sexta-feira, 9 de julho de 2010

Violência em estádio será punida com até três anos de prisão. Xingar agora é proibido


O Plenário do Senado aprovou, na noite de quarta-feira (7), projeto (PLC 82/09) que torna mais rígidas as punições contra torcedores que praticarem ou incentivarem violência dentro dos estádios e ginásios, nas ruas próximas ou em pontos de ônibus ou trens que levam passageiros para os jogos.

Até cânticos (ofensivos) de torcedores ou xingamentos a jogadores e juízes, e ainda a apresentação de faixas com ofensas, serão punidos com detenção e proibição de assistir jogos por até três anos. O projeto acrescenta vários artigos ao atual Estatuto de Defesa do Torcedor.

Torcedores detidos por violência ligada a jogos poderão ser presos por até três anos. O projeto, que será enviado à sanção do presidente da República, proíbe que os torcedores entrem nos estádios com fogos de artifício, bebidas ou objetos que possam ser usados em agressão física.

Também estarão sujeitos a punição os torcedores que arremessarem objetos contra outros assistentes ou contra jogadores e juízes. A invasão do campo será igualmente punida com prisão e proibição de comparecer a jogos por até três anos. Hoje, o Estatuto do Torcedor prevê afastamento dos estádios por, no máximo, um ano.

O projeto foi apresentado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), logo após uma briga de torcidas, em agosto de 1995, no Estádio Pacaembu, em São Paulo. Na Câmara, outros projetos sobre o assunto foram incorporados ao seu texto. Enquanto tramitava, entrou em vigor, em 2003, o Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03).

No Senado, o projeto de Chinaglia foi relatado favoravelmente, sem mudanças, pelos senadores Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e Romero Jucá (PMDB-RR), nas Comissões de Educação, Cultura e Esportes (CE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

- O atual Estatuto do Torcedor não tem mecanismos suficientes de fiscalização e punição aos infratores. Por isso, as novas medidas são necessárias, inclusive para proteger os torcedores fora dos estádios - afirma o senador Zambiasi em seu parecer.

Torcidas organizadas

Pelo projeto, o poder público e os responsáveis pelos estádios e pelos jogos ficarão encarregados de fazer a fiscalização das torcidas organizadas. Todos os estádios com capacidade para até 10 mil torcedores terão de receber equipamentos de gravação, tanto nas entradas e bilheterias quanto no seu interior, especialmente arquibancadas. Hoje, só se exige tais gravações nos estádios que recebem mais de 20 mil assistentes.

O projeto busca também responsabilizar civilmente as torcidas organizadas, que serão obrigadas a manter um cadastro dos seus associados, com fotos e endereços. Caso algum integrante da torcida organizada cometa alguma infração, toda a organização será responsabilizada. Até prejuízos causados por estes torcedores poderão ser cobrados da organização. As autoridades e os administradores de estádios e ginásios deverão colocar nas entradas e na internet a relação dos torcedores infratores.

Cambistas 

Fica ainda a Justiça autorizada a criar juizados do torcedor, que poderão funcionar inclusive dentro dos estádios, nos dias de jogos. O projeto procura , adicionalmente, coibir a atuação de cambistas, prevendo cadeia de um a dois anos, além de multa, se uma pessoa for flagrada vendendo ingressos por preço superior ao estampado no bilhete.

Já quem fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao do bilhete poderá pegar cadeia de dois a quatro anos, mais multa. A pena será aumentada em até metade do tempo se o agente for servidor público, dirigente ou funcionário de entidade de prática desportiva.
Fonte: Agência Senado

Receita alerta consumidor sobre riscos de compras via web

A Receita Federal do Brasil divulgou nesta quinta-feira (8) um alerta ao público que chama atenção para a necessidade de se conhecer primeiro a idoneidade da fonte comercial. As irregularidades vêm acontecendo no meio eletrônico, especialmente no comércio feito pela Internet. De acordo com a Receita, os casos mais frequentes são a inexistência de vendedor, a não entrega do produto e a emissão de nota fiscal falsa.

No alerta, a Receita pede que os consumidores suspeitem sempre dos preços muito baixos dos produtos oferecidos e a indicação para depósitos em contas-correntes de titularidade diferente daquele que se apresenta como vendedor, devendo também o consumidor duvidar de avaliações dos vendedores constantes de sites, que procuram “facilitar” os negócios dentro de uma tática de convencimento para a compra. 

A Receita Federal diz ainda que as pessoas devem se inteirar do máximo possível de informações sobre o produto e sobre o vendedor a fim de fazer um negócio seguro. Ao comprar um produto o consumidor deve conhecer detalhes sobre a razão social do vendedor, número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço e telefone, que possibilite verificar a existência e a idoneidade da empresa.



Fonte: Agência Brasil

Ibama interdita e multa Porto de Paranaguá em R$ 4,8 milhões


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interditou nesta quinta-feira (8) o Porto de Paranaguá, no Paraná, maior exportador de grãos e segundo maior porto do País. O Porto de Antonina, que está sob a mesma administração do terminal de Paranaguá, também foi autuado.

Segundo o presidente do instituto, Abelardo Bayma, o embargo foi determinado por descumprimento de um acordo assinado com o porto para regularização ambiental da operação do terminal. De acordo com Bayma, a administração dos portos interditados desrespeitou vários prazos de entrega dos documentos para elaboração dos estudos ambientais para regularização e os planos de emergência individuais.

O Ibama já tinha prorrogado o prazo para entrega dos documentos por 30 dias em maio. A administração teria enviado versões incompletas já devolvidas pelo órgão ambiental para complementação. O termo de compromisso descumprido pelos portos prevê multa diária de R$ 50 mil. Segundo Bayma, também será cobrada multa do embargo de R$ 4,8 milhões.

O processo de regularização ambiental do porto começou em 2002 e o termo de compromisso foi assinado em 2009. A reabertura dos portos só pode ser definida pela Justiça.


Fonte: Portal Brasil

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sarney anuncia realização de esforço concentrado durante o período eleitoral


O presidente do Senado, José Sarney, anunciou, em entrevista nesta quinta-feira (8), acordo feito com a Câmara dos Deputados para a realização de sessões plenárias duas vezes por mês, a partir de agosto, em vários esforços concentrados. As datas para a realização das sessões ainda estão sendo agendadas. Esta é a solução encontrada para manter as votações do Congresso durante a campanha eleitoral, que terá três meses. Além da eleição para presidente da República, haverá escolha de novos governadores, senadores e deputados.

A primeira reunião já seria realizada na primeira quinzena de agosto, após o recesso parlamentar, previsto constitucionalmente para ocorrer entre 18 e 31 de julho, caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias seja aprovada. A aprovação da LDO, em sessão do Congresso Nacional, ocorreu na manhã desta quinta-feira (7).

- Com a votação da LDO, já temos condições de entrar em recesso de acordo com a Constituição, e isso faremos na próxima sexta - disse o presidente do Senado.

Na entrevista, Sarney também comemorou o bom resultado da sessão deliberativa da última quarta-feira (7), quando os parlamentares aprovaram a criação da nova estatal Pré-Sal Petróleo S/A, além de propostas de emenda à Constituição (PECs) e vários projetos de lei. Em Plenário, Sarney anunciou o agendamento da sessão de promulgação das PECs para a próxima terça-feira (13), às 12h.

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Brasil terá primeiro soro contra veneno de abelha do mundo



Pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, aguardam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para soro contra veneno de abelha. Desde 2000, especialistas estudam o soro, que recebeu patente este ano. Com a aprovação, o Brasil seria o primeiro país a produzir o medicamento no mundo e poderia distribuí-lo nos hospitais da rede pública de saúde.

O veneno da abelha afeta imediatamente rins, fígado e coração das vítimas picadas. Atualmente, o socorro é realizado nas emergências dos hospitais com analgésicos, controle de sangramento e, em alguns casos, hemodiálise. Segundo a bióloga Keity Souza, responsável pelo estudo, mundialmente não existe nenhum tratamento específico para o veneno.

“As medidas são paliativas e não interrompem a circulação do veneno no sangue”, diz a pesquisadora. Keity explicou ainda que, em situações mais graves, o ataque pode ser fatal em conseqüência de insuficiência renal. Entretanto, o soro só poderia ser utilizado em casos onde a vítima tivesse sofrido mais de 50 picadas.

Cerca de 15 mil acidentes com abelhas são registrados no Brasil por ano. Somente em São Paulo, foram registrados 3.500 acidentes com 17 mortes em 2006. Este ano, três pessoas já morreram em decorrência de ataques de abelhas.

Pesquisa

A bióloga Keity Souza identificou todas as proteínas do veneno das abelhas em seu doutorado no Laboratório de Imunologia, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A equipe de produção de soros do Instituto Butantan injetou o veneno em cavalos para que desenvolvessem anticorpos, moléculas capazes de neutralizar o veneno. Em seguida, a eficácia dos anticorpos retirados dos cavalos foi testada por Keity.

Os pesquisadores já produziram 80 litros de soro, que é administrado por via intravenosa. Cerca de 20 mililitros (ml) são suficientes para neutralizar os efeitos do veneno. O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), que envolve estudos nesta área, foi parceiro do estudo. As pesquisas receberam financiamento de R$ 3 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia

CNPq presta esclarecimentos sobre importações científicas


Matéria publicada na "Folha de SP" gerou questionamentos quanto ao real papel do CNPq na importação de insumos e equipamentos científicos para pesquisa
Leia a nota divulgada pela Assessoria de Comunicação do CNPq:


Matéria publicada pela Folha de S. Paulo no dia 3/7, com o título "Nova regra dificulta ainda mais importação científica", gerou uma série de questionamentos por parte da comunidade científica quanto ao real papel do CNPq na importação de insumos e equipamentos científicos para a pesquisa.

Cabe esclarecer que o principal papel do CNPq é credenciar instituições e pesquisadores para fazer importações com o benefício da isenção de impostos. São cerca de 430 instituições e 4.334 pesquisadores credenciados. Nas importações operacionalizadas pelos credenciados, os licenciamentos de importação são registrados pelas próprias instituições ou pesquisadores e têm que ser analisados e confirmados pelo CNPq, que verifica compatibilidade de itens e quantidades. Por mês, são analisados cerca de sete mil licenciamentos de importação que totalizaram, em 2009, cerca de 590 milhões de dólares importados por instituições de pesquisa.

Assim, a maioria destas importações (98%) é feita diretamente pelas instituições e pesquisadores credenciados e o CNPq apenas verifica e autoriza as importações. Historicamente, o CNPq ainda ajuda instituições que tenham dificuldades de realizar importações próprias, realizando todo o processo de importação, incluindo o desembaraço em Brasília e subsequente transporte (aéreo e terrestre) até o destinatário. Estas operações totalizaram, em 2009, 11,8 milhões, ou seja, cerca de 2% do total de importações que o CNPq autorizou.

O CNPq, dessa forma, não começou a transferir às universidades e institutos de pesquisa a responsabilidade pelo processo de importação, como afirma a reportagem.

Para a eficiência do sistema como um todo, a prioridade é dada para a função regulatória do CNPq - ou seja, credenciamento e autorização de importações pelas instituições científicas do país - e por isso, as atividades executivas como realizar importações para algumas instituições espalhadas pelo território nacional podem ficar afetadas.

Uma atividade que tem dado resultados positivos realizada pela equipe de importação do CNPq é dar mini-cursos (2 dias) de treinamento para equipes de importação das instituições credenciadas, o que as torna muito mais eficientes na importação direta, evitando a intermediação executiva do CNPq.

Fonte: Ciência Hoje

terça-feira, 6 de julho de 2010

Conservação da biodiversidade é discutida no 1º Fórum das Américas sobre o tema


Na abertura do evento, a secretária de Biodiversidade e Florestas destacou o esforço brasileiro para avançar na conservação e na ampliação das áreas protegidas. "O Brasil tem feito um esforço gigantesco para avançar na conservação da biodiversidade", afirmou na segunda-feira (5/7) a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, durante a solenidade de abertura do I Fórum de Biodiversidade das Américas, em Brasília.

A secretária citou a contribuição do Brasil com 75% das áreas protegidas criadas no mundo nos últimos oito anos e os primeiros resultados do monitoramento dos biomas por satélite, que contribuem para políticas de combate ao desmatamento. Já foram divulgados os dados de Cerrado, Caatinga e Pantanal, e devem ser anunciados, ainda este ano, os dados de Pampa e Mata Atlântica.

Outro avanço citado pela secretária de Biodiversidade e Florestas é a discussão de um protocolo internacional sobre acesso e repartição de benefícios oriundos do uso da biodiversidade, que deverá ser apresentado em outubro deste ano em Nagoya, no Japão, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.

Segundo Maria Cecília, o Regime Internacional de Acesso e Repartição de Benefícios trará dividendos para o Brasil, país mais megadiverso do mundo e possuidor de grande riqueza em recursos genéticos. "Comunidades e populações tradicionais, detentores de conhecimentos sobre uso da biodiversidade, também receberão os dividendos", explicou.

A secretária fez ainda um apelo para a divulgação do Ano Internacional da Biodiversidade, declarado pela ONU e celebrado em todo o mundo em 2010. "Queremos a mesma repercussão que recebe a questão do clima", disse ela.

O I Fórum de Biodiversidade das Américas, coordenado pelo Jardim Botânico de Brasília, tem o objetivo de trocar experiências, oferecer soluções e lançar a pergunta "O que você faz pelo Planeta?". As respostas serão consolidadas em um guia de sustentabilidade que será editado em três idiomas enviado a aldeias, povoados, municípios e metrópoles.

(Assessoria de Comunicação do MMA)

Terra ainda treme em diversos pontos do Nordeste


Pesquisadores estão detectando atividade sísmica em lugares na região onde não sabiam que havia. Assunto será abordado na 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 25 a 30 de julho, em Natal (RN).

Os moradores de Alagoinha, no agreste de Pernambuco, a 227 quilômetros de Recife, sentiram no início de março o chão tremer 47 vezes em um período de menos de dez dias. Tremores de terra no nordeste, que antes eram mais observados em determinados lugares da região, passaram a ser identificados nos últimos anos em diversas outras cidades nordestinas, afirma o coordenador do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Joaquim Mendes Ferreira.

"Estamos detectando atividade sísmica em várias localidades no nordeste onde não sabíamos que havia", conta. "Só neste ano ocorreram abalos sísmicos em cidades dos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte", enumera. O especialista abordará esse assunto em uma conferência que fará na 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 25 a 30 de julho, em Natal (RN).

O mais recente foi registrado na semana passada em Tacaimbó, também no agreste de Pernambuco. Já o de maior magnitude, que atingiu 4,3 graus na escala Richter - em uma graduação de 0 a 10 -, ocorreu no início deste ano em Taipu, no Rio Grande do Norte, e foi sentido em um raio de 350 quilômetros, atingindo Natal, Recife e João Pessoa.

Mas não há motivos para pânico. A série histórica dos dados mostra que os abalos no nordeste são de intensidade ligeira, ou seja, não costumam causar grandes danos. Dificilmente atingem magnitude acima de 5 graus na escala Richter.

De acordo com Ferreira, a constatação de um maior número de tremores no nordeste se deve à melhoria na comunicação e ao aprimoramento dos instrumentos de monitoramento de atividade sísmica disponíveis na região. Isso possibilita detectar com maior precisão e rapidez abalos sísmicos que antes poderiam passar despercebidos.

O geofísico explica que geralmente acontecem ciclos de atividade sísmica com maior intensidade, seguidos de outros com menor magnitude, como os que estão ocorrendo no nordeste nos últimos anos. Mas como esses ciclos não possuem uma certa duração, é impossível prever quando os próximos tremores ocorrerão. O que já se sabe é que os abalos ocorrem no nordeste na forma batizada pelos sismólogos de "enxame", ou seja, ocorrem vários sismos por dia, durante muito tempo, causando pânico na população.

Causas

O que os especialistas ainda não conseguiram explicar é porque há maior atividade sísmica na região do que em outras no Brasil. Uma das hipóteses é que a crosta continental de algumas áreas do nordeste é menos espessa do que a de outras do país e, portanto, menos estável e mais propensa a abalos sísmicos.

Realizando pesquisas na área na região desde 1975, uma das descobertas do grupo de pesquisadores do Laboratório Sismológico da UFRN é que os tremores que estão ocorrendo, principalmente, em Pernambuco, estão relacionados à proximidade com uma ramificação do "lineamento de Pernambuco", como é denominada uma falha geológica de aproximadamente 700 quilômetros, com cerca de 30 quilômetros de profundidade, que corta o estado. Isso já foi comprovado por eles.

Entretanto, eles ainda não conseguiram demonstrar que a atividade sísmica observada em outras cidades do nordeste, como em Sobral, no Ceará, tem relação direta com outro lineamento, o "Sobral-Pedro II", situado próximo à região. "Há regiões no nordeste que estão sendo reativadas e outras mais propensas a terem atividade sísmica e que até agora, pelo menos, não está acontecendo nada", diz. "Isso demonstra o quanto é difícil explicar as causas dos abalos sísmicos". 

A palestra do geofísico Joaquim Mendes Ferreira será realizada no dia 28 de julho, às 10h, durante a 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 25 a 30 de julho em Natal (RN), no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O evento, cujo tema é "Ciências do mar: herança para o futuro", contará com centenas de atividades, entre conferências, simpósios, mesas-redondas, grupos de trabalho, encontros e sessões especiais, além de apresentação de trabalhos científicos e minicursos. Veja a programação em www.sbpcnet.org.br/natal/home/

(Assessoria de Imprensa da SBPC)

Brasil quer fechar acordo para produzir etanol no Quênia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (6) que o Brasil quer firmar um acordo para produzir biocombustíveis no Quênia. De acordo com Lula, o Brasil poderia transferir tecnologia ao país africano, que tem terras disponíveis para a agricultura. “O Brasil tem expertize de anos de experiência. O Quênia tem terra e disposição de produzir combustível limpo para a gente poder vender para os países ricos que, a partir de 2020, terão que colocar 10% de etanol na gasolina dos seus carros”, disse Lula em pronunciamento conjunto com o presidente do Quênia, Muar Kibaki.

O Quênia é o terceiro país visitado por Lula na viagem que faz à África esta semana. Já passou por Cabo Verde e Guiné Equatorial e segue ainda hoje para a Tanzânia. Os dois presidentes também conversaram hoje pela manhã sobre a criação da Universidade Afro-brasileira. A proposta ainda está tramitando no Congresso brasileiro, mas Lula disse “ter o sonho” de lançar a pedra fundamental ainda em seu governo. A Universidade Afro-brasileira deve ser instalada no município de Redenção, no Ceará e, de acordo com o projeto, vai abrir mil vagas, 500 para brasileiros e 500 para africanos.

Lula disse ainda que, paralelamente à criação da universidade, o Brasil poderá instalar escolas no Quênia para ensinar língua portuguesa. “[a criação da universidade] Obriga que o Brasil ensine português no Quênia e em outros países da África."

A visita à Africa tem um tom pragmático, repetido por muitos membros do governo que destacam a necessidade de aproximar comercialmente o Brasil do Continente Africano. Lula ressaltou que o bloco econômico do Leste da África (EAC, sigla em inglês), formado por Quênia, Burundi, Uganda, Ruanda e Tanzânia, representa 126 milhões de habitantes. Lula defendeu a aproximação do Mercosul com esse mercado.

O Quênia é um dos países mais industrializados da África. A economia tem crescido nos últimos anos, apesar do freio da crise mundial, que repercutiu no ano passado. O setor de serviços cresce puxado pelo turismo. Atualmente, a prestação de serviços representa 62% do PIB do país. Já a fatia da agricultura corresponde a 21,4% e a indústria, 16,3% do PIB. Estudos feitos pela consultoria Economist Intelligence Unit, citados pelo próprio governo brasileiro, apontam que a economia do Quênia crescerá 3,4% em 2010 e 5% em 2011.

As relações comerciais entre Brasil e Quênia nos últimos sete anos aumentaram seis vezes. Passaram de US$ 14 milhões em 2003 para US$ 91 milhões no ano passado apesar dos efeitos da crise financeira mundial, que fez a corrente de comércio entre os dois países encolher 11% em relação ao ano anterior. Os empresários brasileiros que acompanham o presidente na visita à África identificaram nichos ainda não explorados de mercado e querem ampliar as vendas nos setores onde já existem relações comerciais mais sólidas. Há boas perspectivas para combustíveis, produtos farmacêuticos, carros, tratores e outros itens industrializados.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 4 de julho de 2010

Relatório pede banimento de todo o tipo de amianto



O Brasil deverá dar o primeiro passo para banir definitivamente o amianto crisotila. O Estado teve acesso ao dossiê preparado pelo Grupo deTrabalho do Amianto, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, que propõe o banimento de todas as formas de amianto em todo o território nacional e será apresentado para votação na quarta-feira.

Na contramão, há um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo, do deputado Waldir Agnello (PTB-SP), que pretende anular o efeito da lei estadual 12.684/2007, que proíbe a produção, transporte e manuseio do amianto no Estado. A reportagem tentou ouvi-lo, mas não obteve retorno.

O dossiê, cujo relator é o deputado federal Edson Duarte (PV-BA), levou dois anos para ser concluído e reúne, em 683 páginas, informações sobre a cadeia de produção do mineral no Brasil. Foram visitadas fábricas, minas desativadas e em operação e realizadas entrevistas com trabalhadores, médicos e executivos da indústria.

O relatório sugere a desativação da única mina de amianto ainda em operação no Brasil, localizada em Minaçu (GO). Entre outros pontos, propõe a inclusão da substância na lista de substâncias cancerígenas e a criação de uma política de incentivo às indústrias que atuam com amianto para que façam a transição para outra tecnologia. Também critica a atual posição do governo federal em relação à continuidade do uso da substância. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo .

(Fonte: Agencia Estado /G1)

Cientistas desenvolvem plástico capaz de se autodestruir


Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram um plástico capaz de se autodestruir, o que poderia facilitar sua reciclagem e degradação no ambiente.

Plásticos (polímeros) são formados pela união de compostos químicos idênticos (monômeros). Scott Phillips e Wanji Seo, da UniversidadeEstadual da Pensilvânia trabalharam com polímeros de ftalaldeído, adicionando um de dois “gatilhos” químicos (éter de silil ou éter de alil) para cada molécula de ftalaldeído que compõe o polímero.

Quando um pedaço do plástico foi exposto a íons fluoreto (de flúor) em temperatura ambiente, sua parte central, onde as moléculas estavam cobertas com éter de silil, sofreram rápida despolimerização e quebraram. As partes cobertas com éter de alil permaneceram sem alterações.

A técnica poderia ser modificada para o desenvolvimento de produtos plásticos que se degradam rapidamente quando expostos a “gatilhos” no ambiente. Se uma sacola feita de um determinado plástico chega ao oceano, por exemplo, enzimas de micro-organismos na água poderiam fazer o material despolimerizar-se e desaparecer, diz Phillips.

O uso de polímeros com “gatilhos” também tem a vantagem de fornecer um método barato de reciclagem de lixo plástico. Isso porque os monômeros resultantes da quebra dos polímeros poderiam ser repolimerizados para criar novos plástico, um processo provavelmente mais barato do que separar diferentes polímeros (plásticos) antes de começar a reciclagem, opina Phillips.

Até o momento, a equipe desenvolveu polímero com “gatilhos” que reagem com íons fluoreto, paládio e peróxido de hidrogênio. Eles também esperam desenvolver polímeros que respondem a enzimas.

A equipe, porém, adverte que o resultado da pesquisa é apenas uma prova de conceito. Ainda é preciso encontrar polímeros que se quebram em substâncias mais ambientalmente corretas do que ftalaldeído. Outro problema é que os polímeros usados até agora são sensíveis a acidez; eles precisam ser mais estáveis para serem utilizáveis.

O estudo foi publicado na revista “Journal of the American Chemical Society”. 

Fonte: Folha.com