelece um laço de confiança no trabalho que está sendo feito nos diferentes escritórios participantes do sistema.

O volume de depósitos de patentes recebidos pelo Inpi foi de 30 mil em 2010. Este ano, a expectativa é receber 32 mil depósitos. "Hoje, a gente está examinando patentes com bastante tempo. Temos qualidade, mas ainda não temos eficiência", avaliou o diretor substituto. O prazo médio para concessão de um registro de patente é oito anos. O objetivo, porém, é chegar a 2015 examinando todos os pedidos de patentes depositados até este ano.

Fonte: Agência Brasil

Marco Maia: Código Florestal será votado no início de maio


O presidente da Câmara, Marco Maia, informou que o projeto que altera o Código Florestal (PL 1876/99 e outros) será incluído na pauta do Plenário nos dias 3 e 4 de maio. Maia acrescentou que, até lá, o relator do projeto, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), terá tempo para fazer os ajustes necessários.

Maia admitiu que não haverá um acordo total sobre o parecer, mas acredita que haverá acordo sobre 99% dos dispositivos do código. Ele informou ainda que os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence; irão à Câmara na próxima semana para conversar com líderes e bancadas. Segundo Maia, os ministros terão oportunidade de explicar a posição conjunta do governo sobre o código.

Posição de bancadas - O presidente disse que teve reunião ontem (19) com a bancada do PT, por isso acredita no acordo para votação em maio. "É inegável o esforço de todos para buscar um acordo que seja produtivo para toda a sociedade. A câmara de negociação também teve papel importante para encontrar um entendimento entre os setores. Depois dessa discussão, o projeto está pronto para ir a Plenário", afirmou Maia.

O líder do governo em exercício, Lincoln Portela (PR-MG), e o 1º vice-líder do PSDB, Otavio Leite (RJ), também confirmaram o acordo para a votação do código.

O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) disse que está otimista quanto à votação já no início de maio, "porque o governo atendeu pedido da bancada petista no sentido de alinhar a posição quanto ao novo código". Tatto avalia que o encontro com os ministros ajudará no posicionamento dos deputados. "Provavelmente o governo vai ter uma proposta unificada, uma posição em relação ao tema. A tendência da bancada do PT é seguir junto com a proposta unificada do governo. Evidentemente, sem prejuízo de possíveis destaques em uma proposta ou outra."

Vice-líder do governo, Luciano Castro (PR-RR) destacou que a câmara de negociação ajudou na evolução do texto, mas não descartou divergências. "Naturalmente que não é uma votação pacífica. Haverá muita discussão, mas tenho convicção de que vamos conseguir aprovar um bom texto. Bom para o Brasil, bom para os produtores e bom para a sociedade."

Temas não discutidos - Há, no entanto, quem defenda a votação da matéria em data posterior. Líder do Psol e integrante da câmara de negociação, Ivan Valente (SP) atribuiu a pressa na votação do código à pressão da bancada ruralista. "O presidente Marco Maia errou ao marcar a data. Ele não deveria ter aceito a pressão dos ruralistas porque a câmara de negociação que ele criou não concluiu seus trabalhos e hoje os ruralistas boicotaram o funcionamento da Câmara."

Conforme ressaltou Valente, a câmara de negociação discutiu apenas um tema, mas, mesmo assim, não houve consenso sobre as chamadas áreas de proteção permanente (APPs). Segundo ele, pontos polêmicos do Código Florestal, como a anistia aos desmatadores, nem chegaram a ser analisados.

Acordo com ambientalistas - O deputado Aldo Rebelo se reúne nesta quarta-feira (20) com o líder do Partido Verde e coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), para buscar um acordo final para o texto do relatório.

Fonte: Agência Câmara

Nota do blog - Enquanto o mundo discute formas para salvar o planeta das mudanças climáticas, incentivando o plantio mais árvores, forçando países a reduzirem a emissão de gases poluentes, o Brasil discute no Legislativo um verdadeiro retrocesso no seu Código Florestal, anistiando quem desmata e reduzindo as áreas de Reserva Legal. Estamos aguardando que os deputados e senadores não transformem o nosso país em um dos vilões destruidores do Planeta Terra.

São Paulo sedia 11ª edição do Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos do PMI


Acontece de 15 a 17 de Agosto de 2011, no Centro de Convenções Frei Caneca, a 11ª edição do Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos do PMI – Project Management Institute, organizado pelo capítulo São Paulo e destinado às empresas e profissionais interessados em atualizar seus conhecimentos sobre as melhores práticas de mercado na área de gerenciamento de projetos. 

Este ano, o evento terá como foco as questões relacionadas à gestão das pessoas numa equipe de projeto, tema bastante presente entre as expectativas da comunidade em constante ascensão no Brasil e no mundo. 

Por meio de estudos e muitas discussões, foi identificado que o profissional completo precisa de métodos e conhecimentos amplos que os permitam melhor questionar o que fazem e o motivo pelo qual tomam suas decisões, atribuindo a devida importância para a dinâmica provocada pela Geração Y. 

Com um leque de profissionais reconhecidos no mercado nacional e internacional, sendo executivos, consultores e especialistas em gestão, o Seminário traz a oportunidade de apresentar e discutir de forma interativa com a audiência assuntos e experiências em gestão de projetos, assim como desafios, tendências e reflexões sobre o futuro, ações sustentáveis e sobre o ambiente profissional, em constantes mudanças. 

A expectativa da equipe coordenadora do evento é que todos os assuntos discutidos no Seminário permitam inspirar os profissionais presentes a criar novas ideias que os levem à formulação de questões relevantes e desafiadoras no processo de inovação dos projetos tão essenciais para sobrevivência das organizações. 

Em complemento, essa, assim como as outras edições, promete oferecer um networking amplo e consistente, que integra profissionais dos mais diversos focos de atuação. 

Alguns dos nomes já confirmados para o evento são Rodney Neuri Carvalho, que atua há 22 anos no desenvolvimento e implantação de programa de gestão e Desenvolvimento de Recursos Humanos para empresas, no Brasil e no exterior, Heitor Roriz Filho, que trabalha atualmente como Agile Coach e Trainer em São Paulo e Farhad Abdollahyan, que possui mais de 28 anos de experiência profissional em consultoria e capacitação em gestão de projetos. 

Para saber mais sobre a 11ª Edição do Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos do PMI, acesse o portal: www.pmisp.org.br/11seminario

Informações para a imprensa - ( (11) 3976-0225 / 9781-2402 c/ Eliana Zani. Fonte: Omnipress Comunicação Empresarial

terça-feira, 19 de abril de 2011

Injeção protetora

Pesquisadores anunciam que, a partir de uma nova descoberta, poderão desenvolver uma terapia que, com uma simples injeção, limitaria as consequências devastadoras de ataques cardíacos e derrames.

O estudo, que será publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), foi coordenado por Wilhelm Schwaeble, do Departamento de Infecção, Imunidade e Inflamação da Universidade de Leicester (Reino Unido), que descreveu o trabalho como "uma conquista nova e fascinante".

Segundo ele, a equipe já começou a transformar a pesquisa em novas terapias clínicas. O estudo foi feito em parceria com colaboradores do King's College London (Reino Unido), da Universidade Médica de Fukushima (Japão) e da Universidade Estadual de Nova York (Estados Unidos).

Os cientistas identificaram a enzima serina-protease associada à lectina ligadora de manose-2 (Masp-2, na sigla em inglês), encontrada no sangue e componente central da via das lectinas de ativação do complemento, um componente do sistema imune inato.

A via da lectina é responsável pela potencialmente devastadora resposta inflamatória do tecido, que pode ocorrer quando qualquer tecido ou órgão do corpo é reconectado ao suprimento sanguíneo depois de uma isquemia - uma perda temporária do fornecimento de sangue e do oxigênio que ele transporta.

Essa resposta inflamatória excessiva é, em parte, responsável pela morbidade e mortalidade associadas ao infarto do miocárdio e aos acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Além disso, o trabalho indicou uma maneira de neutralizar essa enzima, aumentando um anticorpo terapêutico contra ele.

Uma única injeção de anticorpos em animais tem se mostrado suficiente para interromper o processo molecular que leva à destruição de tecidos e órgãos que acompanha os eventos isquêmicos, resultando em danos significativamente menores.

"Essa é uma conquista fascinante na busca de novos tratamentos que possam reduzir de forma considerável o dano tecidual e deficiência nas funções dos órgãos, que ocorrem após isquemia em condições graves como ataques cardíacos e derrames", disse Schwaeble. "Também ficou demonstrado em animais que essa nova terapia potencial foi capaz de melhorar significativamente os resultados de cirurgias de transplante e pode ser aplicável a qualquer procedimento cirúrgico no qual a viabilidade do tecido estiver em risco devido à interrupção temporária do fluxo sanguíneo", afirmou.

"O foco principal do estudo consistiu em identificar um mecanismo molecular responsável pela resposta inflamatória exacerbada que pode causar uma destruição considerável nos tecidos e órgãos após a perda temporária do fornecimento de sangue - um fenômeno fisiopatológico conhecido como isquemia e reperfusão", disse.

"Limitando respostas inflamatórias nos tecidos privados de oxigênio é possível melhorar os resultados de forma dramática, aumentando a taxa de sobrevivência entre os pacientes que sofrem ataques cardíacos ou derrames cerebrais", afirmou Schwaeble.

Nos últimos sete anos a equipe da Universidade de Leicester tem trabalhado em estreita colaboração com um parceiro comercial, a empresa Omeros, em Seattle (Estados Unidos), a fim de desenvolver anticorpos terapêuticos para a pesquisa e para aplicações clínicas.

A Omeros detém com exclusividade os direitos de propriedade intelectual das proteínas Masp-2 e de todos os anticorpos terapêuticos que visam a Masp-2. A empresa já começou a fabricação escalonada de um anticorpo para o uso em ensaios clínicos humanos.

O artigo Targeting of mannan-binding lectin-associated serine protease-2 confers protection from myocardial and gastrointestinal ischemia/reperfusion injury, de Wilhelm Schwaeble e outros, pode ser lido em breve por assinantes da Pnas em:

 www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1101748108.

Fonte: Agência Fapesp

Mudança Climática é tema de evento realizado pela Abes-SP


De 25 a 27 de maio, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental promove o Seminário: Mudanças Climáticas e as Interfaces com o Saneamento.
 
O evento objetiva divulgar os principais conceitos, informações sobre políticas públicas, mecanismos de mercado e inventários de emissões de GEE para os profissionais do setor de saneamento básico; promover a integração da Abes-SP com outras instituições e grupos de trabalho interessados no tema; mobilizar a sociedade para participar do esforço mundial no combate às mudanças climáticas; apresentar experiências e estudos de caso sobre a temática; discutir questões relacionadas ao risco climático, seu gerenciamento e correlação com a saúde e a educação ambiental; apresentar mecanismos de financiamento de iniciativas e prevenção das mudanças climáticas e mitigação dos GEE; e promover a inauguração da Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

Para Dante Ragazzi Pauli, presidente da Abes-SP, o tema é fundamental para explicar as mudanças provenientes das alterações climáticas que interferem com relevância no ecossistema. "Julgamos, como instituição que fomenta a capacitação, extremamente necessário a realização de um evento com esta abordagem. Basta assistirmos aos telejornais para acompanhar as mudanças provenientes das alterações climáticas", enfatiza.

Para ele é fundamental a capacitação de pessoas para discutir o tema com profundidade e tomar ações preventivas, que podem salvar de vidas. "Para tomar medidas preventivas é necessário conhecer a fundo o tema que é relativamente novo no mundo todo. Ninguém sabe de fato o que pode ocorrer, é tudo hipotético", diz Pauli.

Na opinião de Otávio Okano, presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o tema está cada vez mais em pauta e deve ser amplamente discutido.

Para informações ou inscrição contate o email gerencia@abes-sp.org.br ou o telefone (11) 3814-1872. Acesse a programação completa no link:http://www.abessp.org.br/cursos-e-eventos

Fonte: Ascom da Abes-SP

O acidente nuclear do Japão expressa a "sede vampiresca por sangue vivo do trabalho"


Artigo* de Frederico L. Romão** enviado ao JC email.

O espectro radioativo envolve em seus tentáculos cancerígenos e mutantes, mais uma vez, grandes populações humanas. Desde o anúncio das explosões ocorridas na central nuclear de Fukushima no Japão, que o mundo acompanha, em meio ao desencontro de informações, o potencial remake da "síndrome da china", desta feita, em preto e branco. E, ora, como ficam os defensores de que a energia nuclear seria fonte limpa e segura?

Segundo a Energy Information Administration/Monthly Energy (2008), de 1975 a 1990, houve um crescimento de 116,7 % no número de usinas nucleares construídas no mundo. Em meados da década de 70 existiam 42 usinas, em 1990 já são 112. Após o desastre nuclear ocorrido em 1986, na cidade de Chernobyl, praticamente cessam as construções de novas usinas.

Entretanto no início da década de 2000, a busca por crescimento econômico, associada à patente constatação do esgotamento ambiental, a partir principalmente dos dados que evidenciaram o aquecimento global, o uso nuclear para produção de energia torna-se fenômeno retumbante entre governos, agências e competentes pesquisadores pelo mundo afora.

Mesmo que nos atenhamos apenas aos argumentos nacionais, é possível tais encontrá-los às escâncaras: "É fonte limpa quando comparada com os combustíveis fósseis, hidroelétricas e/ou carvão"; "não há chances de ocorrer outro acidente como Chernobyl"; "a fiscalização fica a cargo de organismos internacionais idôneos"; "um país e/ou região (Nordeste) pobre não pode prescindir de tamanho investimento".

Esquecem-se os doutos de que não existe fonte de energia absolutamente limpa; menos ainda a energia nuclear, que mesmo não se considerando os seus derivados acidentes, gera lixo que por séculos poderá destruir vida. A impossibilidade científica de acidentes só é possível nas mentes iluministas do século 18; o século 20 sepultou de há muito essa tese.

Acreditar na idoneidade das agências internacionais de energia nuclear é tapar olhos e ouvidos para os gritos e estampidos que ecoam das guerras do Golfo. Se royalties e investimentos das usinas nucleares por si só trouxessem prosperidade, desenvolvimento e também progresso, diversos municípios brasileiros produtores de petróleo não estariam imersos em agressiva miséria. Em verdade, a energia nuclear, desde sempre, tem sido uma questão geopolítica.

É degradante saber da disputa travada por governadores nordestinos em busca do urânio enriquecido para os seus territórios, em nome do que promovem "tour heurístico". Flagrante exemplo é o governo sergipano, financiando tais evoluções obviamente com dinheiro público, para o deleite de empresários, políticos e cientistas, que vão conhecer in loco as usinas nas praias de Angra.

Qual o registrado na recente tragédia no estado do Rio de Janeiro, mais uma vez se adjetiva de "natural" um desastre absolutamente construído e previsível. Como não responsabilizar o homem pelo adensamento populacional, associado à armazenagem e ao processamento de material radioativo em áreas inseridas no círculo de fogo do Pacífico?

Resolver o problema de produção de energia através da construção de usina nuclear traduz-se em mais uma "fuga para frente". A imperiosa exigência de sobrevivência do capital busca continuadamente alternativas que preservem a sua metabólica necessidade de realização de lucros, mesmo quando o fluido propulsor da engrenagem é o sangue humano (Marx, 1983).

O planeta dá reiteradas demonstrações do seu depauperamento ambiental. A questão não é mais se buscarem novas formas de energia, mas precipuamente se construirem novas relações sociais, nas quais o consumo exacerbado não seja o fio condutor das sociabilizações. Têm-se, pois, sob a névoa, por conseguinte, relevantes tarefas pedagógicas e políticas que haverão de arrebatar das mãos monetárias do mercado o timão do desenvolvimento social.

*Artigo também publicado no site da Universidade Federal de Sergipe (UFS)
**Doutor em Ciências Sociais/Unicamp, professor voluntário do Departamento de Serviço Social/UFS. (fredericoromao@uol.com.br)

Produção de Etanol: Primeira ou segunda geração?

Artigo de Thályta Fraga Pacheco* enviado ao JC email pela Ascom da Embrapa.

O etanol tem sido considerado uma alternativa para diminuir problemas ambientais e energéticos no mundo em razão da escassez e alta dos preços dos combustíveis fósseis e da poluição por eles causada. O Brasil encontra-se em uma posição privilegiada no que se refere à produção de etanol, por apresentar vantagens na tecnologia de produção, possibilidade de liderança na agricultura de energia e mercado de biocombustíveis sem ampliar a área desmatada ou reduzir a área destinada à produção de alimentos. Além disso, a matriz energética brasileira já é um exemplo de sustentabilidade, pois enquanto a média mundial é o uso de apenas 14% de fontes renováveis, o Brasil utiliza 46,8% dessas fontes.

Nesse cenário, tecnologias capazes de melhorar o desempenho da produção no setor agroenergético ganham importância fundamental no País. Esse aumento de produção, do ponto de vista de processamento industrial, pode se dar de duas formas: por aperfeiçoamentos das tecnologias para produção de etanol de primeira geração, a partir da sacarose da cana; ou pelo desenvolvimento científico e tecnológico de produção do, etanol lignocelulósico (chamado de segunda geração), produzido a partir da celulose e hemicelulose.

Apesar de a produção de etanol a partir da sacarose ser um processo bem estabelecido no Brasil, com os menores custos, a maior produtividade e o melhor balanço energético do mundo, ainda há espaço para crescimento e redução de custos. Existem ainda diversas possibilidades de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação para o aperfeiçoamento da produção de etanol a partir do caldo da cana, elevando-se os rendimentos de conversão e a produtividade global do processo.

Entretanto, para evitar que se atinja o limite da oferta ou venha a ocorrer a competição pelo uso da terra para a produção de biocombustíveis e de alimentos, é necessário investir no desenvolvimento de tecnologias de segunda geração para produção de etanol. A estimativa é de que o aproveitamento do bagaço e parte das palhas e pontas da cana-de-açúcar eleve a produção de álcool em 30 a 40%, para uma mesma área plantada. As demais matérias-primas para as quais se buscam tecnologias de processamento, tais como capim-elefante, braquiárias, panicuns e árvores de crescimento rápido podem representar alternativas competitivas e eficientes para locais onde não se cultiva ou cultivará cana-de-açúcar.

A combinação das rotas de primeira e segunda gerações na produção de etanol de cana-de-açúcar permitirá obter maior quantidade de combustível sem aumentar o volume de matéria-prima cultivada nem a área plantada, mas, em consequência, ter-se-á menor disponibilidade de bagaço para geração de energia elétrica. No momento em que a tecnologia de segunda geração estiver em escala comercial, as usinas seguirão a lógica do mercado, voltando sua produção para eletricidade ou etanol, de modo semelhante ao que ocorre com a destinação do caldo, que a depender das condições produz mais etanol ou mais açúcar.

Vários especialistas defendem a ideia de que, no momento, o Brasil precisa mais de energia elétrica do que de combustíveis líquidos, e que a utilização de bagaço para produção de etanol não seria benéfica, visto que o país sofreu, há pouco tempo, uma restrição no desenvolvimento econômico e social devido ao racionamento de energia elétrica. Entretanto, é imprescindível que o país mantenha sua liderança mundial no campo dos biocombustíveis e garanta produção suficiente para atendimento da demanda nacional e parte de demanda externa. Para isto, é necessário que se somem esforços de melhoria do processo atual e que se estabeleça e implante a produção de etanol lignocelulósico.

Se o objetivo for elevar os índices de produção de etanol, o País obteria mais benefícios, a curto prazo, investindo no melhoramento do processo de produção a partir do caldo da cana. Entretanto, para que o País continue a ter vanguarda nesta área, tanto em produção como disponibilização de tecnologias, é necessário que possa dominar também o conhecimento de novas rotas de produção e o emprego de novas matérias-primas.

O desenvolvimento tecnológico do etanol de segunda geração não exclui a tecnologia em uso; ambas irão coexistir de modo a se complementar. É possível continuar com os avanços sobre a tecnologia em uso e atingir grandes ganhos com as tecnologias em desenvolvimento. A produção de etanol com alta eficiência e sustentabilidade será resultado da integração e otimização de ambos os processos: primeira e segunda gerações, e envolvem grupos multidisciplinares de pesquisa trabalhando em diferentes áreas de PD&I.

*Analista A da Embrapa Agroenergia (thalyta.pacheco@embrapa.br).
(Ascom Embrapa Agroenergia)

Fapes empossa Conselho Científico e busca desenvolvimento integrado do Espírito Santo

Composto por nove membros, o Conselho Científico Administrativo (Ccaf) da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Fapes) começa suas atividades. O órgão é um colegiado responsável pelas consultas e deliberações que regem o sistema de Ciência e Tecnologia (CT&I). O desenvolvimento integrado do estado a partir do investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação é uma das principais metas deste setor.

A cerimônia de posse foi na Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, onde o grupo foi recebido pelo secretário Jadir Péla e oficializado pelo diretor presidente da Ccaf, Anilton Salles Garcia.

Garcia fez uma exposição sobre as atribuições e desafios do sistema estadual de CTI, destacando a necessidade do Espírito Santo debater e aprovar a Lei Estadual de Inovação, instrumento que permitirá mais incentivo à atividade de inovação. Além disso, relatou as principais atividades e avanços da Fapes neste ano, tais como os editais para fomento da pesquisa e inovação e as diversas reuniões com pessoas e instituições que virão a fortalecer a política estadual de CT&I.

O secretário Jadir informou que vem trabalhando para que os diversos órgãos de governo se utilizem mais das ações da CT&I e, ao mesmo tempo, para que outras secretarias de CT&I do Sudeste também contribuam com parcerias e programas aos capixabas, já que o estado representa o Sudeste no Conselho Nacional de Secretários de CT&I.

Composição - Nomeados pelo decreto governamental 890, de 13 de abril de 2011, o Ccaf tem como membros natos, o presidente, Anilton Salles Garcia, a diretora técnica, Valéria Fagundes, e a diretora administrativa, Maria Tereza Colnaghi Lima. São representantes do Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes), Marcos Roberto Lima (titular) e Sávio Bertochi Caçador (suplente). Também compõem o órgão, por parte do Setor Produtivo, Iomar Cunha dos Santos (titular), Paulo Sergio Teles Braga (suplente), José Ivo Grilo (titular), Roberta Marcolano Picoli Martineli (suplente), Liliane Ferreira Fundão (titular) e Sandro Marcolano Perovano (suplente). E, como participantes da Comunidade Técnico-científica, Antonio Alberto Ribeiro Fernandes (titular), Luiz Fernando Loureiro Fernandes (suplente), Elietti Rabbi Bortolini (titular), José Aires Ventura (suplente), Renato Tannure Rotta de Almeida (titular) e José Roberto de Oliveira (suplente).

Fonte: Portal da Secretaria de C&T do ES

Eólicas têm R$ 25 bi em investimentos


Estimativa considera projetos com início das operações até 2013; aumenta o interesse por fusões e aquisições. Instalação de fábricas de equipamentos no País escala e avanços tecnológicos reduziram o custo da energia.

Os projetos de energia eólica (gerada pela força do vento) no País, com entrada em operação prevista até 2013, somam R$ 25 bilhões em investimentos, segundo a Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). A projeção considera empreendimentos vencedores de leilões em 2009 e 2010, a conclusão do Proinfa -programa de fontes alternativas do governo - e projetos com venda de energia prevista no mercado livre, que reúne grandes consumidores.

Fusões e aquisições não estão incluídas nessa conta, embora também passem por forte aquecimento.

A CPFL Energia anunciou, no intervalo de dez dias, a compra da líder no setor no País, a SIIF Énergies, e admitiu manter "tratativas" com a Ersa Energias Renováveis, que diz negociar uma "associação" com a CPFL. A participação das eólicas na matriz da CPFL deve passar de 7,6% em 2011 para 18,2% em 2013.

"A energia eólica ganhou competitividade nos últimos anos. O custo dos equipamentos caiu e houve melhora em eficiência", diz Gustavo Estrella, diretor de relações com investidores da CPFL. "Além do enorme potencial e do avanço da tecnologia, a energia eólica gera menos problemas ambientais", afirma Lindolfo Zimmer, presidente da Copel, que procura parceiros no setor.

Capacidade instalada - Os projetos em construção elevarão a capacidade instalada de geração de energia eólica de 900 MW em 2010 para 5.300 MW em 2013. "Apesar do crescimento, a participação das eólicas na capacidade total de geração será de apenas 4% em 2013", diz Ricardo Simões, presidente da Abeeólica. Hoje, esse percentual é de 0,5%.

O potencial é grande. Mapeamento realizado em 2000 aponta a possibilidade de geração de 143 GW no País. Especula-se que esse potencial seja ainda maior, caso sejam consideradas turbinas mais modernas, entre 80 e 100 metros de altura. "Ele estaria entre 300 e 400 GW, pelo menos", estima Steve Sawyer, do GWEC (Conselho Global de Energia Eólica).

A complementaridade com a energia hidráulica - os ventos são mais fortes no período seco - deixa o investimento atrativo do ponto de vista estratégico para o país.

Custos - Durante anos apontado como um dos principais entraves ao desenvolvimento do setor, o preço passou a contar a favor dessa fonte alternativa. "Os preços têm caído. No leilão de 2009, o valor médio ficou em R$ 148 o MWh e, no ano passado, em R$ 135", diz Sérgio Marques, presidente da Bioenergy.

"É um círculo virtuoso. Quanto mais leilões você realiza, mais empresas vêm ao País, mais escala você adquire e maior é a possibilidade de o preço baixar", afirma Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

O anúncio de novos projetos desenvolvidos exclusivamente no mercado livre - onde comprador e vendedor negociam diretamente - comprova a maior competitividade. "Mostra que essa fonte é realmente economicamente viável", diz Tolmasquim.

Análise: Avanço no País é animador, embora ainda seja tímido

Luiz Pinguelli Rosa* Especial para a Folha de São Paulo de hoje (19).

Entre as fontes primárias convencionais de energia no Brasil, destacam-se o petróleo, o gás natural e a hidroeletricidade - objeto de críticas, embora seus reservatórios tenham sido reduzidos.

O carvão é pouco usado, exceto na siderurgia. Nas fontes alternativas, ganharam importância os biocombustíveis, especialmente o álcool, também alvo de polêmica, acusado de competição com alimentos e de contribuir para o desmatamento.

A energia eólica cresceu após o último leilão, seu custo caiu e é promissora. O uso da energia solar é pequeno, mesmo para aquecimento.

Entre as fontes não renováveis, a energia nuclear, que representa 3% da potência elétrica brasileira, é a única que não emite gases do efeito estufa. Entretanto, inspira preocupação o acidente em curso com os reatores japoneses em Fukushima.

A participação das fontes renováveis no Brasil é de 47%, enquanto no mundo esse percentual é de 13% e, nos países da OCDE, é de 6%.

No mundo, os combustíveis fósseis somam 75%, com o petróleo à frente. Em nove anos o preço do petróleo foi multiplicado por 14. O preço do barril do óleo cru em 1999 era US$ 10, mas em 2008 beirou US$ 140. Caiu a menos de US$ 50 para voltar a subir, chegando a US$ 120 em abril.

Fatores contribuíram na questão do petróleo. Houve previsão de queda da produção, embora tenha havido descoberta do pré-sal aqui. A alta do consumo nos países em desenvolvimento foi puxada pela China. A instabilidade no Oriente Médio, área produtora, foi evidenciada pela ocupação do Iraque. Ocorrem agora rebeliões nos países árabes.

Por sua vez, o efeito estufa tornou-se um grande problema político. O Brasil assumiu, na Conferência de Copenhague, o compromisso de reduzir suas emissões previstas para o ano de 2020.

Considero animador o avanço da energia eólica, complementar à hidrelétrica, embora ainda tímido em relação ao potencial brasileiro. Também é alvissareiro o aumento do consumo do álcool nos automóveis, embora afetado pela crise da produção do etanol em 2011, que reduziu sua participação.

* Diretor da Coppe (programa de pós-graduação em engenharia) da UFRJ.

Fonte: Folha de São Paulo

Nota do blog: Essa corrida para implantação de parques eólicos, como se representassem a única salvação do planeta, está fazendo com que troquem "os pés pelas mãos" na hora de conceder o licenciamento destes empreendimentos. No Rio Grande do Norte, o órgão licenciador escolheu para localização de vários parques, uma reserva de desenvolvimento sustentável, passando por cima da legislação federal e declarando que está obedecendo resoluções do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente. 

Aerogeradores estão sendo instalados sobre o que antes eram dunas (APPs), mangues (APPs) e restingas, como se aquela área fosse a última disponível do planeta. Praticamente todo o litoral do Estado tem na velocidade dos ventos todas as condições propícias para este tipo de produção de energia e nenhuma desculpa serve para justificar a destruição do meio ambiente para a produção daquela que é chamada de "energia limpa", e que no RN é tão suja como um "pau de galinheiro".

Pesquisador da USP recebe Prêmio Péter Murányi 2011

Ganhadores do prêmio têm espaço na programação científica nas reuniões anuais da SBPC para apresentar suas pesquisas. O médico e pesquisador Marcelo Britto Passos Amato, do Laboratório de Pneumologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é o ganhador do Prêmio Péter Murányi 2011 - Desenvolvimento Científico e Tecnológico 2011.

Amato foi escolhido pelo trabalho Estratégias inovadoras para redução da morbi/mortalidade em UTI e ventilação artificial: criação e desenvolvimento da tomografia por impedância elétrica. A honraria foi entregue pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, no dia 14.

O médico desenvolveu um tomógrafo que faz 50 imagens por segundo dos pulmões de pacientes submetidos à respiração artificial. Para isso, usa uma propriedade dos tecidos humanos, a impedância - a resistência que eles têm à passagem de corrente elétrica.

É como um raio X que, ao cruzar um corpo humano, encontra mais resistência nos ossos, o que gera a imagem deles. No Tomógrafo por Impedância Elétrica (TIE), em vez de ondas eletromagnéticas (como os raios X) é usada uma corrente elétrica para atravessar os tecidos, nesse caso, os pulmões.

O prêmio recebido por Amato foi o décimo concedido pela Fundação Péter Murányi desde 2002. São premiadas pessoas físicas ou jurídicas que se destacam em descobertas ou trabalhos científicos que beneficiem o desenvolvimento e o bem-estar social.

Fonte: Agência Fapesp

SBPC seleciona profissional para atuar no Congresso até o próximo dia 30

Selecionado deverá acompanhar as políticas públicas de interesse da comunidade científica, e participar das discussões sobre questões que envolvam aspectos científicos e tecnológicos. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBBPC) está selecionando um profissional para atuar como representante da entidade no Congresso Nacional. Os interessados têm até o próximo dia 30 para se inscrever, conforme instruções do edital: http://www.sbpcnet.org.br/site/arquivos/Edital.pdf

Para a função, o profissional deverá acompanhar as políticas públicas de interesse da comunidade científica, e participar das discussões sobre questões que envolvam aspectos científicos e tecnológicos, a exemplo dos transgênicos, do código florestal, das políticas na área de medicamentos, entre outros.

Perfil - Os candidatos devem ter formação e atuação em ciências exatas ou tecnológicas, ciências biológicas, ciências humanas ou sociais e comunicação, com pelo menos cinco anos de atuação profissional e interesse em políticas de ciência e tecnologia. Durante o período de contrato, deve residir em Brasília e ter disponibilidade para viagens frequentes.

Atendimento à Imprensa
Acadêmica Agência de Comunicação
(11) 5549-1863 / 5081-5237 / acfreitas@academica.jor.br
(Assessoria de Imprensa da SBPC)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Revista americana destaca teoria de pesquisadores do CBPF


Essa teoria, já abordada em mais de três mil artigos científicos, generaliza a de Ludwig Boltzmann ao focalizar sistemas complexos, dentre os quais os de turbulência, economia, linguística e problemas relacionados à ecologia e biologia. Um ano após ser confirmada pelo maior instrumento científico do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), instalado na fronteira entre França e Suiça, a teoria de Tsallis de 1988, do pesquisador Constantino Tsallis do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), amplia sua notoriedade ao ser publicada na revista Physical Review Letters, na edição do último dia 8.

Essa teoria, já abordada em mais de três mil artigos científicos, generaliza a de Ludwig Boltzmann ao focalizar sistemas complexos, dentre os quais os de turbulência, economia, linguística e problemas relacionados à ecologia e biologia. A teoria de Boltzmann, apontada como um dos pilares da física contemporânea, tipicamente aborda sistemas relativamente mais simples, tais como gases, isolantes e metais tradicionais.

Além Tsallis, o artigo na Physical Review Letters - que pertence a uma das principais organizações de físicos do mundo, a Sociedade America de Física (APS, na sigla em inglês) - é assinado também por outros dois pesquisadores do CBPF, Fernando Dantas Nobre e Marco Aurelio Rego Monteiro.

No artigo, eles complementam de modo não linear as equações mais importantes da mecânica quântica para partículas livres, especificamente as equações de Schroedinger, de Klein-Gordon e de Dirac, fazendo com que apareçam pela primeira vez indicações da existência de matéria e de anti-matéria, principalmente elétron e pósitron, na natureza.

"Surpreendentemente, essas soluções exatas de partículas livres preservam a célebre expressão de energia de Einstein, em particular E=mc2", diz Tsallis, ao Jornal da Ciência. 

Retornos sociais - Apesar de ser elaborada há mais de duas décadas, a teoria de Tsallis 1988, ainda que abstrata, começou a ser praticada nos últimos anos. Em 2010 três engenheiros indianos publicaram um procedimento que permite aperfeiçoar sensivelmente o diagnóstico de câncer incipiente em mamografias. Eles usaram como base técnicas específicas de processamento de imagens introduzidas por tecnologistas do CBPF, dentre eles Marcelo de Albuquerque.

"O processamento da mamografia utilizando a teoria de 1988 identifica pontinhos que delatam microcalcificações possivelmente cancerosas. Os pontinhos (diagnosticados) podem ser menores do que meio milímetro. Portanto, por serem minúsculos, se apenas apalpados (os seios) não podem ser percebidos por nenhum médico do mundo", enfatiza Tsallis.

Ao usar a teoria, já com 23 anos, diz o seu formulador, os engenheiros elevaram de 80% para 97% as taxas de verdadeiros positivos "com sucesso". Isso significa que podem ser salvas mais 17 mulheres dentre 100 com câncer incipiente. "Ao diagnosticar esse problema, o médico encontra-se em condições de avisar a tempo. E quem avisa amigo é", destaca.

A teoria de Tsallis pode ser aplicada tanto na área de mamografias quanto na indústria de cerâmica. Dois pesquisadores franceses, Alexandre Boulle e Aurélien Debelle, do Centro Europeu de Cerâmica de Limoges, fizeram experimentos de tal conhecimento no âmbito da tecnologia usada na famosa cerâmica de Limoges (esmaltes medievais), trabalho publicado em Julho de 2010, agregando mais valor a tal material.

Fonte: JCiência

Congresso Internacional Six Sigma será em maio


Evento discute ações sobre a eficiência e excelência na gestão de empresas nacionais para concorrer no mercado internacional. A Six Sigma Brasil em cooperação com o Projeto Gesiti/CTI e do Ministério de Ciência e Tecnologia, lançam o 3º Congresso Internacional Six Sigma e evento acoplado 7º Workshop Gesiti, a ser realizado nos dias 18 e 19 maio de 2011. Voltado para a comunidade de profissionais que atuam na área de gestão, disponibiliza as melhores práticas de metodologias de gerenciamento de projetos e qualidade.

Os dois eventos objetivam compartilhar inovação, relacionamento trazendo valor agregado para a comunidade por meio de palestras expositivas, cases de sucesso e técnicas inovadoras de gestão de projetos e processos. Em sua terceira edição o 3º Congresso e 7º Workshop GESITI, na sétima edição, tornaram-se o maior e mais qualificado evento internacional do setor de gestão pública e privada do primeiro semestre do ano, com o objetivo de reunir as forças do mercado, proporcionando às empresas e aos profissionais participantes um ambiente adequado e estimulante para o desenvolvimento de negócios, de relacionamento e de conhecimento.

Programação - Palestras Empresariais, onde assuntos são debatidos pelos Dirigentes que representam: Inovação, Sustentabilidade, Liderança e Responsabilidade Social; Palestras Econômico-Estratégicas, com abordagens contemplando os aspectos do Mercado e de Economia Mundial; Palestras Verticais de Conhecimento, específicos para os temas de gestão: Risco, Lean, Six Sigma, Gerenciamento de Projetos, e Gestão Pública.

Fonte: CTI

UFMG divulga textos científicos nos ônibus de Belo Horizonte


O objetivo do projeto é aproximar a ciência da população por meio da divulgação de textos científicos, em linguagem simples e lúdica, entre os usuários de ônibus.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) colocou em circulação no sábado (16) o projeto Ciência para Todos. O objetivo do projeto é aproximar a ciência da população por meio da divulgação de textos científicos, em linguagem simples e lúdica, entre os usuários de ônibus.

Iniciado em janeiro, o Ciência para Todos, coordenado pela professora Adlane Vilas-Boas, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, foi inspirado no premiado projeto Leitura para Todos, idealizado pela professora da Faculdade de Letras Maria Antonieta Pereira que, há seis anos, divulga textos da literatura brasileira no transporte coletivo da cidade. Com a nova parceria, 36 textos de ciência estarão no verso das obras literárias e circularão em 240 ônibus de 16 linhas da capital mineira, dependurados por alças na parte traseira dos bancos. As lâminas continuam em tamanho A4, plastificadas, mas agora com o layout colorido, ainda mais atrativo para os leitores. Os textos serão renovados a cada dois meses, até o final de 2012.

Nesta primeira fase do Ciência para Todos os textos são uma adaptação de material produzido para os programas da Rádio UFMG Educativa Na Onda da Vida e Ritmos da Ciência, também coordenados pela professora Adlane Vilas-Boas, e Papo de Vaca, coordenado pelo professor do Coltec Alfredo Mateus. Em breve, o projeto terá outros parceiros na produção de textos sobre meio ambiente e Química.

O alcance potencial do projeto é significativo. Dados da BHTrans mostram que, em 2010, uma média de 1,5 milhão de passageiros/dia recorreram ao serviço de transporte coletivo da capital. Segundo a UFMG, o Ciência para Todos terá um papel significativo no processo de divulgação científica, tão importante nos dias de hoje, ao traduzir o conhecimento acadêmico para a linguagem popular, exemplificando com situações do cotidiano. O projeto tem a colaboração de ex-alunos e professores da UFMG e tem apoio do Proext/MEC, Fapemig, CNPq e BHTrans.

Fonte: Ascom UFMG

domingo, 17 de abril de 2011

IBPT revela Taxa de Impostos dos Produtos de Páscoa


Para um produto chegar à casa de qualquer consumidor vários processos precisam ser realizados. A extração da matéria-prima, seja qual for, passando pelo transporte, composição da mercadoria, mais transporte e outros trechos não citados elevam valores. Se consumidores fossem comprar um equipamento eletrônico considerando apenas a matéria que o abrange e a mão de obra necessária para sua criação, o valor final seria muito, mas muito mais baixo.

Às vésperas da Páscoa, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgou dados impressionantes sobre a tributação nos produtos relacionados à data. Para o consumidor ter ideia de quanto paga “a mais”, grosso modo, 38% do valor total dos ovos de chocolate compreendem apenas impostos.

Não são apenas eles, pois, que receberem tributação. De acordo com o IBPT, a taxa de impostos sobre o vinho chega a 54,73%, enquanto em bacalhau os impostos correspondem a 43,78% do total. Uma Colomba Pascal de chocolate é vendida com 38,68% de taxas, ao mesmo tempo em que um simples coelho de pelúcia tem de arcar com 29,92%.

Com tanta arrecadação, não é de se estranhar que o Brasil é considerado um dos países com as mais altas taxas tributárias de todo o mundo. Uma reforma nesse sentido deve ser apreciada o quanto antes, principalmente porque neste ano é esperada desaceleração da economia em comparação ao crescimento de 2010. (Luiz Felipe T. Erdei)

Fonte: IBPT