sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ministro Mercadante destaca cuidados no uso de animais em pesquisas


O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, abriu ontem (23), em Brasília, a 11ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea). Ele ressaltou a importância do uso de animais no desenvolvimento de novos fármacos e procedimentos para o avanço da pesquisa e da ciência.

De acordo com Mercadante, o Concea é um avanço no ponto de vista da ciência e da cidadania por expressar o desejo da população que espera procedimentos cuidadosos em relação ao uso de animais, principalmente para pesquisas da área da medicina.

"O Conselho é mais um mecanismo instituído pelo parlamento brasileiro para definir padrões, princípios e regras que orientem a atividade de pesquisa no Brasil. Aqui temos um desafio ainda maior, pois o povo tem grande sensibilidade em relação aos animais", disse.

O Concea é a instância colegiada multidisciplinar de caráter normativo, consultivo, deliberativo e recursal, instalada em dezembro de 2009 para coordenar os procedimentos de uso de animais em ensino e pesquisa científica. Entre suas competências, está a formulação de normas relativas à utilização humanitária de animais, bem como estabelecer procedimentos para instalação e funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios de experimentação animal.

O Conselho é responsável também pelo credenciamento das instituições que desenvolvam atividades nesta área, além de administrar o cadastro de protocolos experimentais ou pedagógicos aplicáveis aos procedimentos de ensino e projetos de pesquisa científica realizada ou em andamento no País.

No encontro desta quarta-feira foram debatidos alguns processos de infração administrativa cometidos por universidades, os critérios de funcionamento de biotérios e do Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca).

Além do coordenador do Concea, Renato Cordeiro, participaram das discussões representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Sociedade Protetoras dos Animais e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Meio Ambiente (MMA), da Saúde (MS) e da Educação (MEC).

Fonte:Ascom do MCT

ANPG repudia cortes e pauta avanços nas políticas de C&T


Ciência e Tecnologia perde R$ 1,7 bi com novo corte no Orçamento. Valor representa cerca de 23% dos recursos da pasta e foi definido em encontro de Dilma com Mercadante. A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), que já havia lançado nota repudiando contingenciamento de R$ 600 milhões em janeiro, critica decisão e pauta política de avanços em C&T.

Para a ANPG, a política de corte nos investimentos nas áreas sociais e em áreas estratégicas, tais como educação, defesa e ciência e tecnologia, vai na contramão do desenvolvimento econômico e social do país. A diretoria da entidade já havia aprovado uma moção de repúdio ao corte e pela recomposição imediata dos Orçamentos do MCT e do MEC no final de janeiro, em reunião realizada no Rio. Para a ANPG, o problema está na lógica da política macroeconômica, que favorece o pagamento de juros em detrimento de investimentos na produção e também nos chamados gastos sociais.

Um estudo divulgado em 3 de fevereiro de 2011pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) mostra que o investimento na área social (educação, saúde, assistência social, previdência e programas do como o Bolsa Família), que atingiu 21% do PIB em 2010, é um dos que mais gera retorno para nossa economia. O Ipea também concluiu que o dinheiro gasto pelo governo para pagar os juros da dívida pública gera uma riqueza menor do que o seu gasto, ou seja, para cada R$ 1 gasto no pagamento dos juros, são gerados em riquezas apenas R$ 0,71. Em outras palavras, pagar juros dá prejuízo para o PIB.

Desenvolvimento
A pergunta feita pela ANPG é: como investir em formação de recursos humanos, em inovação tecnológica, em pesquisas de ponta, se o país diminui o orçamento do principal órgão responsável por coordenar e investir nessas políticas, que é o MCT? O contingenciamento criticado pela diretoria da entidade em janeiro reduzia as verbas do ministério, mas ainda garantia um orçamento 2011 maior que o de 2010. Com o novo corte, o MCT terá menos condições materiais de fortalecer e ampliar suas políticas este ano do que teve em 2010.

A defesa dos pós-graduandos, que repudiam de forma veemente esta política de ajuste fiscal e corte orçamentário, é em prol do crescimento soberano do país com distribuição de renda. Para tanto, há que se aumentar as taxas de investimento, e não promover arrocho, acreditam os pós-graduandos, que defendem, ainda, o investimento imediato de 2% do PIB brasileiro em Ciência e Tecnologia, com progressivo crescimento do índice, que hoje gira em torno de 1,4%.

O novo ministério da Ciência e Tecnologia vem anunciando políticas que demonstram uma elevada compreensão do papel estratégico das políticas de C&T para o desenvolvimento do país. O próprio discurso do ministro Aloizio Mercadante é promissor à medida que valoriza a formação de recursos humanos, destaca o papel de institutos de pesquisa e pauta tanto o combate à fuga de cérebros quanto a valorização de pesquisadores em tempo integral. É esta política de avanços que os pós-graduandos defendem, em contraposição aos cortes.

Fonte: ANPG

Governo vai reajustar tabela do Imposto de Renda em 4,5%


A presidenta Dilma Rousseff determinou ontem (24) que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prepare medida provisória reajustando em 4,5% a tabela de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). De acordo com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, o governo quer que a nova tabela esteja em vigor nos próximos dias. 

O percentual de reajuste determinado pelo governo poderá se transformar em uma nova batalha com as centrais sindicais e seus representantes no Congresso Nacional, após a queda de braço do salário mínimo vencida pelo governo. Os sindicatos defendem que o reajuste seja de 6,46%, percentual equivalente à inflação do ano passado. Já o governo defende a manutenção do acordo firmado que considera o centro da meta de inflação, ou seja, 4,5%.

“O governo fez um acordo com as centrais para o reajuste do mínimo e da tabela de imposto de renda e vai cumprir o acordo feito”, disse o ministro, descartando a possibilidade de revisão desse percentual por parte do governo.

Luiz Sérgio disse ainda que a presidente Dilma deverá sancionar o novo valor para o mínimo, de R$ 545, ainda neste mês para que tenha validade em março. De acordo com o ministro, o governo não teme a ameaça da oposição de questionar o projeto de lei aprovado ontem pelo Senado no Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Essa tese não existe. O governo está muito seguro, juridicamente, do projeto que está aprovado pelo Congresso”, disse o ministro, referindo-se ao dispositivo que autoriza o governo a determinar por meio de decreto, e não por projeto de lei, o valor do mínimo de cada ano, até 2015. O Senado aprovou na noite de ontem o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 540 para R$ 545. (Luciana Lima)

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Especialistas criticam perdão a produtores que desmataram


Participantes do Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, realizado na Câmara dos Deputados ontem (22), sustentaram que a "espinha dorsal" das alterações do Código Florestal é o perdão de punições aos produtores rurais que desrespeitaram os limites de reserva legal e de áreas de preservação permanente (APP) - são faixas de terra ocupadas ou não por vegetação nas margens de nascentes, córregos, rios, lagos, represas, no topo de morros, em dunas, encostas, manguezais, restingas e veredas. Essas áreas são protegidas por lei federal, inclusive em áreas urbanas. Calcula-se que mais de 20% do território brasileiro estejam em áreas de preservação permanente. As APPs são previstas pelo Código Florestal. Os casos excepcionais que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP são regulamentados pelo Ministério do Meio Ambiente).

No evento promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, o coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, ressaltou que o principal problema do substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99, não é a redução da reserva legal ou das APPs. Segundo ele, pelo menos na Amazônia poucos produtores ainda têm o que desmatar. "O que se discute é anistia a quem já desmatou", sustenta.

Também para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), o que pretendem os defensores da aprovação rápida do novo código é "livrar da ilegalidade aqueles que desmataram ilegalmente". O parlamentar espera que o governo não ceda às pressões para votar o texto antes do prazo final para a averbação da reserva legal, área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.

O tamanho da reserva varia de acordo com a região e o bioma: Na Amazônia Legal: 80% em área de florestas, 35% em área de cerrado, 20% em campos gerais; Nas demais regiões do País: 20% em todos os biomas, em julho deste ano.

Empréstimos - O ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobiano, sustenta que toda essa discussão "decorre de uma questão clara, o (atual) Código Florestal está sendo cobrado onde ele mais é eficiente, no bolso". Ele explicou que produtores inadimplentes com as normas ambientais não conseguem mais empréstimos agrícolas.

O diretor do Instituto por um Planeta Verde, Gustavo Trindade, explica que o texto de Rebelo passa a considerar atividade rural consolidada qualquer atividade realizada em área de preservação permanente até 22 de julho de 2008. Nessa data, segundo esclarece, foi publicado o decreto com as sanções para proprietários que deixassem de averbar reserva legal.

Com essa alteração, segundo o especialista, ficam suspensas cobranças de multas e sanções administrativas a proprietários rurais que desrespeitaram a lei.

Debate - O diretor do Greenpeace reclamou que, no debate sobre seu substitutivo, Rebelo ouviu 391 pessoas. Desse contingente, segundo ele, apenas 4% eram pesquisadores e 6%, representantes de ONGs. Os 90% restantes seriam produtores rurais e governo. "Espero que essa legislatura tenha mais respeito pelo meio ambiente", disse.

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) acredita que o contexto atual é favorável ao debate mais aberto da reforma do Código. Ele lembrou que desde a aprovação do texto na comissão especial, em 2010, surgiram fatos novos, como "a campanha de Marina Silva, que recebeu mais de 20 milhões votos, 20% do eleitorado".

Sirkis ressaltou ainda que a então candidata à presidência Dilma Rousseff assumiu o compromisso de vetar "os aspectos mais criminosos do texto". "Hoje vamos encarar a discussão em outro contexto, em outras condições, com um grau de ideias e alternativas".

O líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), também comemorou a reabertura da discussão em torno da mudança do Código Florestal. "Saímos de uma declaração do presidente recém-eleito da Câmara de que em março colocaria o relatório em votação de qualquer maneira e agora já admite constituir uma câmara de negociação", sustentou.

Fonte: Agência Câmara

Código Florestal: cientistas contra mudanças


Cientistas da SBPC e da Associação Brasileira de Ciência (ABC) sustentam que as alterações do Código Florestal previstas no substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99 serão desastrosas para a preservação ambiental no Brasil. Além disso, atestam que essas alterações não são necessárias para melhorar a produtividade da agropecuária brasileira.

De acordo com o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Gerd Sparoveck, mesmo que o código atual seja integralmente cumprido, sobram 103 milhões de hectares de vegetação desprotegidos. Segundo ele, isso se deve ao fato de 294 milhões de hectares de vegetação nativa encontrar-se em propriedades privadas. Apenas 170 milhões de hectares estão em unidades de conservação e em terras indígenas.

O professor da Esalq Ricardo Rodrigues ressaltou que, mesmo com o respeito integral ao código, o proprietário rural ainda conta com 70% da propriedade para fazer o uso que quiser.

Margens de rios - O ponto mais criticado do substitutivo de Rebelo é a redução das áreas de preservação permanente (APP), principalmente nas margens de cursos d'água. O texto reduz a extensão de vegetação de 30 metros para 15 metros no caso de rios e córregos com até cinco metros de largura.
O professor Rodrigues ressalta que são exatamente esses rios menores que mais necessitam de proteção. "São eles que mais sofrem assoreamento e, por isso, precisam de mais proteção", sustenta. De acordo com ele, esses rios são responsáveis por quase 70% dos recursos hídricos do Brasil.

Já o professor da Unicamp, Carlos Alfredo Joly, ressaltou que a redução da cobertura nativa tanto em leitos de córregos e rios quanto em topos de morros e encostas pode levar à extinção uma série de espécies. "Com a mudança da área de preservação em margens de rio de até cinco metros de largura, metade dos anfíbios desapareceria", asssegurou.

Tratamento de água - O professor chamou a atenção também para a elevação dos custos com tratamento de água, devido ao aumento da contaminação. Segundo ele, hoje São Paulo gasta entre R$ 2 e R$ 3 para tratar mil metros cúbicos de água. "Com a contaminação por agrotóxicos, o custo sobe para um valor entre R$ 250 e R$ 300 pela mesma quantidade."

Os pesquisadores fazem parte de um grupo que se reuniu para estudar a proposta de Rebelo de alteração do Código Florestal e participaram do Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, promovido ontem (22), pela Frente Parlamentar Ambientalista.

Fonte: Agência Ambiente Energia/Agência Câmara

Mercadante defende a formação de mais engenheiros no País


Estimular a formação de mais engenheiros para garantir o desenvolvimento sustentável do País. A proposta foi apresentada pelo ministro Aloizio Mercadante, ontem (22), em Brasília, no 6º Encontro de Lideranças promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea).

Dentro das discussões no painel Política Nacional de CT&I e Política de Desenvolvimento Produtivo (Investimentos: Desafios e Oportunidades), Mercadante sustentou a necessidade de intensificar o processo de formação de engenheiros para atender às demandas, com o recente crescimento econômico, e para inserir o Brasil no atual contexto de competitividade internacional, diante da constatação de insuficiência de profissionais no mercado.

O ministro comparou a situação brasileira em relação a países com maior grau de desenvolvimento. Para ele, uma alternativa seria formar tecnólogos para suprir parte das necessidades. "Tínhamos, no ano passado, 30 mil engenheiros formados e 10 mil tecnólogos, mas na China são 250 mil tecnólogos que se formam em cursos de três anos. No Brasil, formamos um engenheiro a cada 50 formandos, enquanto a Coréia forma um engenheiro a cada quatro formandos. Temos que acelerar essa formação", enfatizou Mercadante.

Ele informou que está em elaboração um Programa Nacional para as Engenharias, com a participação de outras instituições e de agências de fomento, para estimular as engenharias a aperfeiçoar a formação desse engenheiro que é o tecnólogo, especializado em alguma área da cadeia produtiva. "Hoje, falta profissional no mercado de trabalho. E a solução não é importar mão de obra. É formar aqui, gerar oportunidade aqui", afirmou.

De acordo com o ministro, o Brasil voltou a crescer de forma acelerada, mas ainda enfrenta problemas originados do grande período que enfrentou de baixo crescimento. Entre as dificuldades atuais, ele aponta a falta de estrutura, a falta de logística e, em especial, o déficit na formação de mão de obra e de recursos humanos.

"O Brasil avançou muito na formação de recursos humanos, em 1987, cinco mil mestres e doutores foram formados, enquanto, em 2010, formamos 50 mil. O sistema de pós-graduação foi ampliado e interiorizado", disse. "Agora vamos ter que combinar uma engenharia mais longa com uma engenharia mais curta para atender determinados setores da cadeia produtiva. Só no Pré-Sal vamos precisar de 200 mil engenheiros nos próximos 15 anos", acrescentou.

Em seu pronunciamento, Mercante também anunciou que vai acolher a sugestão apresentada no evento pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) para a criação do um fundo específico para o setor, como ocorre com os Fundos Setoriais em áreas estratégicas, administrados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Fonte: Ascom do MCT

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pós em sustentabilidade


A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus de Diadema (SP), está com inscrição aberta, até 4 de março, para a primeira turma do programa de pós-graduação em ciência e tecnologia da sustentabilidade. O curso é inédito no Brasil.

O curso abrange as áreas da química, engenharia, ciências ambientais, física, geologia, farmácia e biologia.

Com 25 vagas, o curso visa a promover a interdisciplinaridade por meio das seguintes linhas de pesquisa: desenvolvimento e aplicações de materiais sustentáveis; desenvolvimento de moléculas bioativas; ótica biomédica e biossensores; energia e sustentabilidade; engenharia de processos e controle ambiental; e ciências moleculares da sustentabilidade.

"O programa diferencia-se por propor um estudo formal da sustentabilidade com fundamentação científica e tecnológica para um desenvolvimento sustentável", disse a vice-coordenadora do programa, Fernanda Camilo. De acordo com ela, os principais motivos que levaram à criação do programa foram o potencial da represa Billings e seu entorno como campo de pesquisa, além do crescente parque industrial de Diadema, com empresas que buscam a modernização da produção e o manejo sustentável. "Neste contexto, o oferecimento de uma pós-graduação pública na área de ciência e tecnologia da sustentabilidade mostra-se claramente oportuna no âmbito da demanda regional e micro-regional", disse.

Os profissionais que se formarem no programa estarão aptos para atuar no meio acadêmico, indústrias, órgãos públicos reguladores e certificadores, suporte científico e tecnológico nas áreas de Saúde e Meio Ambiente, além de organizações não-governamentais (ONGs).

Os interessados devem se inscrever na secretaria do programa, na Rua Prof. Artur Riedel, 275, Jardim Eldorado, em Diadema, munidos da documentação exigida, que pode ser acessada em www.unifesp.br/homediadema/pg/sustenta

Mais informações e inscrição: www.unifesp.br ou pelos telefones (11) 3319-3314 ou 3319-3370.

Fonte: Agência Fapesp

UFRN promove encontro sobre neurociências


A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) promove na quinta-feira (24) o 1º Encontro de Neurociências Cognitiva e Comportamental, que tem como tema "Neurociências e Desenvolvimento Humano, Novas Perspectivas sobre Processos Cognitivos". As atividades têm início às 8h, no auditório do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET).

O evento é organizado por meio de parceria entre o Departamento de Psicologia (Depsi) e o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IINN - ELS), tendo como organizadores os professores Antônio Pereira (IINN-ELS/UFRN) e Katie Moraes de Almondes (Depsi/UFRN). A intenção é discutir a cerca das inovações e aplicabilidades dos estudos desenvolvidos nas áreas relacionadas.

A inscrição está limitada a 120 pessoas e pode ser feita até hoje (22). Os valores são R$ 50 para estudante de graduação, R$ 80 para estudante de pós-graduação e R$ 100 para profissionais. Para garantir vaga é necessário realizar uma pré-inscrição pelo email eventoneurociencia@gmail.com


Fonte: Ascom da UFRN

Planos de cooperação entre Brasil e Reino Unido


Com o objetivo de incrementar as cooperações entre Brasil e Reino Unido em pesquisas sobre doenças tropicais, um grupo de 30 cientistas dos dois países iniciou nesta segunda-feira (21) o UK-Brazil Tropical Medicine Workshop, em São Paulo. O evento de dois dias, organizado pela Fapesp e pelo Consulado Britânico em São Paulo, integra a Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência e Inovação. A realização foi solicitada pela Academia de Ciências Médicas (AMS, na sigla em inglês) do Reino Unido.

De acordo com Robert Souhami, secretário de relações exteriores da AMS, o objetivo central do evento é discutir a fundo os mecanismos de financiamento da ciência nos dois países e propor maneiras para torná-los mais eficientes na promoção de cooperações de pesquisa sobre doenças como malária, leishmaniose, esquistossomose e doença de Chagas. Ambos os países têm excelência científica nessa área.

"O workshop envolve discussões sobre ciência na área de medicina tropical, mas o objetivo principal é identificar áreas nas quais as colaborações poderiam ser melhoradas ou desenvolvidas, além de entender como funcionam os mecanismos de financiamento de ciência no Brasil e no Reino Unido - e como esses mecanismos podem ser melhorados para atingir a máxima eficiência no contexto da pesquisa colaborativa", disse Souhami.

Segundo ele, a iniciativa do workshop surgiu a partir da necessidade de aumentar a presença da América Latina na Rede de Ciência e Inovação, criada pelo governo britânico em 2000. Com base em consulados britânicos espalhados em mais de 20 países, a rede se encarrega de desenvolver colaborações científicas entre o Reino Unido e outros países, em diversas áreas do conhecimento.

"Quando olhamos o mapa da Rede de Ciência e Inovação, vemos que a maior parte dos consulados onde ela se baseia está na União Europeia e, por razões históricas, nos países que fizeram parte das ex-colônias britânicas ao longo da história. Mas existe um grande vazio na América Latina. O único consulado no continente que integra a rede é o de São Paulo", disse Souhami.

De acordo com o cientista, a intenção de aumentar as parcerias na região - em especial no Brasil - justifica-se pelo contínuo crescimento da pesquisa científica latino-americana em termos de qualidade e quantidade.

"Nos últimos 20 anos vimos um crescimento incrível da produção científica em países como Argentina, México, mas especialmente no Brasil, onde ela dobrou entre 2003 e 2008. A ciência brasileira atingiu um patamar de importância inegável e seria uma loucura se o Reino Unido não estivesse preocupado com o aumento das colaborações entre os cientistas dos dois países", disse Souhami.

Por sediar a representação da Rede de Ciência e Inovação no Brasil, a cidade de São Paulo foi escolhida como ponto de partida para a expansão das colaborações e identificou que no campo de ciências biomédicas a AMS seria o parceiro ideal para essa tarefa.

De acordo com Souhami, a AMS representa o mais alto nível de ciências biomédicas no Reino Unido em diversas áreas da pesquisa biomédica. A academia tem 900 membros escolhidos com base em mérito científico em uma seleção muito competitiva.

"Dentro dessa equipe altamente qualificada, temos cerca de 50 cientistas que trabalham com doenças infecciosas. Muito deles já estão envolvidos com estudos em parceria com pesquisadores brasileiros. Como também se trata de um problema de grande importância para o Brasil, achamos que esse seria o tema ideal para focar o workshop e iniciar a discussão sobre a expansão das colaborações", disse.

De acordo com um levantamento feito pela Embaixada Britânica no Brasil, o país é o maior produtor mundial em pesquisa para as áreas de Medicina Tropical e Parasitologia, sendo responsável, respectivamente, por 18,4% e 12,3% da produção global nessas áreas. O Reino Unido, por outro lado, é o segundo país do mundo em termos de qualidade e impacto das pesquisas desenvolvidas nas áreas médicas e clínicas.

Segundo Souhami, o workshop tem foco na discussão sobre os mecanismos existentes para viabilizar as cooperações entre os dois países. "O objetivo é entender como utilizar esses mecanismos da melhor forma e explorar ao máximo esse potencial de colaboração. Estamos discutindo, por exemplo, maneiras muito interessantes de financiar jovens pesquisadores em conjunto", afirmou.

Além de identificar possibilidades de projetos de pesquisa conjuntos, colaborações, alternativas de financiamento e intercâmbio para treinamento de pessoal, o workshop tem o objetivo de identificar os obstáculos atuais para as colaborações e apontar áreas de interesse comum para pesquisa.

"Queremos identificar as complementaridades entre as áreas de excelência dos dois países. Logo nas primeiras discussões pudemos apontar áreas muito promissoras para colaborações científicas. Por exemplo, percebemos que as pesquisas sobre o Plasmodium vivax estão se tornando cada vez mais importantes para os cientistas brasileiros. Na cooperação com a Indonésia, o Reino Unido tem muitos estudos sobre esse tema. Está claro que o Brasil deveria fazer parte desses estudos" declarou. (Fábio de Castro)

Fonte: Agência Fapesp

Criação de Laboratório na Plataforma Oceânica é tema de workshop no CNPq


O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participou, ontem (21), na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, da abertura do workshop que discute a viabilização do Laboratório Nacional na Plataforma Oceânica Brasileira.

O encontro reúne, até hoje (22), especialistas da área e representantes de universidades, de instituições de pesquisa e da Marinha. A intenção é discutir sobre as pesquisas oceanográficas que poderiam ser feitas no ambiente de uma plataforma oceânica e que possam subsidiar a elaboração de uma proposta para a criação e a utilização da unidade.

Segundo o ministro, a intenção é, a partir da avaliação dos pesquisadores, elaborar um plano de estudos para os próximos 10 anos, o que se torna estratégico diante das perspectivas em torno da exploração do pré-sal, que vai exigir cada vez mais conhecimento e medidas de segurança.

"Chamar a atenção do mundo para o fato de que o Brasil tem uma atitude diferente em relação ao oceano faz todo sentido. Transformar uma plataforma que só tira petróleo numa plataforma que produz conhecimento, devolve ao mar uma parte daquilo que tirou, faz todo sentido; mas é preciso fazer sentido acadêmico e de pesquisa", ressaltou o ministro.

Estudo

Mercadante apresentou um estudo da Petrobras que aponta para a possibilidade de aproveitamento de plataformas desativadas. O equipamento seria adaptado para atender as necessidades de pesquisa. As alternativas possíveis serão apresentadas aos pesquisadores durante o evento.

O objetivo é que o laboratório funcione de forma integrada e compartilhada. "Essa plataforma oceânica seria um laboratório multiuso. Os alunos poderiam fazer estágio, as equipes de pesquisa poderiam utilizá-lo dentro de um sistema de gestão de rede. Seria uma forma também de aproximar mais as escolas de oceanografia", enfatizou.

De acordo com o ministro, grandes empresas que atuam no setor de petróleo e gás estão dispostas a participar da iniciativa. A partir do resultado do workshop, com a aprovação do grupo, será realizada uma reunião para tratar sobre os detalhes do projeto. Mercadante calcula que seria necessário o prazo de um ano e meio de trabalho para fazer as adaptações. 

Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do MCT, Carlos Nobre, que participou da abertura, é preciso avaliar as possibilidades e as oportunidades com a viabilização da plataforma. "É uma coisa inovadora. Precisamos pensar em coisas que nunca foram pensadas e fazer coisas que nunca foram feitas", destacou.

Já o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, afirmou que a implantação do laboratório trará novas perspectivas para o País. "Há uma grande expectativa de que possamos trilhar uma nova história nessa direção de valorização das ciências do mar, como uma fonte essencial para a nossa economia e para a nossa ciência", disse. 

Fonte: Ascom do MCT