sábado, 26 de março de 2011

Mercosul completa 20 anos de existência


Em 26 de março de 1991, 24 artigos e cinco anexos consolidaram-se como o Tratado de Assunção e estabeleceram os princípios gerais de como seriam as relações entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Era criado um mercado comum com livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos. Três meses depois, em junho, foi iniciado o programa de eliminação de barreira alfandegárias, com a redução tarifária de 47% sobre os produtos comerciados entre os quatro países. Em agosto, Brasil e Argentina fazem a primeira experiência de unificação das aduanas em Foz do Iguaçu. “A expansão do comércio significa o aumento das economias de escala, da produtividade, o da produção e do emprego. Isto beneficiou e ainda beneficia todos os dias a milhões de brasileiros”, avalia o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, o alto representante-geral do Mercosul. 

O documento de formação do bloco foi o primeiro passo de uma contínua construção das instituições, que continua até hoje. Da mesma forma que o processo da União Européia, não houve grande negociação inicial. O cargo ocupado por Pinheiro Guimarães, por exemplo, foi criado na Cúpula de Foz do Iguaçu, em 16 de dezembro de 2010. E a formação do bloco tem inspirado cada vez mais projetos em comum das nações do continente, que levou à criação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Para Pinheiro Guimarães, uma entidade fortalece a outra. “O Mercosul fortalece a Unasul e a Unasul fortalece o Mercosul. O ideal da integração faz parte de nossa história”, diz.

Com a Unasul, a integração não tem sido apenas política e aumento das relações de amizade. Agora estão sendo construídas estradas, ferrovias e outras obras de infraestrutura através das fronteiras. “Sem transportes não há comércio e sem comércio não há integração. A integração física é um dos principais vetores do Mercosul e da Unasul”, diz.

Globalização – Uma das características do Mercosul é que a união não visou apenas fundir as economias dos países-parte, mas também nortear a inserção no mercado mundial. As negociações seriam agora com os quatro países atuando em conjunto no mercado internacional. Além de estabelecer uma política externa comum os países harmonizaram legislações nacionais. “A formação de um mercado comum exige a gradual harmonização da legislação dos quatro Estados, tarefa complexa que exige maior e permanente empenho”, diz Pinheiro Guimarães.

Órgão executivo – A Comissão de Comércio do Mercosul foi criada em agosto de 1994 com a finalidade de zelar pela aplicação da política comercial comum – tanto intra-Mercosul, como com terceiros países, organismos internacionais e acordos de comércio. O órgão executivo do bloco passou a acompanhar e revisar os temas relacionados com as políticas comerciais comuns. Uma das atribuições mais importantes da Comissão é tramitar pedidos dos governos dos quatro países sobre a Tarifa Externa Comum, podendo, inclusive, propor alteração nas alíquotas. Também analisa e formula propostas de funcionamento da união aduaneira. 

Bloco ganha estrutura institucional em Ouro Preto

O Protocolo de Ouro Preto estabeleceu, em 1994, a estrutura institucional do Mercosul, que passou a ser composta pelo Conselho Mercado Comum (integrado pelos ministros das Relações Exteriores e da Fazenda); Grupo Mercado Comum; Comissão de Comercio; e a Comissão Parlamentar Conjunta. Há, ainda, o Foro Econômico e Social, por meio do qual a sociedade civil pode encaminhar propostas. 

A criação da Tarifa Externa Comum (TEC) serviu para incentivar a competitividade frente ao mercado mundial e evitar a formação de oligopólios ou reservas de mercado. A TEC deveria atender aos seguintes critérios: a) ter pequeno número de alíquotas; b) baixa dispersão; c) maior homogeneidade possível das taxas de promoção efetiva (exportações) e de proteção efetiva (importação); d) que o nível de agregação para o qual seriam definidas as alíquotas era de seis dígitos. A aprovação da TEC também incluiu mecanismos de ajuste das tarifas nacionais, através de Listas de Exceções.

Fonte: Secom

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mercadante quer universidades nas discussões sobre royalties do Pré-Sal

De acordo com o novo projeto do pré-sal, o setor de C&T, que tinha 12,5% dos royalties, será incluído no Fundo Social, junto com educação, esporte, cultura e saúde.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, pediu ontem (24) maior mobilização dos gestores das instituições de ensino a cerca das discussões sobre os royalties do petróleo. De acordo com o novo projeto do pré-sal, o setor de Ciência e Tecnologia, que tinha 12,5% dos royalties, será incluído no Fundo Social, junto com educação, esporte, cultura e saúde. Para o ministro, com esse modelo é impossível tirar os 12,5% dos royalties para C&T.

"Até 2020 vamos perder mais de R$ 12 bilhões de recursos para C&T", calcula Mercadante. Ele defende que educação, ciência, tecnologia e meio ambiente estejam no núcleo dos royalties.

O ministro participou ontem (24) da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Além do presidente da entidade, Edward Madureira Brasil, participaram do encontro reitores de universidades de vários estados.

Fonte: Ascom MCT

Governo brasileiro exigirá qualidade técnica de produtos industriais importados


O governo pretende exigir dos produtos industriais importados o cumprimento dos mesmos padrões de qualidade técnica aplicados com relação a produtos nacionais vendidos no exterior. A medida foi o tema principal da reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), quarta-feira (23), no Ministério da Fazenda.

No encontro, que reúne empresários e autoridades da área econômica, ficou acertado que cada setor da indústria elaborará uma lista de produtos de baixa qualidade que entram no País e competem com produtos similares nacionais.

De acordo com o presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Melvyn Fox, os produtos industrializados importados precisarão ter certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) ou da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antes de entrarem no País.

Nos próximos 20 dias, o governo analisará o que pode ser feito para adaptar os órgãos ao volume de fiscalização.

Apesar de poder resultar na proibição da entrada de determinados produtos, Fox afirmou que a medida não representa protecionismo. Na verdade, o que o Brasil está fazendo é defesa comercial, que não tem nada a ver com a criação de barreiras para a importação, disse.

Para o vice-presidente da Abdid (Associação Brasileira de Indústrias de Base), Ralph Terra, a exigência de qualificação técnica não representa risco para as relações comerciais com os países desenvolvidos. O Brasil passará a fazer exatamente o que as nações ricas já fazem com os produtos brasileiros no exterior, avaliou.

Os setores da indústria ainda estão fazendo um levantamento dos produtos que enfrentam a concorrência com similares importados de baixa qualidade. O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga, no entanto, citou alguns itens que certamente entrarão na lista: aço, válvulas para a extração de petróleo e cabos elétricos.


Fonte: Agência Brasil

Novo plano de educação custará R$ 80 bilhões

A Informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad na abertura dos trabalhos da Comissão de Educação e Cultura.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (23), na abertura dos trabalhos da Comissão de Educação e Cultura, que o custo total para o cumprimento das metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020 será de R$ 80 bilhões. O PNE está previsto no Projeto de Lei 8035/10, do Executivo, que será analisado por uma comissão especial criada na terça-feira (22).

O PNE estabelece metas educacionais que o País deverá cumprir até o fim da década. Segundo o ministro, a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, indicado no plano, cobrirá os gastos previstos.

Um dos pontos polêmicos é justamente o que define um percentual mínimo para investimento na área. Alguns parlamentares e entidades da sociedade civil querem que o patamar seja de 10% do PIB. "Se o Congresso entender que é pouco e quiser aumentar [a meta de investimento mínimo], não vai poder mexer só nela, mas nas outras", disse Haddad. "O plano não pode ser esquizofrênico, nem recurso de menos para meta demais, nem recurso demais para meta de menos."

O ministro afirmou que organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), recomendam um investimento entre 6% e 8% do PIB. Ele disse ainda que defende sempre mais recursos para a pasta.

"Se o Congresso entender [pelo aumento] é preciso dizer no plano quais são as estratégias para que isso seja factível. Haverá aumento da carga tributária para pagar essa conta da educação? Haverá redução de gastos? Onde? Isso precisa estar no plano, caso contrário nós vamos fixar um número que não será cumprido", defendeu.

Hoje, o País investe 5% do PIB em educação. A Conferência Nacional de Educação (Conae), que discutiu em 2010 as bases do PNE, propôs que o investimento mínimo seja de 10% do PIB até o fim da década.

Emendas - Haddad foi convidado pela presidente da comissão, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), para participar da primeira reunião do colegiado nesta legislatura. De acordo com a deputada, o projeto de lei do PNE já tem mais de 140 emendas. Ela era relatora da proposta, mas, por assumir o comando da comissão, repassou a relatoria ao deputado Angelo Vanhoni (PT-PR).

Ainda na reunião, o ministro destacou os avanços da legislação brasileira no período de 2003 a 2010. Ele citou medidas como a extinção da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) para a educação, o estabelecimento do ensino fundamental de nove anos e a criação do Fundo de Manutenção e Valorização da Educação Básica (Fundeb) - este último aprovado pela Câmara em 2006.

Fonte: Agência Câmara

SBPC seleciona profissional para atuar no Congresso Nacional


A SBPC lança hoje (25) o edital Programa de Assessoria junto ao Congresso Nacional para buscar um profissional que atue como seu representante na casa. O selecionado acompanhará as medidas de interesse da comunidade científica, e intercederá sempre que for necessário.

As políticas públicas estão cada vez mais sendo determinadas por questões técnico-científicas. Isto se reflete de forma bem evidente nas discussões dos grandes temas no Congresso Nacional, nos quais, não raro, as questões envolvem diversos aspectos científicos e tecnológicos. Exemplos desses grandes temas são: a questão dos transgênicos, o código florestal, as políticas de monitoramento ambiental, as políticas na área de medicamentos, dentre outros.

Com essa justificativa, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), retoma o Programa de Assessoria junto ao Congresso Nacional, cujo objetivo principal é instituir e manter um diálogo constante com os Congressistas brasileiros. Essa comunicação pretende, de um lado, contribuir para a disseminação do uso do conhecimento científico durante o processo legislativo, ampliando as perspectivas dos legisladores sobre o valor da interação Ciência-Sociedade na definição das Políticas Públicas.

Assim, a SBPC colocará à disposição dos Membros do Congresso Nacional uma pessoa com alto nível de formação e qualificação científica e tecnológica e vasta experiência profissional. De outro lado, a SBPC tem a expectativa de possibilitar à comunidade científica o acesso às práticas legislativas e a interação direta com os congressistas e membros das Comissões Temáticas da Câmara e do Senado.

Perfil requerido: Facilidade de comunicação; Experiência em processos de negociação; Reconhecimento da comunidade científica; Atuação em questões/projetos multidisciplinares; Residência em Brasília durante todo o período de contrato;

Disponibilidade para viagens frequentes.

Qualificação: Formação e atuação em Ciências Exatas ou Tecnológicas, Ciências Biológicas, Ciências Humanas e Sociais e Comunicação, com pelo menos cinco anos de atuação profissional e interesse em políticas de C&T. O candidato deve ter comprovada competência e experiência no trato de questões multidisciplinares. A experiência no uso do conhecimento científico para a solução de problemas da sociedade é fator relevante na qualificação do candidato.

Processo Seletivo: O processo seletivo se inicia hoje (25) com inscrição aberta até 30 de abril.

Documentação básica para inscrição online

- Carta de Intenções (com o máximo de 1000 palavras), descrevendo: justificativa da candidatura; formação científica e experiência profissional; interesses e experiências em políticas públicas; qualidades e experiências que o qualificam para a posição;

- Plano de Trabalho, destacando as estratégias de atuação para o primeiro ano de trabalho;

- CV no curriculo Lattes

Enviar incrição para o email: assessoria.congresso@sbpcnet.org.br
Período de contrato: 12 meses prorrogáveis
Salário: de acordo com a qualificação

Prazo: A inscrição vai até 30 de abril. Veja o edital em:

Inicio das atividades: 20/05/2011

Fonte: Ascom - SBPC

quinta-feira, 24 de março de 2011

Governadores do Nordeste admitem rever construção de usinas nucleares na região


O acidente nuclear ocorrido há duas semanas na Usina de Fukushima, no Japão, voltou a colocar em pauta, em todo o mundo, a segurança das usinas nucleares. E, no Brasil, alguns governadores do Nordeste decidiram reavaliar se região deve receber uma das quatro novas usinas que o governo federal pretende construir no país até 2030.

"Quem é que vai, em meio à atual discussão, [dizer] "eu quero agora uma usina nuclear para o meu estado". Só se for idiota. E eu não sou idiota", disse o governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), à Agência Brasil, hoje (23). Martins fez questão de frisar que "não recuou" da disputa com outros estados nordestinos cotados para abrigar uma das usinas, mas deixou claro que o projeto a cargo do Ministério de Minas e Energia deve ser "repensado".

"Agora, mudou tudo. O mundo inteiro está repensando os investimentos em energia nuclear, até então considerada segura e limpa. E o Piauí, assim como o Brasil como um todo, não vai deixar de repensar também", afirmou o governador, alegando que a situação exige bom-senso.

O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), também já havia mencionado, em nota, a necessidade de o país rediscutir a expansão da matriz nuclear com segurança. "A pretensão do estado de Sergipe em disputar a instalação de uma usina no nosso território pressupõe garantias plenas de segurança das instalações. Sem essas garantias, não há como defender tais empreendimentos", afirmou o governador, cuja preocupação recebeu o apoio inclusive do setor produtivo sergipano.

"Apoiamos a decisão de que a instalação de uma usina nuclear em Sergipe deve ser precedida por uma reavaliação dos sistemas de segurança atualmente em vigor", manifestou o Fórum Empresarial de Sergipe em um documento redigido na reunião da última terça-feira (15). "Cabe-nos, porém, alertar que uma ação isolada de Sergipe não é eficaz, pois o risco para nossa população é semelhante se [uma usina for] instalada em regiões limítrofes, sendo assim sugerimos uma ação integrada com os demais estados nordestinos".

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também tem repetido que a população pode ficar tranquila pois qualquer decisão quanto à instalação de novas usinas deve demorar ao menos quatro anos, tempo suficiente para que os aspectos de segurança sejam discutidos. A cidade pernambucana de Itacuruba, a 460 quilômetros da capital, Recife, foi apontada pela Eletronuclear como uma das melhores opções para a instalação de uma usina nuclear no Nordeste.

"Entendemos as preocupações de muitos quando ocorrem eventos como os do Japão. De fato, é preciso avançar ainda mais nos estudos sobre a segurança das plantas, inclusive em situações extremas, como o recente terremoto. No caso brasileiro, porém, temos que entender que nosso programa nuclear é muito maior que uma usina nuclear e não pode ser estigmatizado. Visa, por exemplo, a desenvolver aplicativos para a área médica, propiciando diagnósticos e tratamentos de muitos males, como o câncer. No tocante à geração de energia, é preciso ter em mente que não há qualquer decisão para a construção de novas usinas no Brasil. É só olhar nosso planejamento plurianual para ver que não há previsão orçamentária nem decisão política tomada pelo governo", disse.

Na terça-feira (22), o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, assegurou que o Brasil não tem pressa para construir novas usinas e, quando isso ocorrer, será muito mais rigoroso na questão da segurança das novas instalações, em conformidade com os novos padrões adotados internacionalmente após a tragédia japonesa.

O Brasil tem duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e 2, ambas administradas pela Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Angra 3 está em fase de construção. Ontem (23), quando perguntado se o governo pode desistir de construir as quatro novas usinas, o presidente da Eletrobras, João da Costa Carvalho Neto, disse apenas que a decisão cabe ao Conselho Nacional de Política Energética e à Presidência da República.

Fonte: Agência Brasil

Não há risco de acidente japonês se repetir no Brasil, diz Cnen


O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, disse ontem (23) na Câmara dos Deputados que o acidente nuclear no Japão não é razão para mudar nosso Programa Nuclear. Ele participou de audiência pública da Comissão de Minas e Energia. Gonçalves classificou de "precipitada" a decisão da Alemanha de fechar usinas e vinculou a medida ao período eleitoral daquele país. O Programa Brasileiro de Energia Nuclear prevê a construção de mais quatro usinas.

Na audiência, que discute os projetos de construção de usinas nucleares no Brasil e a situação das usinas que já estão em funcionamento (Angra 1 e 2), Gonçalves lembrou que o Brasil está sobre uma única placa tectônica e, por isso, um terremoto de nível 7 jamais ocorrerá no País.

Segundo ele, as usinas japonesas estariam preparadas para um terremoto de nível 8,4 e ondas de 10 metros, mas foram registradas ondas de 14 metros e um terremoto de 8,9 graus. Ele afirmou também que, mesmo diante de uma catástrofe, os prédios das usinas de Angra dos Reis são à prova de inundação.

Radiação - Gonçalves falou também sobre os riscos da radiação. Ele explicou que o nível máximo permitido para o público em geral numa usina é de uma unidade de medida, enquanto uma simples tomografia já expõe uma pessoa a quatro unidades de medida.

Ele acrescentou ainda que o acidente japonês não deve causar mortes ou câncer provocado por radiação, porque a exposição das pessoas não chegou a 100 unidades. De acordo com o presidente da Cnen, só a partir de 800 unidades de medida o dano ao homem seria certo, e acima de 4.500 a exposição seria com certeza letal.

Fonte: Agência Câmara

Deslizamentos de terra são a maior causa de mortes por desastres naturais


A afirmação foi feita pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, Carlos Nobre, no seminário Clima para Você, no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Brasília. Embora as inundações ocorram com mais frequência, os deslizamentos são a principal causa das mortes, correspondendo a 60%. "De 2008 a 2011, cerca de 2.500 pessoas morreram devido a deslizamentos de terra. As inundações estão em segundo lugar como responsáveis pelas mortes e as descargas elétricas em terceiro", disse Nobre.

O seminário foi em comemoração ao Dia Meteorológico Mundial e reuniu representantes de atividades relacionadas à meteorologia, aquecimento global e mudanças climáticas. O evento provocou uma reflexão da relação homem, natureza e clima.

Nobre, que também é presidente da Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia (CMCH), mostrou os riscos do efeito estufa e das mudanças climáticas. Ele explicou que alguns "limites climáticos perigosos", se ultrapassados, causam colapso de subsistemas, como morte de corais, perda de gelo, extinção de espécies e esgotamento da floresta amazônica.

De acordo com o especialista, o aumento das ondas de calor é um problema para as próximas gerações, que ainda podem sofrer com inundações, ventos, epidemias relacionadas à água, deslizamento de terra, seca, ressaca costeira e transtornos na agricultura.

Nobre explicou como funcionará o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, previsto para funcionar até o final deste ano em Cachoeira Paulista (SP). O desafio, segundo ele, é converter alertas meteorológicos em alerta de desastres. "Nosso objetivo é ser um País que tenha a maioria das vidas salvas dos eventos e desastres naturais".

A ideia é reunir, no centro, meteorologistas, hidrólogos, geólogos e especialistas em defesa civil. "O Centro será multi-institucional e abrigará o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)], Inmet, Ministério das Cidades, IBGE, a Defesa Civil, Agência Nacional de Águas (ANA), Embrapa e Aeronáutica", explicou.

Hoje, as ações do governo federal estão focadas no levantamento das áreas de risco, integração das informações meteorológicas e cruzamento de informações para estabelecer parâmetros de chuva intensa, água do solo e riscos de deslizamentos geológicos.

Fonte: Ascom do MCT

Últimos dias para envio de resumo para 63ª Reunião da SBPC


Os interessados em apresentar trabalhos no evento deste ano têm até 7 de abril para efetuar sua inscrição para poder submeter o resumo. O evento, que ocorre em Goiânia (GO) de 10 a 15 de julho, conta com cinco sessões de pôsteres. A expectativa é que o número de trabalhos apresentados supere 2 mil.

Podem ser submetidos resumos de trabalhos científicos, de qualquer área do conhecimento, de estudantes ou professores de educação superior, pesquisadores; trabalhos de professores de educação básica ou técnica que versem sobre experiências ou práticas de ensino-aprendizagem, e trabalhos de alunos do ensino médio e/ou profissionalizante, de iniciação científica ou dos institutos federais de ensino.

Para submeter um resumo é necessário que pelo menos um dos autores se inscreva no site do evento e pague a taxa de inscrição até 7 de abril. Feito isso, o inscrito tem até o dia 11 de abril para enviar o resumo. No site do evento (www.sbpcnet.org.br/goiania), constam as normas de inscrição e de submissão de resumos.

Sobre a Reunião: A 63ª Reunião Anual da SBPC será realizada nas dependências da Universidade Federal de Goiás (UFGO) e tem centenas de atividades, tais como conferências, simpósios e mesas-redondas, com a participação de cientistas renomados de todas as regiões do País. Objetivo é discutir políticas públicas de educação, ciência, tecnologia, meio ambiente e saúde, além de mostrar os avanços da ciência nas mais diversas áreas do conhecimento. Boa parte dessas discussões versará sobre o tema central do evento: "Cerrado: água, alimento e energia".

Além dessas atividades, serão oferecidos diversos minicursos cujos temas serão de interesse tanto de universitários e pesquisadores como de professores da rede pública de ensino básico e técnico. O evento conta ainda com três programações paralelas: a SBPC Jovem, voltada para estudantes do ensino básico e técnico; a ExpoT&C, exposição de ciência e tecnologia; e a SBPC Cultural, mostra da cultura regional.

A 63ª Reunião é aberta ao público, que pode participar gratuitamente e sem inscrição prévia da maioria das atividades. A inscrição é necessária apenas para aqueles que pretendem apresentar trabalhos científicos, que queiram participar de um dos minicursos ou receber a programação impressa e o atestado de participação geral. 

Fonte: Ascom SBPC

quarta-feira, 23 de março de 2011

Pepsi anuncia garrafa de origem 100% vegetal


As técnicas de processamento da biomassa permitem a fabricação de uma "garrafa vegetal" virtualmente indistinguível da garrafa PET normal. A empresa PepsiCo anunciou o desenvolvimento da "primeira garrafa de plástico PET feita inteiramente de matérias-primas totalmente renováveis, à base de plantas."

Segundo nota divulgada pela empresa, a garrafa "verde" é 100% reciclável e "supera largamente as tecnologias disponíveis na indústria". A empresa não divulga informações ou artigos científicos fundamentando a descoberta, citando apenas que o avanço inclui "uma combinação de processos biológicos e químicos".

Esses processos biotecnológicos criam uma estrutura molecular que é idêntica à do PET (polietileno tereftalato) - um plástico à base de petróleo. A matéria-prima utilizada é a biomassa de milho, pinus e de uma gramínea conhecida como switch grass.

Cultivando garrafas 

As técnicas de processamento da biomassa permitem a fabricação de uma "garrafa vegetal" virtualmente indistinguível da garrafa PET normal e com igual capacidade de proteção dos líquidos.

A empresa afirma que as pesquisas prosseguem para a inclusão de outros vegetais na produção da garrafa ecologicamente correta, incluindo cascas de laranja, batata e aveia.

As primeiras garrafas à base de plantas começarão a ser produzidas em escala piloto em 2012. Se os testes forem bem-sucedidos, a empresa planeja passar diretamente à produção em escala comercial.

Fonte: Inovação Tecnológica

Edital promove cooperação nas áreas de Matemática, Física e Biodiversidade


O CNPq selecionará propostas para apoio financeiro a projetos conjuntos no âmbito de convênio com a Agência Nacional de Pesquisa (ANR) da França.  O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) selecionará propostas para apoio financeiro a projetos conjuntos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I), nas áreas de Matemática, Física e Biodiversidade, no âmbito do Convênio CNPq/Agência Nacional de Pesquisa (ANR) da França.

A chamada objetiva fortalecer a colaboração entre as comunidades de pesquisa brasileira e francesa, visando à obtenção de resultados científicos e tecnológicos de nível mundial, que conduzam a tecnologias inovadoras. Será investido o montante de dois milhões de reais.

Os principais resultados esperados são: o aumento de publicações em revistas e periódicos nacionais e internacionais, advindas das parcerias apoiadas; o estímulo à formação de recursos humanos com participação de orientadores brasileiros e estrangeiros; a geração de produtos e processos; e registro de patentes .

O proponente deve ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente, residente no Brasil; ter o título de doutor e experiência em projetos de cooperação internacional e/ou qualificação preferencialmente equivalente à de pesquisador Categoria 1 do CNPq; ter currículo cadastrado na Plataforma Lattes; e vínculo formal com a instituição brasileira executora do projeto.

A ANR será responsável pelo financiamento das despesas de mobilidade e outros custos adicionais dos pesquisadores franceses envolvidos nos projetos conjuntos, de acordo com as suas normativas internas.

Os interessados já podem enviar seus projetos ao CNPq, exclusivamente via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível na Plataforma Carlos Chagas. A inscrição será aceita até 2 de maio. Os aprovados devem executar os projetos no prazo máximo de 36 meses.

Fonte: Ascom MCT

terça-feira, 22 de março de 2011

Água para Cidades: Respondendo ao Desafio Urbano


Tema marca o Dia Mundial da Água, comemorado hoje (22).

Comemora-se nesta terça-feira (22), o Dia Mundial da Água. O evento é celebrado anualmente na mesma data para chamar a atenção do mundo sobre a importância da água doce e defender seu manejo sustentável.

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 22 de fevereiro de 1993, o evento aborda uma temática diferente, a cada ano, com o objetivo de promover várias ações sobre determinado assunto ao redor do mundo. O tema deste ano, "Água para cidades: respondendo ao desafio urbano" visa a incentivar governos, organizações, comunidades e indivíduos a participar ativamente na resposta ao desafio da gestão das águas urbanas.

O objetivo é alertar a população mundial sobre o impacto da rápida industrialização, do crescimento urbano, e as incertezas provocadas pelas mudanças climáticas, os conflitos e as catástrofes naturais em sistemas urbanos de água.

O coordenador de recursos hídricos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Sanderson Leitão, sustenta a importância da abordagem no País, pois embora o Brasil seja privilegiado em termos de disponibilidade hídrica, ainda há alguns obstáculos a serem superados para garantir o abastecimento desse bem à população e às atividades econômicas, com qualidade e sustentabilidade.

Leitão lembra ainda que 85% da população brasileira vive nas cidades e que o crescimento econômico demanda mais água para consumo doméstico e industrial. Para aprimorar e garantir, ainda mais, o atendimento dessas demandas decorrentes do acelerado desenvolvimento do País, ele ressalta que é preciso ter uma gestão integrada da água, inclusive utilizando tecnologias de ponta, como a dessalinização de água do mar e o emprego de nanotecnologias no setor de saneamento e abastecimento.

"Tivemos avanços significativos nos investimentos para a área e, assim, evoluímos muito nos últimos anos, no entanto, precisamos investir ainda mais em pesquisa e desenvolvimento para que tenhamos métodos de irrigação mais eficientes, para que possamos priorizar o uso da água para fins mais nobres, como o consumo humano e ter mais água disponível para outros usos", defende.

Investimento

As políticas e pesquisas direcionadas à área de Recursos Hídricos têm recebido maior apoio do governo nos últimos anos. Uma das estratégias de incentivo adotadas foi a utilização do Fundo Setorial de Recursos Hídricos (CT-Hidro), um dos 15 fundos administrados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência ligada ao MCT.

O CT-Hidro financia a capacitação de recursos humanos, estudos e projetos na área para aperfeiçoar os diversos usos da água, de modo a assegurar o alto padrão de qualidade e a utilização racional e integrada.

Os recursos do fundo, no período de 2003 a 2010, chegaram a R$ 122 milhões das verbas destinadas a ações verticais, investidas em 685 projetos (38 editais e 23 encomendas). Outros R$ 179 milhões, dos recursos destinados a ações transversais, foram investidos em 325 projetos (39 editais e 30 encomendas), para formação de recursos humanos (principalmente técnicos, pesquisadores e gestores de recursos hídricos), apoio a grupos de pesquisa emergentes e em consolidação, apoio a eventos técnico-científicos e publicações, fortalecimento de laboratórios e fomento à pesquisa.

Fonte: MCT

Começa hoje (22) a maior feira de ciências e engenharia do País


Um sistema que paralisa o carro quando detecta que o motorista está alcoolizado; uma geladeira portátil movida à energia solar; um tapete que evita acidente com crianças; um guia eletrônico para cegos; uma cadeira de rodas acionada por voz. Esses são alguns dos projetos que estão à mostra na 9ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que ocorre de hoje (22) a quinta-feira (24), das 14h às 19h, em uma tenda instalada no estacionamento da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participa da cerimônia de abertura, e em seguida se realiza uma mesa-redonda para discutir o papel das feiras de ciências e engenharia na educação e na investigação científica. A mesa tem a participação do presidente do CNPq, Glaucius Oliva; do diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do MCT, Ildeu de Castro Moreira; do diretor de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e Tecnologias da Educação Básica do MEC, Marcelo Campos; e do diretor de Educação Básica Presencial da Capes, João Carlos Teatini.

Nesta edição da Febrace, estão em exposição mais de 300 projetos, desenvolvidos por 670 estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todas as regiões do País. São projetos de diversas áreas - engenharia, ciências exatas e da terra, humanas, sociais aplicadas, biológicas, saúde e agrárias -, que foram selecionados entre 1.427 trabalhos, submetidos diretamente pelos estudantes ou por meio das 42 feiras de ciências afiliadas.

Os estudantes que mais se destacarem na Febrace também se qualificam para participar da feira internacional Intel Isef (International Science Fair), a maior competição internacional de estudantes pré-universitários, realizada anualmente nos Estados Unidos e que, em 2011, ocorre de 8 a 13 de maio, em Los Angeles, Califórnia.

A Febrace tem patrocínio e apoio institucional do MCT, do Ministério da Educação (MEC), do CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Serviço Nacional da Indústria (Sesi), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), da Intel do Brasil, do Sebrae Nacional, do Instituto Claro, do Instituto Votorantim e da Petrobras.

Fonte: Poli/MCT

Ministros abrem espaço para participação da SBPC


Reunidos com a Diretoria e o Conselho da SBPC, em Brasília, na sexta-feira (18), os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, da Educação, Fernando Haddad, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o secretário de C&T do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, que representou o ministro Alexandre Padilha, foram unânimes em afirmar haver o maior interesse para que a entidade se torne participante nas questões de política científica e tecnológica do governo. 

 A presença deles também é vista como uma demonstração da importância e da credibilidade da SBPC perante o governo federal e a sociedade. Mostra ainda que o Brasil vem sendo conduzido por projetos de Estado, e não apenas de governo, o que motiva a instituição a atuar como parceira dos ministérios que atuam direta ou proximamente na área de ciência e tecnologia.

A avaliação é da presidente da entidade, Helena Nader, expressa no término dos encontros, que ocorreram por iniciativa da SBPC e contemplaram ministérios com atuação diretamente relacionada à ciência e à tecnologia.

"Foi emocionante ver quatro ministérios virem à SBPC para colocar seus projetos, explicar como estão atuando e nos desafiar para parcerias", disse Helena Nader. Ela considerou que são desafios diferentes de cada ministério, mas que há convergências entre alguns deles, como a retomada da área de pesquisa no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Temos conhecimentos da atividade de pesquisa que nos habilitariam à interlocução com os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, com vistas a uma ação articulada para a realização de trabalhos científicos pelo Ibama", exemplificou.

A presidente da SBPC considerou como o principal resultado dos encontros a constatação de que os ministérios da C&T, Educação, Saúde e Meio Ambiente estão com uma agenda composta por projetos de Estado, e não apenas de governo. "O Brasil, finalmente, está sendo conduzido por projetos de Estado. Isso começou de forma embrionária no governo Fernando Henrique, avançou no governo Lula e agora indica que está ganhando plenitude no governo Dilma".

Diante dessa demonstração de maturidade política, concluiu Helena, "a SBPC se coloca como parceira" das pastas com os quais a entidade se reuniu. "Estamos num momento da vida nacional em que só espírito crítico na basta; precisamos também ser ativos na proposição de alternativas e meios para o Brasil crescer e toda sua população conquistar os requisitos para uma boa qualidade de vida"

Conselho indica seus candidatos

Na quinta-feira (17), também em Brasília, o Conselho da SBPC se reuniu com a Diretoria para indicar seus candidatos aos cargos da Diretoria e do Conselho para a eleição deste ano da entidade. O próximo passo é a confirmação e a aceitação dos candidatos indicados.

Na mesma ocasião, o Conselho reviu as atividades desenvolvidas pela Diretoria, e manifestou seu apoio à decisão de reintroduzir o "Programa Interlocução com o Congresso". Previsto para ser iniciado em junho próximo, o Programa consiste em ter um representante da entidade no Congresso Nacional para acompanhar as medidas de interesse da comunidade científica, e interceder sempre que for necessário.

O edital do Programa será lançado no próximo dia 25, pelo site da SBPC e pelo JC e-mail, para a seleção de um pesquisador que exercerá o cargo de representante.

Ainda na quarta (16) e quinta-feira (17), o Conselho da entidade e o Conselho Editorial (CE) do Jornal da Ciência debateram e analisaram o novo projeto gráfico para o JC.

Aprovada, a proposta gráfica passa agora por uma etapa de polimento e ajuste com base nas diversas sugestões apresentadas. Essa fase é tarefa do CE, que passa a ser integrado também por Sergio Bampi, da UFRGS, e Adalberto Val, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), ao lado dos já membros Alberto Passos Guimarães Filho, Ennio Candotti, Fernanda Sobral, José Roberto Ferreira e Lisbeth Cordani. O primeiro encontro do grupo está programado para o próximo dia 4 de abril.

Fonte: JC e-mail

segunda-feira, 21 de março de 2011

Novo presidente da AEB toma nesta segunda-feira (21)


Marco Antonio Raupp substitui Carlos Ganem, presidente da instituição desde março de 2008, que retorna para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, dá posse ao novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, nesta segunda-feira (21), em Brasília.

Raupp é graduado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), PhD em Matemática pela Universidade de Chicago e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP). Ele exerceu as atividades de pesquisador titular, diretor e vice-diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), de professor da Universidade de Brasília (UnB), de pesquisador titular e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de professor associado no Instituto de Matemática e Estatística da USP (IME). Também foi diretor geral do Instituto Politécnico (IPRJ) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Em diferentes momentos, foi presidente da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (Sbmac) e também conselheiro e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). É membro titular da Academia Internacional de Astronáutica (IAA), tendo sido membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e membro do Conselho Nacional da Ciência e Tecnologia (CCT).

Nos últimos anos, Raupp trabalhou como diretor-geral do Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).

Fonte: Ascom AEB

Decreto 7.446 invibializará a gestão das agências federais de fomento


A SBPC vê com temor e extrema preocupação o decreto de 1º de março, que estabelece limites de valores e novos procedimentos para o empenho de despesas com passagens, diárias e locomoção.

Pelo decreto, somente os ministros e, em alguns casos, secretários-executivos e dirigentes de entidades subordinadas, poderão autorizar esses gastos, sejam eles destinados a cobrir despesas de servidores ou de colaboradores eventuais (no Brasil ou exterior).

Da forma como foi redigido, qualquer pessoa que saia do País, com passagem paga pelo governo federal, inclusive bolsistas de pesquisa, deverá ter sua despesa autorizada previamente pelo ministro a que está subordinado. Atualmente, há cerca de 15 mil bolsistas no exterior, o que significaria que o ministro de Estado teria que dedicar boa parte de seu tempo concedendo autorizações para a renovação dessas bolsas.

Essa medida, para a SBPC, inviabiliza o trabalho das agências federais de fomento à pesquisa e de formação recursos humanos, como a Capes, do Ministério da Educação; o CNPq e a Finep, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Some-se a isso o fato de que boa parte do trabalho das agências de fomento é feita com a ajuda de consultores externos. Só o Sistema de Avaliação da Pós-Graduação da Capes requer cerca de 900 consultores, vinculados a instituições acadêmicas de todas as regiões do País. Para exercer sua função, eles precisam viajar constantemente a fim de avaliar os cursos novos e em andamento - algo essencial para garantir o padrão de qualidade alcançado pela educação superior e pela ciência brasileira.

O CNPq, por sua vez, nos seus 48 comitês, conta com um corpo de mais de 300 assessores externos que são responsáveis pelo julgamento, seleção e acompanhamento dos pedidos de apoio a projetos de pesquisa e de formação de recursos humanos. Sem a ajuda desses assessores, que são recrutados de acordo com sua área de atuação e conhecimento, seria impossível julgar os quase 75 mil pedidos de apoio que são submetidos anualmente para apreciação da agência.

Para a SBPC, o controle de gastos é importante e necessário, mas não pode afetar as agências de fomento em suas atividades-fim, uma vez que possuem características especiais. Os programas dessas agências serão seriamente prejudicados ou até interrompidos frente à adoção desse decreto. Por isso, a SBPC apela para a sensibilidade do governo Dilma no sentido de reverter essa decisão.

Helena B. Nader
Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

Cada brasileiro irá pagar R$ 572,88 em tributos até esta segunda-feira


O Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) registrará a marca de R$ 300 bilhões de tributos pagos nesta segunda-feira (21). Isso significa, segundo o presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), João Eloi Olenike, que cada brasileiro irá pagar R$ 572,88 em tributos. 

"Infelizmente, a carga tributária continua num crescimento anual significativo e tende a aumentar ainda mais neste ano. Prevemos que até 31 de dezembro os brasileiros pagarão R$ 1,45 trilhão em impostos, 11% a mais do que em 2010, quando atingiu R$ 1,27 trilhão", afirmou Olenike.

Tributos

Em 2010, a marca de R$ 300 bilhões de tributos foi atingida oito dias depois, em 29 de março. Em 2009, o montante foi alcançado no dia 13 de abril e, em 2008, dia 14 de abril.

Com esse valor, é possível construir mais de 13,9 milhões de casas populares de 40 metros quadrados, pagar mais de 550,4 milhões de salários mínimos ou comprar mais de 1,3 bilhões de cestas básicas.

Impostômetro

O impostômetro foi inaugurado em 20 de abril de 2005 e está instalado no prédio da sede da ACSP. Além disso, pela internet (www.impostometro.com.br), qualquer cidadão pode acompanhar o total de impostos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estadual e municipal, de acordo com os estados e municípios.

O sistema informa ainda o total de impostos pagos desde janeiro do ano 2000 e faz estimativas de quanto será pago até dezembro deste ano.

Fonte: InfoMoney