quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Brasil assume compromisso com o futuro na COP 15


A 15ª Conferência da ONU sobre Clima (COP15) terminou em Copenhague (Dinamarca), neste sábado (19), com a elaboração do “Acordo de Copenhague” após negociação entre líderes dos países do grupo Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China) e dos Estados Unidos e da União Européia. O acordo foi aceito oficialmente pela ONU mas não teve aprovação unânime. 

No programa Café com o Presidente, transmitido em cadeia de rádio na segunda-feira (21), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, falou sobre os resultados da conferência. A seguir, os principais trechos da entrevista, editados pelo Em Questão:

"O sentimento que fica é de que os governantes do mundo inteiro terão que ter esse tema sempre como prioritário, para que a gente encontre uma solução definitiva e possa garantir a manutenção e a existência do planeta Terra, permitindo que a espécie humana sobreviva. Todo mundo sabe, cientificamente está provado, que há um aquecimento global." 

"Uma das coisas mais graves para que haja o aquecimento é a emissão de gases de efeito estufa; e todos sabem que os maiores culpados são os países mais industrializados, que começaram a poluir muito tempo antes do Brasil, da China, da Índia, e de outros países, porque há 200 anos já são industrializados. O que se discute agora é quais as medidas que vamos tomar para que comece a desaquecer o planeta e a diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Acho que isso ficou claro para todo mundo."

"O Brasil estabeleceu uma meta de redução de emissões de gases de efeito estufa, até 2020, de 36,1 a 38,9%. Ao mesmo tempo, resolvemos diminuir o desmatamento na Amazônia em 80%, também até 2020. E decidimos mais três coisas importantes: diminuir o desmatamento no Cerrado; trabalhar para que o setor siderúrgico utilize carvão vegetal e não carvão mineral, para também diminuir a emissão de gás de efeito estufa; e a nossa matriz energética, que já é a mais limpa do mundo, temos 85% de energia elétrica limpa. Portanto, o Brasil estava totalmente à vontade e foi considerado, durante todo o encontro, como o País que apresentou a melhor proposta, que trabalhou isso corretamente. E a decisão do governo, que enviamos ao Congresso Nacional, foi aprovada e, agora, é lei."

Principais pontos do Acordo de Copenhague

• O acordo é de caráter não vinculativo. Uma proposta adjunta pede para que seja fixado um acordo vinculante até o fim do próximo ano.

• Considera o aumento limite de temperatura de dois graus Celsius, porém não especifica qual deve ser o corte de emissões necessário para alcançar essa meta. 

• Estabelece uma contribuição anual de US 10 bilhões entre 2010 e 2012 para que os países mais vulneráveis façam frente aos efeitos da mudança climática, e US 100 bilhões anuais a partir de 2020 para a mitigação e adaptação. Parte do dinheiro, US 25,2 bilhões, virá de EUA, UE e Japão. Pela proposta apresentada, os EUA vão contribuir com US 3,6 bilhões no período de três anos, 2010-12. No mesmo período, o Japão vai contribuir com US 11 bilhões e a União Europeia com US 10,6 bilhões.

• O texto do acordo também estabelece que os países deverão providenciar "informações nacionais" sobre de que forma estão combatendo o aquecimento global, por meio de “consultas internacionais e análises feitas sob padrões claramente definidos”.

• O texto diz: "Os países desenvolvidos deverão promover de maneira adequada (...) recursos financeiros, tecnologia e capacitação para que se implemente a adaptação dos países em desenvolvimento"

• Detalhes dos planos de mitigação estão em dois anexos do Acordo de Copenhague, um com os objetivos do mundo desenvolvido e outro com os compromissos voluntários de importantes países em desenvolvimento, como o Brasil.

• O acordo "reconhece a importância de reduzir as emissões produzidas pelo desmatamento e degradação das florestas" e concorda promover "incentivos positivos" para financiar tais ações com recursos do mundo desenvolvido.

Papai Noel Verde faz campanha para estimular o uso de sacolas retornáveis


Ações de conscientização ambiental simultâneas aconteceram nesta segunda-feira (21/12) no Rio de Janeiro e Brasília, com o objetivo de alertar a população sobre os danos que as sacolas plásticas causam ao meio ambiente. 

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou, no Rio, da campanha "Deixe o saco para o Papai Noel! Neste Natal, diga não às sacolas plásticas" que aconteceu no Largo da Carioca, e lembrou à população que cerca de 18 bilhões de sacos plásticos são utilizados por ano no Brasil e que assim o ambiente não resistirá por muito tempo.

O ministro disse ainda que os supermercados Wallmart e Carrefour estão apoiando a campanha, e que nas compras acima de cinco itens nos estabelecimentos citados o consumidor que não levar a sacola plástica ganhará desconto em sua compra. Minc afirmou ainda que a partir do ano que vem todo consumidor que levar aos supermercados do Rio 50 sacolas plásticas poderá trocá-las por um quilo de arroz ou feijão.

"A empresa que apóia essa campanha está contribuindo para um planeta melhor. Uma simples atitude pode ajudar o mundo", disse Minc.

Na ocasião, foram distribuídas duas mil sacolas doadas pelo Wallmart no metrô do Rio e outras duas mil em Brasília patrocinadas pelo Carrefour. Durante a ação, ainda teve apresentação de esquete feita por um Papai Noel juntamente com o "Monstro Sacola Plástica": um ator vestido com inúmeras sacolas plásticas, que abordou as pessoas tentando "convencê-las" a usar sacolas plásticas, mas ao mesmo tempo contando os males que elas causam.

Brasília - Na plataforma do metrô na Rodoviária de Brasília, a dona-de-casa Fátima Rodrigues, de 29 anos e grávida de sete meses e meio, pensando no futuro do filho que está para chegar, fez questão de pegar uma sacola retornável. "Além de serem pouco resistentes, as sacolas plásticas fazem muita sujeira", disse a futura mamãe incentivando o próprio pai Cristiano Costa, 79 anos, a resgatar o antigo hábito da sacola de feira.

A pequenina Natália Miranda, de 5 anos, estava acompanhada da mãe, Rubiana e pegou uma sacola retornável para a avó. "Ela ainda não sabe a diferença que faz para o meio ambiente, mas agora acho que é uma boa oportunidade para começar a ensinar", despertou a mãe.

A pedagoga Maria Aparecida Sofia, 50 anos, e o segurança do metrô Everton Oliveira, 27 anos, também pegaram suas sacolas para evitar o uso de sacolas plásticas e contribuir com a preservação do meio ambiente. 

O artesão Genolino Malta que faz mandalas com cipó de manejo florestal e estava expondo seus produtos na plataforma do metrô também pegou sua sacola. "Trabalho com produtos da natureza de forma sustentável e agora tenho minha sacola para levar ao supermercado e contribuir ainda mais com o meio ambiente", disse Malta. 

Campanha - O Ministério do Meio Ambiente lançou em junho a campanha nacional "Saco é um Saco. Pra Cidade, Pro Planeta, Pro Futuro e pra Você", que visa conscientizar o consumidor sobre os impactos ambientais causados pelo uso excessivo e descarte inadequado dos sacos plásticos. 

No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de sacolas plásticas sejam consumidas a cada hora. Com uma conta rápida, chegamos aos 36 milhões em 24 horas. No mundo, são entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas distribuídas anualmente. Imagine quantos recursos naturais poderiam ser poupados em apenas um único dia de consumo consciente!

BNDES e BM&FBOVESPA anunciam índice de ações com foco em mudanças climáticas


O BNDES e a BM&FBOVESPA anunciaram nesta terça-feira, 15, na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-15), em Copenhague, o desenvolvimento do Índice Carbono Eficiente, para estimular as companhias de capital aberto a reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa.

O índice de ações será um instrumento econômico para que as empresas adotem práticas de gestão ambiental voltadas para mudanças climáticas. O indicador será ponderado pelo inventário de emissões de gases de efeito estufa, que reflete a contabilização da emissão de todas as fontes de atividades associadas a uma companhia.

O Índice Carbono Eficiente será estruturado em 2010, a partir do IBrX 50, indicador composto pelas 50 ações mais negociadas na BM&FBOVESPA, ponderadas na carteira pelo free float (quantidade de ações da empresa disponíveis para negociação no mercado).

O peso de cada ação no novo índice terá como base a participação da empresa no IBrX-50 e também sua eficiência em emissões de gases de efeito estufa. Quanto menor a relação entre as emissões desses gases e a receita da empresa, maior será sua eficiência.

Dessa forma, as companhias com maior eficiência em emissões de gases de efeito estufa, em relação às demais do setor na carteira, tenderão a aumentar seu peso no novo índice, na comparação com sua participação no IBrX-50. Por outro lado, aquelas pouco eficientes em emissões desses gases tenderão a ter sua participação reduzida no novo índice, em relação à sua presença no IBrX-50.

Espera-se que a criação de um índice de ações brasileiro ponderado por emissão de gases de efeito estufa traga impactos positivos, como: o incentivo às empresas brasileiras de capital aberto mais líquidas a mensurarem e gerirem suas emissões; a maior transparência das companhias a respeito de suas emissões de gases de efeito estufa; e a criação de oportunidades para os investidores sensíveis às questões ambientais.

Da mesma forma, o BNDES e a BM&FBOVESPA acreditam que essa cooperação contribuirá para difundir uma cultura corporativa ambientalmente sustentável e ajudará a preparar as empresas para o futuro em uma economia de baixo carbono.

Café com o Presidente: Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

O programa Café com o Presidente, transmitido em cadeia de rádio nesta segunda-feira (21) abordou a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15), realizada na semana passada, em Copenhague (Dinamarca). Na conversa, o presidente Lula disse que o sentimento que fica da reunião “é o sentimento de que os governantes do mundo inteiro vão ter que ter esse tema sempre como prioritário, para que a gente encontre uma solução definitiva e possa garantir a manutenção e a existência do planeta Terra, permitindo que a espécie humana sobreviva”.

Segundo Lula, “todo mundo sabe que os maiores culpados são os países mais industrializados, ou seja, eles começaram a poluir muito tempo antes do Brasil, da China, da Índia e de outros países, porque há 200 anos eles já são industrializados. O que se discute agora é quais as medidas que nós vamos tomar para que a gente comece a desaquecer o Planeta e a diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Então, eu acho que isso foi uma coisa que ficou clara para todo mundo, mesmo aqueles que concordaram e que não concordaram”.

E o Brasil teve uma participação bem destacada na COP15. De acordo com o presidente, o País estabeleceu meta de redução de emissão de gases de efeito estufa, até 2020, de 36,1% a 38,9%, ao mesmo tempo em que propôs reduzir o desmatamento na Amazônia em 80%, também até 2020.“E nós também resolvemos mais três coisas importantes: diminuir o desmatamento no cerrado; o setor siderúrgico nosso, nós vamos trabalhar para que ele utilize carvão vegetal e não carvão mineral, para também diminuir a emissão de gases de efeito estufa; e a nossa matriz energética, que já é a mais limpa do mundo, do ponto de vista da energia elétrica, nós temos 85% de energia elétrica limpa. Portanto, o Brasil estava totalmente à vontade. 

O Brasil foi considerado, durante todo o encontro, como o país que apresentou a melhor proposta, como o país que trabalhou isso corretamente. E, graças a Deus, a decisão do governo que nós enviamos ao Congresso Nacional foi aprovada, e agora é lei. Portanto, já não é mais a vontade do presidente Lula. Agora, quem quer que governe este país, vai ter que cumprir”, disse.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Leilão ressalta competitividade da energia eólica no Brasil

A produção de energia eólica no Brasil está cada vez mais atrativa. É o que revelou o primeiro leilão de energia gerada pelos ventos promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),  em São Paulo. Com um deságio de 21,49% em relação preço-teto definido no edital, o leilão negociou 753 lotes de 1 megawatt (MW) ao preço médio de R$ 148,39 MWh. O investimento estimado chega a R$ 9 bilhões e o preço alcançado garante competitividade à fonte eólica, limpa e renovável, frente à geração térmica, poluente e não-renovável.

Os 71 empreendimentos vencedores serão instalados em Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul. Os contratos de compra e venda terão vigência de 20 anos, a partir de 1º de julho de 2012, ano previsto para o início do suprimento.

Com o resultado do leilão, o Brasil reforça sua posição pela preferência por energia gerada a partir de fontes renováveis, que atualmente respondem por 85,4% da oferta interna de energia elétrica, com destaque para geração hidrelétrica. Ao estimular a energia eólica, o País acompanha a tendência de desenvolvimento internacional. A utilização do vento como fonte primária de energia teve crescimento médio de 27% ao ano, de 1990 a 2008. A capacidade instalada mundial é de 121 mil MW. Desse total, 54% estão na Europa, de acordo com dados do Global Wind Energy Council (GWEC). 

O potencial brasileiro para esse tipo de geração pode chegar a 145 mil MW, de acordo com o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), feito em 2001. Atualmente, a potência dos parques eólicos em operação no Brasil é de 602 MW, explorados por 36 empreendimentos. Outros 10 projetos estão em construção, com capacidade de 256,4 MW e 45, com potencial de 2.139,7 MW, já foram outorgados pela Aneel. 

Os leilões de reserva têm como objetivo garantir o suprimento e reduzir os custos operacionais do Sistema Interligado Nacional (SIN). No ano passado, foi realizado o primeiro leilão de energia gerada por biomassa, no qual foram negociados 2.379 MW produzidos por 31 termelétricas movidas a cana-de-açúcar e capim elefante, com suprimento iniciado neste ano e em 2010.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Vestibular da UERN é cancelado

Nos primeiros minutos das primeira provas do Processo Seletivo Vocacional - PSV, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, por volta de 08:30 horas, o processo foi cancelado em virtude de problemas em todas as listagens dos locais de prova de Natal. Em Mossoró já havia acontecido um acidente na Avenida Dix-neuf Rosado (Leste Oeste) que provocou o adiamento por 15 minutos para não prejudicar os candidatos que já estavam próximos do Campus Central da Instituição e tiveram que se atrasar diante desse fato.


Os coordenadores dos locais de prova foram instruídos a informarem que uma nova data deverá ser agendada e comunicada através da imprensa, garantindo aos candidatos que não terão nenhum prejuízo, além daquele decorrente do deslocamento até os locais das primeiras provas. A empresa contratada para realizar o vestibular da UERN é a paranaense AOCP que ganhou a concorrência realizada através de licitação pela primeira vez, mas apresentou um portfólio de trabalhos com muita experiência, mas até o momento não divulgou nenhuma nota explicando o ocorrido.