quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ministro defende mobilização da ciência e tecnologia para a construção de sociedade igualitária

O ministro considera, no entanto, que investimentos na educação básica constituem “o primeiro andar do edifício”
Ciência e tecnologia devem ser mobilizadas na busca permanente pela construção de um organismo social mais justo e igualitário, defendeu nesta quarta-feira (17), em Diamantina (MG), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, em conferência após a cerimônia de abertura do 16º Seminário sobre Economia Mineira. “A correção da desigualdade histórica na propriedade da riqueza nacional e no acesso à educação são elementares para se pensar o desenvolvimento do Brasil”, disse.
Para o ministro, o processo de concentração de riqueza e marginalização social de alguns segmentos, que se consolidou a partir do período do pós-guerra, vem sendo desmontado por “sopros de avanço” que repercutem atualmente no país.
Ele citou como exemplo ações de mensuração da qualidade do ensino e de democratização do acesso à educação, em especial, às universidades, e discorreu sobre o crescimento brasileiro em relação ao ensino superior.
O ministro considera, no entanto, que investimentos na educação básica constituem “o primeiro andar do edifício”. “Não podemos falar de C&T [ciência e tecnologia] sem garantir a educação dos nossos cidadãos desde os primeiros anos de suas vidas”.

Paradigmas internacionais
Campolina chamou a atenção para a necessidade de se revisar a literatura internacional e dela extrair concepções que se alinhem com as aspirações de uma sociedade ideal.
“Os Estados Unidos se tornaram a principal potência mundial quando estabeleceram a ciência e a tecnologia como paradigma de seu desenvolvimento”, afirmou, ao acrescentar que, cada vez mais, as tecnologias estão sendo enraizadas em conhecimento científico, em desfavor do empírico.
O ministro abordou ainda a crise recente do padrão capitalista, as mudanças na ordem global e a importância do uso social da corrida científica e tecnológica. Segundo ele, o seminário é oportunidade para “alimentar nossas utopias, fantasias e desejos”, isso porque o Brasil, como instância periférica no contexto da C&T, precisa “saber articular essas dimensões em um projeto que caminhe para a emancipação, e não para a competição com outras potências”.

(MCTI, via portal da UFMG)

Analfabetismo cai no país, mas ainda atinge 13 milhões

Em números absolutos, de 2012 para 2013 houve redução de 297,7 mil analfabetos acima de 15 anos no país
A taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos no Brasil voltou a cair em 2013. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o país tinha cerca de 13 milhões de analfabetos nesta faixa etária no ano passado, o que corresponde a 8,3% da população. O resultado é 0,4 ponto percentual abaixo do regsitrado em 2012 (8,7%). A taxa de analfabetismo funcional também caiu, de 18,3% para 17,8%. A Pnad foi divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O resultado de 2012 manteve-se praticamente estável, com alta de 0,1 ponto percentual em relação a 2011, quando foi registrado 8,6% de analfabetos. Desde 2004, ano em que a abrangência da Pnad incluiu pela primeira vez as populações rurais de toda a Região Norte, houve queda de 3,2 pontos percentuais, de 11,5% para 8,3%. Em números absolutos, de 2012 para 2013 houve redução de 297,7 mil analfabetos no país.
De acordo com o IBGE, a maioria de analfabetos eram mulheres, com 50,6%, realidade que se repete nas regiões Sudeste (56,2%), Sul (55,6%) e Centro-Oeste (50,5%). No Norte e no Nordeste, os homens representam a maioria dos analfabetos, com 53,2% e 52,1%. Apesar disso, a taxa de analfabetismo é superior entre os homens, com 8,6% contra 8,1% da mulheres. Na divisão por região e sexo, os homens nordestinos têm a taxa mais alta, de 18,2%, enquanto as mulheres da Região Sul têm a menor, de 3,9%.
Ao considerar a idade, a pesquisa mostra que pessoas com mais de 60 anos são mais frequentemente analfabetas que as mais jovens. Entre quem possui menos de 30 anos, a taxa de analfabetismo em 2013 chegou a 3%, enquanto na população com mais de 60, ela foi de 23,9% da população. Entre quem tinha de 40 a 59 anos, o analfabetismo atingia 9,2%.
Todos os grupos etários tiveram redução da taxa entre 2012 e 2013, e, com uma queda de 0,2 ponto percentual, a menor porcentagem registrada foi a dos jovens entre 15 e 19 anos, com 1%. Para Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, a diferença na taxa de analfabetismo entre as idades se deve a uma dificuldade maior de atingir pessoas mais velhas com programas de alfabetização.
Regionalmente, o Nordeste continua a ser a região com a maior taxa de analfabetismo entre os maiores de 15 anos, mas foi também o local onde ela mais caiu, de 17,4% em 2012 para 16,6% em 2013. De acordo com a Pnad, mais da metade (53,6%) dos analfabetos do Brasil estão nos estados nordestinos.
Todas as regiões tiveram queda, e a segunda maior foi registrada na região Norte, de 10% para 9,5%, seguida pelo Centro-Oeste, de 6,7% para 6,5% e pelo Sul, de 4,4% para 4,2%. O Sudeste teve a menor redução da taxa, de 4,8% para 4,7% da população. Como é a mais populosa, a Região Sudeste concentra 24,2% dos analfabetos, apesar de ter a segunda menor taxa.
O analfabetismo funcional também caiu em todas as regiões brasileiras, e acompanha o analfabetismo quando enumeradas as regiões em que ele é mais incidente. No Nordeste, a taxa caiu de 28,4% para 27,2% e ainda é a maior do país. O Norte vem em seguida, com 21,6%, 0,3 ponto percentual a menos que no ano passado. No Centro-Oeste, a situação ficou praticamente estável, com queda de 0,1%, de 16,5% para 16,4%.
Na região Sul, o analfabetismo funcional foi maior do que no Sudeste em 2013, com uma diferença de 13,6% para 12,9%. As duas regiões tiveram queda na taxa, já que, em 2012, apresentavam percentuais de 13,7% e 13,2% respectivamente.

(Vinícius Lisboa / Agência Brasil)

Para secretário do MCTI, centros globais ampliam competitividade do Brasil em TICs

Para Virgílio Almeida, centros de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias da informação e comunicação contribuem para geração de produtos competitivos
O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgílio Almeida, destacou, nesta quarta-feira (17), a importância dos centros globais de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a inclusão do Brasil nas cadeias globais.
Segundo ele, esses centros fazem a ligação da pesquisa avançada para a geração de produtos que podem competir não apenas no Brasil, mas também no mercado internacional.
O tema está sendo debatido ao longo do dia no seminário Centros Globais de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação e Comunicação, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O evento busca promover um ambiente de encontro para as empresas apresentarem e discutirem os projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em curso no Brasil.
Virgilio Almeida comentou que os centros globais também mostram a vitalidade do setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs) no país, que, de acordo com o representante do MCTI, cresceu 10,8% em 2013, enquanto a média global foi de 5,9%.
Ele acrescentou que, há dez anos, as pesquisas eram realizadas só nas universidades e hoje ocorrem também nas empresas. “Os alunos de pós-graduação não precisam ir só para as universidades”, analisou. Para o secretário, é preciso estreitar os laços entre os setores acadêmico e industrial, para transformar a pesquisa avançada em produtos e serviços.

Memorandos
O Brasil assinou memorandos de entendimentos com a Microsoft, a EMC², a Intel e a SAP para a instalação, no país, de quatro centros globais de pesquisa e desenvolvimento. Participam do encontro no Rio de Janeiro, além de representantes do governo federal e dessas empresas, executivos da Huawei, GE, Baidu, IBM Intel, ITV e Frescal e do centro de pesquisa em tecnologias da informação e comunicação CPqD.
Na abertura estiveram presentes o representante da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Renato Machado Cotta, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Lisandro Granville, e a coordenadora do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE) da UFRJ, Cláudia Lage da Motta.

(MCTI)

Cresce número de crianças com mais de 4 anos na escola

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2013
O número de crianças entre 4 anos e 5 anos na escola chegou a 81,2%, o que significa crescimento de 3,1 pontos percentuais a de 2012 (78,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2013, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a taxa na faixa etária de 6 a 14 anos na escola, que corresponde ao ensino fundamental, chegou a 98,4%.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, o aumento no número de crianças na escola pode estar relacionado ao fato de que mais mulheres estão entrando para o mercado de trabalho. “As crianças precisam ir mais cedo para as escolas e creches, e esse percentual cresce especialmente na Região Nordeste”, explicou. No Nordeste, a taxa nos primeiros anos escolares alcançou 86,9%, e junto com os 84,9% na Região Sudeste influenciaram a alta da média nacional. No Norte, o percentual era 67,9%; no Sul, 72,9%; e no Centro-Oeste, 72,1%,
A taxa de escolarização de adolescentes, entre 15 e 17 anos, alcançou 84,3% no ano passado, ante 84,2% no ano anterior. Entre os jovens de 18 e 24 anos, a taxa cresceu 29,3%, em 2012, para 30,1% no ano passado. Para pessoas com 25 anos ou mais, a taxa de escolarização manteve-se em 4,1%.
A proporção de estudantes com 4 anos ou mais de idade na rede pública de ensino era 72,9%. No ensino fundamental, 85,7% dos alunos estavam em escolas públicas, e no ensino médio, a proporção chegou a 86,8%. Somente 25,2% dos estudantes de nível superior, incluindo mestrado e doutorado, frequentavam instituições públicas.
Ao todo, 76,5% dos estudantes estavam na rede pública, no ano passado, equivalentes a 41,1 milhões de pessoas. O número médio de anos de estudo no Brasil era 7,7 anos em 2013, um pouco acima dos 7,5 anos registrados em 2012.
Houve aumento do número médio de anos de estudo em todas as regiões. A média mais alta é no Sudeste, com 8,3 anos, e a mais baixa no Nordeste, com 6,6 anos. A análise por sexo mostrou que as mulheres têm mais anos de estudo, em todas as regiões. Elas ficam, em média, 0,5 ano a mais na escola. Diferença que aumenta para 0,8 ano no Nordeste.
A Pnad é feita anualmente e revela dados sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios. Os resultados de 2001 a 2012 foram ponderados com base na última projeção da população.

(Flavia Villela / Repórter da Agência Brasil)

Revista Debates recebe submissões de artigos até 14 de dezembro para seu próximo número

A publicação da ABCP terá a próxima edição publicada em abril de 2015
A Revista Debates, v. 9 n. 1, que será publicada em abril de 2015 da Associação Brasileira de Ciências Políticas (ABCP) está aceitando trabalhos para o Dossiê “Metodologia(s) nas Ciências Sociais: Um balanço necessário”. Confira o texto da chamada abaixo:
Apesar de existir um conjunto significativo de publicações sobre metodologia de pesquisa, o uso de diferentes métodos para analisar informações e dados coletados seja numa dimensão qualitativa ou quantitativa parece estar aquém do necessário para formar recursos humanos com treinamento rigoroso no uso dessas técnicas. Nesse cenário, acreditamos que realizar um balanço do que tem sido alcançado em termos deavanços metodológicos é oportuno nas ciências sociais. Nos últimos anos tem se observado a proliferação de utilização das mais variadas e diferentes técnicas de análise de dados. No entanto, raramente encontramos discussões sobre as implicações do uso de metodologia X em relação à metodologia Y. Acreditamos ser oportuno (re) tomar esse debate no momento em que acontecimentos no mundo exigem um treinamento e conhecimento das diferentes técnicas de análise de fenômenos sociais, econômicos e políticos.
Nessa perspectiva, convocamos pesquisadores a submeter todo tipo de estudo relevante para uma melhor compreensão da teoria probabilística nas ciências sociais, bem como a lógica subjacente ao uso da metodologia qualitativa, as implicações do uso dessas técnicas, estudos de caso, o uso de técnicas específicas e implicações e obstáculos do uso de métodos nas ciências sociais. Trata-se, portanto, de refletir numa dimensão abrangente, o impacto do uso de diferentes métodos de análise no avanço das ciências sociais.
Outras informações podem ser encontrada na seção de submissão da revista: http://seer.ufrgs.br/debates/about/submissions#onlineSubmissions

(ABCP)

Pesquisas alertam para presença de agrotóxicos em alimentos

O estudo da UFMT, em parceria com a Fiocruz, mostrou que o número de trabalhadores com intoxicações por agrotóxico no Brasil dobrou em cinco anos
O uso de agrotóxicos na produção de alimentos, tema de debates e projetos de lei na Câmara dos Deputados, é também foco de pesquisas com resultados alarmantes. Estudo realizado pela Universidade Federal do Mato Grosso, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, constatou a presença de 223 princípios ativos de agrotóxicos nos alimentos, dentre os 500 existentes.
Segundo a pesquisa, de 2012, 29% das amostras analisadas eram insatisfatórias; 36%, satisfatórias, mas com resíduo; e apenas 35% não apresentavam resíduo.
O estudo também concluiu que o número de trabalhadores com intoxicações agudas por agrotóxico no Brasil dobrou num período de cinco anos: passou de 5 mil em 2007 para 10 mil em 2012. No mesmo período, o número de mortes passou de 200 para 313. O custo do tratamento desse tipo de intoxicação varia de R$ 650 a R$ 26 mil.
Outra pesquisa, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mostra que o alimento campeão de irregularidades é o pimentão: 89% das amostras analisadas em 2011 tinham problemas, a maioria por uso de agrotóxicos não autorizados. Depois do pimentão, aparecem a cenoura, o morango, o pepino, a alface e o abacaxi, dentre os alimentos com maiores índices de violações.
Estudos recentes comprovam que a exposição prolongada aos agrotóxicos causam ataques ao sistema nervoso, ao sistema imunológico, câncer, má formações, além de infertilidade. A ingestão de alimentos com restos de produtos químicos também pode provocar alergias e sobrecarga do fígado, entre outros problemas.
O Brasil é o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo: em 2012, o País consumiu 1 bilhão de toneladas de agrotóxicos e 6,9 milhões de toneladas de fertilizantes químicos.

Brasil Agronegócio
A Câmara já debateu em audiência pública o Plano Brasil Agronegócio, criado pelo governo federal no fim do ano passado com o objetivo de promover a transição da agricultura brasileira para um modelo mais sustentável, com menos uso de agrotóxicos.
O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldir Stumpf Junior, que participou do debate na Câmara, em julho, lembrou que a empresa já oferece alternativas ao uso massivo de agrotóxicos. “Nós trabalhamos desde a recuperação de plantas, o fortalecimento de sistemas produtivos, a diversificação da matriz produtiva, até o manejo integrado de pragas e a busca de biofortificantes”, apontou.
A deputada Luci Choinacki (PT-SC) diz que a utilização de agrotóxicos em excesso já foi maior do que hoje. “Não se preparava ninguém para produzir alimento sem veneno. A pessoa saía da universidade preparada para colocar veneno.”
Água e alimentos
Professor do Departamento de Genética e Morfologia da Universidade de Brasília (UnB), o biólogo César Koppe Grisólia sugere ao consumidor que opte por alimentos orgânicos, quando houver opção de oferta e condição financeira, ou lave bem as verduras, frutas e legumes, com água e pequenas quantidades de hipoclorito de sódio (água sanitária). “Pesquisas da Unicamp mostram que, se houver uma boa higienização, os níveis de resíduos podem diminuir”.
O professor ressalta que não é só a qualidade de alimentos que preocupa. “Além de contaminar o solo, o agrotóxico contamina as águas dos rios e das represas que abastecem as cidades. O grande risco, hoje, não é só do alimento, é da água que a população está tomando. A questão fica mais séria.” Ele cita ainda pesquisas que já comprovam a maior incidência de Alzheimer e Mal de Parkinson entre pessoas que foram expostas a agrotóxicos em algum momento da vida.
Novos agrotóxicos
A Câmara analisa projetos de lei que limitam o uso de agrotóxicos no País. Por outro lado, a presidente da Comissão Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), afirma que os agricultores não podem mais suportar a demora na regulamentação de novos defensivos agrícolas.
Durante o seminário Brasil Novo, realizado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, Katia Abreu disse que, em razão do alto custo para registrar um agrotóxico no País, 99% das verduras e frutas consumidas por brasileiros possuem defensivos irregulares.

(Agência Câmara)

Confira as propostas dos candidatos à Presidência para ciência e tecnologia

As promessas priorizam a revitalização do sistema existente em órgãos como o MCTI e a revisão de regulamentações sobre o setor
Apenas quatro dos 11 candidatos à Presidência da República apresentaram propostas de estímulo à área de pesquisa e inovação nos programas de governo entregues à Justiça Eleitoral. Eles reconhecem a importância do setor para a competitividade produtiva do país, e as promessas priorizam a revitalização do sistema existente em órgãos como o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e a revisão de regulamentações sobre o setor.

Confira as propostas dos candidatos à Presidência para ciência e tecnologia:
Aécio Neves (PSDB) promete apoio para que universidades públicas e instituições de pesquisa invistam mais na infraestrutura de pesquisa e defende o ensino da tecnologia associado à resolução de problemas sociais e a uma atitude empreendedora. O tucano quer estruturar um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação e revitalizar o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, como órgão colegiado, com representação nacional. Segundo ele, é preciso articular políticas de educação e ciência, tecnologia e inovação e criar um programa nacional para formação de pesquisadores. Para Aécio, a pesquisa brasileira precisa alcançar padrões internacionais para impulsionar a economia, diversificando as atividades e agregando valor. Ele garante que vai estabelecer um programa para internacionalização da ciência brasileira, envolvendo intercâmbio de pesquisadores e atração de cientistas internacionais, e criar uma estratégia para incentivar a pesquisa e a inovação nas empresas públicas e privadas. Outras promessas do candidato são apoiar incubadoras de empresas em articulação com as universidades, estimular a pesquisas de extensão voltadas para a agricultura familiar e apoiar a Embrapa na pesquisa em agroecologia.
Dilma Rousseff (PT) defende a inovação como uma das ferramentas para aumentar a competitividade produtiva do país. A candidata à reeleição promete implantar plataformas do conhecimento como uma das estratégias para acelerar a geração de inovação a partir da interação entre cientistas, instituições de pesquisa e empresas. Segundo ela, isso permitirá acelerar a produção de conhecimento e sua transformação em produtos e processos inovadores “fundamental para o crescimento de competitividade de nossa economia”. Dilma também se compromete a adotar políticas industrial, científica, tecnológica e agrícola para reduzir os custos de investimento e produção, a partir dos estímulos a inovação que reduzam custos logísticos e melhorem o ambiente de negócios do país.
Eduardo Jorge (PV) não tem propostas específicas sobre o tema.
Eymael (PSDC) defende um plano nacional de apoio à pesquisa “tanto em seu aspecto de investigação pura, como no campo da pesquisa aplicada.”
Levy Fidelix (PRTB) não apresenta propostas.
Luciana Genro (PSOL) não apresenta propostas sobre o tema.
Marina Silva (PSB) garante que vai ampliar os investimentos públicos e estimular os investimentos de empresas em pesquisa e desenvolvimento. Segundo ela, o investimento total deve representar cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), se aproximando do padrão dos países líderes mundiais. A ex-senadora também afirma que vai aumentar o orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fazer com que o Fundo Setorial do Petróleo volte a ser alocado no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e não seja contingenciado. Marina quer recuperar programas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e de agências de apoio à pesquisa básica, aperfeiçoar o Programa Ciência sem Fronteiras e criar um programa de atração de talentos com foco nos pesquisadores mais jovens. O rol de promessas da candidata também inclui o estímulo para que estados e municípios invistam em inovaçao e para a criação de parques científicos e tecnológicos que atraiam investimentos privados nacionais e internacionais. Outra medida apresentada é a revisão da Lei de Inovação para dar segurança jurídica e solucionar contradições legais existentes no texto.
Mauro Iasi (PCB), Pastor Everaldo (PSC), Rui Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) não apresentaram propostas.

(Carolina Gonçalves / Agência Brasil)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Tempestade solar atinge a Terra na próxima semana

Especialistas temem que sinais GPS, comunicações por rádio e transmissões de energia possam ser interrompidos
Uma rara explosão dupla de tempestades solares magneticamente carregadas atingirá a Terra na noite de quinta (18) e sexta-feira (19). Segundo especialistas da área de monitoramento do clima espacial, existe a preocupação de que sinais GPS, comunicações por rádio e transmissões de energia possam ser interrompidos.
Individualmente, as tempestades, conhecidas como ejeções de massa coronal, ou CMEs, não justificariam advertências especiais, mas o curto intervalo atípico e sua rota direta para a Terra levou o Centro de Previsão Climática, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa) a emitir o alerta.
O primeiro CME, que explodiu a partir de uma região magneticamente conturbada do Sol na segunda-feira (8) à noite, deve chegar a Terra na noite de quinta, informou o diretor do centro Thomas Berger. As partículas de plasma magnetizado e energizado viajam em direção a Terra a uma velocidade média de 4 milhões de quilômetros por hora.
A mesma região da superfície solar produziu uma segunda tempestade mais poderosa na quarta-feira (10). “Não esperamos quaisquer impactos incontroláveis em função dos eventos solares, neste momento, mas estamos acompanhando de perto esses eventos”, diz Berger.

Periodicidade – Atualmente o Sol está no pico de seu ciclo de onze anos, embora o nível global de atividade esteja muito menor do que o típico para um pico solar. Tempestades tão poderosas como as de agora, que estão fazendo o seu caminho para a Terra, normalmente ocorrem entre 100 e 200 vezes durante um ciclo solar, conta Berger.
“O fato único sobre este evento é que tivemos dois em rápida sucessão e as CMEs poderiam estar interagindo em seu caminho para a Terra, na órbita da Terra ou além. Simplesmente não sabemos ainda”, diz o especialista.
As partículas solares altamente energéticas e magneticamente carregadas podem atingir o campo magnético da Terra e interromper algumas comunicações de rádio e degradar os sinais de GPS. O fenômeno também tem o potencial de afetar as redes de energia do campo elétrico nas latitudes norte, que são mais suscetíveis a perturbações geomagnéticas.
No lado positivo, as tempestades devem provocar belas auroras, sempre visíveis quando o céu estiver limpo. As auroras são causadas por partículas solares eletricamente carregadas que atingem o oxigênio, nitrogênio e outros gases na alta atmosfera, criando cortinas de luz acima dos polos magnéticos norte e sul do planeta.
(AEB, via  Nasa/Noaa)

Começa o cadastro de ações individuais para a SNCT 2014

O procedimento é uma das novidades da 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Os organizadores das ações para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2014 já podem registrar as atividades previstas para a edição deste ano, por meio da segunda etapa do processo de cadastramento. A primeira fase terminou em 10 de setembro, com o envio das informações dos grandes eventos e eventos programados.
Agora os registros são direcionados às iniciativas individualizadas e serão feitos no próprio site da semana. Com isso, as pessoas poderão conferir a programação no portal, onde também é possível ler notícias e outras curiosidades sobre o mundo da ciência, além de obter informações sobre a SNCT e o contato das coordenações estaduais.
Segundo o coordenador nacional da SNCT, Douglas Falcão, o cadastramento em duas etapas trará uma dimensão mais exata da abrangência da semana em todo o país, a partir da constatação, em edições anteriores, de que grandes eventos vinham sendo contabilizados como uma única atividade.
“As pessoas e que cadastraram essas ações e as instituições que irão participar dessas inciativas poderão registrar suas atividades, mas ainda vamos receber o cadastramento dos grandes eventos e eventos”, esclarece Falcão.
Assim, os organizadores que não fizeram o registro na primeira etapa podem obter a ficha no próprio portal, que deve ser preenchida e enviada para o endereço: semanact@mcti.gov.br.
Na primeira etapa, foram registrados 180 grandes eventos e 500 eventos, entre eles, semanas municipais e estaduais de Ciência e Tecnologia, semanas universitárias, feiras, seminários, ciclo de palestras e mesas redondas.
Embora algumas atividades ocorram em datas diferentes, o período oficial da 11ª SNCT será de 13 a 19 de outubro e terá como temática “Ciência e tecnologia para o desenvolvimento social”.
A proposta é estimular as instituições a abordarem a ciência e a tecnologia na dimensão social, como instrumento de inclusão, transformação social e desenvolvimento humano. A coordenação nacional é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis).
(MCTI)

Seis décadas dedicadas ao estudo de doenças nos trópicos

SBMT entrevista um dos principais contribuintes nos estudos de patologias como esquistossomose, Chagas e calazar
O principal homenageado na abertura do 50º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP 2014), que ocorreu no final de agosto em Rio Branco (AC), foi um dos maiores contribuintes na área de patologia no Brasil, doutor Zilton de Araújo Andrade, que estudou doenças como esquistossomose, Chagas e calazar (leishmaniose visceral). Ele foi o vencedor do Prêmio Pesquisador Sênior da SBMT – uma honraria, aliás, que ele faz questão de dividir com outra grande cientista brasileira, a sua esposa doutora Sônia Gomes Andrade, com quem trabalha em pesquisas há seis décadas. Aliás, esta entrevista conta com a participação de ambos, devidamente creditados nas respostas. Ainda hoje, aos 90 anos, o Dr. Zilton contribui na formação de alunos e professores.
Ao longo de sua carreira, foi ainda autor de 34 capítulos de livros, 14 dos quais publicados no exterior e editor de quatro livros publicados no Brasil. Seus numerosos trabalhos científicos resultaram em conceitos que norteiam o conhecimento de moléstias tropicais de grande relevância para o País. Destacam-se as questões referentes à progressão e regressão da fibrose hepática e da angiogênese, inicialmente estudadas na esquistossomose mansônica e atualmente aplicadas a outras entidades nosológicas.

SBMT: Nesses 64 anos de trabalho acadêmico, quais foram as principais contribuições dadas à ciência?
Dr. Zilton: Sempre foi na área de doenças tropicais. No Hospital Edgar Santos, em que trabalhei, via casos de indivíduos com mielorradiculopatia esquistossomótica, que é uma forma grave da esquistossomose (infecção causada pelo S. mansoni e que afeta muitos indivíduos no Nordeste brasileiro. Isso me chamava a atenção porque era uma doença muito disseminada no estado da Bahia. As formas graves, felizmente eram relativamente raras. O meu interesse pela doença me fez ganhar uma bolsa de estudos para passar um ano, em 1961, no Mount Sinai Hospital (New York City, USA), onde trabalhei durante um ano sob a orientação do famoso hepatologista Dr. Hans Popper. Aí pude fazer uma investigação quanto à patologia do fígado, principal órgão afetado pela esquistossomose  de Manson, o que me possibilitou os estudos, sobretudo das alterações vasculares que a enfermidade causa no órgão. Outra enfermidade parasitária que me chamou muito a atenção foi a doença de Chagas, devido à sua alta frequência entre os casos de autópsias no Hospital Universitário. Estes casos foram minuciosamente estudados na sua patologia trazendo importantes informações sobre esta doença. Este trabalho foi feito em colaboração com a minha esposa Sonia G. Andrade em um dos primeiros números no boletim da Fundação Gonçalo Moniz – instituição que hoje faz parte da Fundação Oswaldo Cruz.

SBMT: Quais foram as linhas de pesquisa quanto à doença de Chagas?
Dr. Zilton: A sistematização das lesões que ocorriam nos indivíduos infectados, o que já havia sido estudado por Carlos Chagas. Mas houve a possibilidade de esclarecer e acrescentar novos dados a antigos problemas. Esses trabalhos foram em auxílio ao grande conhecimento que já vinha se formando sobre a patologia da doença de Chagas.
Drª. Sônia: Acrescentaria ao que você disse o fato de que esses casos humanos foram estudados em pacientes internados em um Hospital Universitário com todas as manifestações clínicas bem estudadas e registradas, com informações sobre se os pacientes tinham sido tratados ou não. Ou seja, uma grande contribuição no sentido de interpretar a doença e de sua evolução, até o óbito. Ou nos casos cirúrgicos, se poderia também interpretar lesões que não levavam à morte, mas a cirurgia mostrava a patologia que estava ali envolvida, o porquê da pessoa estar doente. Muita gente pensa que essa é só doença do coração, mas na realidade ela afeta outros importantes setores do organismo, como o tubo digestivo (megas) e o tecido nervoso central e periférico.

SBMT: Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Dr. Zilton: Foi quando trabalhávamos no Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia e estudávamos esses casos em mesas de autópsia. Fazíamos sessões anátomo-clínicas com os estudantes, discutíamos muitos aspectos e tivemos a oportunidade de contribuir para esclarecer vários assuntos, acentuar os conhecimentos de outros temas relativos à patogenia e às lesões causadas nos órgãos por doenças, como calazar, doença de Chagas e esquistossomose.

SBMT: Qual foi a sua linha de trabalho em relação ao calazar?
Dr. Zilton: Foi um período onde ocorreram descobertas de muitos casos clínicos de uma hora para a outra. Era uma doença a qual, na época, ninguém se referia – era coisa do passado. Sabia-se que existia, mas em locais como a Grécia, a Itália e a Síria. Mas os registros apareceram e foi identificada uma patologia importante para os brasileiros. Então várias pessoas começaram a se dedicar ao problema. Gostaria de acrescentar que o pioneiro destes estudos na época foi o doutor Aluizio Prata, que começou a estudar essa doença na Bahia com a colaboração de outros cientistas. Ele me dizia: “Tem que estudar o calazar, é importante também”. E foi aí que comecei a me interessar pelo tema. O Dr. Prata me estimulou para que eu fizesse uma Tese de Livre Docência diretamente sobre os estudos que fizemos relacionados com o calazar. A contribuição brasileira foi muito grande, pois ocorreu em uma época em que muitos estudos sobre essa enfermidade foram publicados por diferentes pesquisadores brasileiros.

SBMT: Atualmente, o que o senhor acha que precisa melhorar nos estudos das doenças tropicais?
Dr. Zilton: Os brasileiros têm produzido pesquisas muito interessantes sobre essas enfermidades. Há um estímulo geral e acho que os avanços agora dependem das ações de governo, para tomar medidas preventivas a partir da base científica produzida pelos pioneiros. Base essa que hoje permite aos patologistas e parasitologistas fazerem estudos para ter excelente material de discussão com os seus alunos.

SBMT: Mesmo aposentado, o senhor continua atuante no meio científico?
Dr. Zilton: O meu papel principal hoje está na formação de professores e de pesquisadores por meio de cursos de pós-graduação. Hoje em dia, essas atividades são desenvolvidas em um ritmo muito menor, mas ainda são bem estimulantes para mim.
(Ascom SBMT)

Uso de energia solar na irrigação pode ter prioridade em lei

Projeto de lei é apresentado no Senado e propõe alteração em duas outras leis
O incentivo à sustentabilidade nas atividades de irrigação é o principal objetivo de projeto de lei apresentado pelo senador Fleury (DEM-GO). O PLS 268/2014 altera duas leis para tratar do uso sustentável de equipamentos de irrigação e para incentivar a pesquisa sobre o uso de fontes de energia alternativas nessa atividade.
Uma das alterações propostas pelo senador é na Lei 8.171/1991, que trata da política agrícola, para determinar que, na política de irrigação e drenagem, seja priorizado o uso sustentável dos equipamentos de irrigação. O objetivo é compatibilizar a atividade agrícola com a preservação do meio ambiente.
As outras alterações são na Lei 12.787/2013, que trata da Política Nacional de Irrigação. O projeto estabelece que será priorizado o desenvolvimento de pesquisas para incentivar fontes alternativas de energia na irrigação, como a energia solar fotovoltaica.
Para o senador, o desenvolvimento das pesquisas e de sistemas alimentados com esse tipo de energia pode trazer benefícios para a agricultura, dado o grande potencial e o baixo impacto ao meio ambiente.
“A matriz fotovoltaica apresenta vantagens comparativas que devem ser consideradas pelo poder público ”, afirma o senador.
O texto deve ser analisado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
(Agência Senado)

Senadores querem aprimorar o Programa Mais Médicos

Objetivo é melhorar o desempenho e tornar mais transparentes os gastos e a execução das ações do programa
Os senadores querem melhorar o desempenho e tornar mais transparentes os gastos e a execução das ações do Programa Mais Médicos. Para isso, estão analisando propostas que alteram a Lei nº 12.871/2013.
O Mais Médicos é apontado pelo governo federal como parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa prevê mais investimentos em infraestrutura de hospitais e unidades de saúde e busca levar mais médicos para regiões onde há escassez de profissionais. A grande maioria dos profissionais é de estrangeiros, principalmente cubanos. O projeto prevê também a expansão do número de vagas nos cursos de residência médica e graduação em Medicina, além do aprimoramento da formação médica no Brasil.
Transparência
Uma das propostas que tratam do Mais Médicos foi apresentada pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) com o objetivo de dar mais transparência ao programa (PLS 266/2014). O texto estabelece a obrigação de, a cada seis meses, ser enviado um relatório para o Conselho Regional de Medicina (CRM) de cada estado com o número do registro único dos médicos intercambistas participantes e o nome e a inscrição no CRM do supervisor e dos tutores acadêmicos.
Na justificativa do projeto, o autor diz que os médicos estrangeiros estão submetidos a regime diferenciado que os isenta de registro nos CRMs, mas lembra a competência dos conselhos para fiscalizar a atuação dos profissionais do programa. Vital ainda lamenta que o Ministério da Saúde venha se recusando a fornecer informações para os CRMs, o que obriga essas autarquias a entrarem com ação judicial para assegurar a fiscalização.
Para o senador, na queda de braço entre o Ministério da Saúde e a categoria médica só há um perdedor: a população assistida pelo Mais Médicos. Criar obstáculos à atividade fiscalizadora dos CRMs, argumenta Vital, em nada contribui para a melhoria da assistência médica prestada à população carente. A ideia, de acordo com o parlamentar, também é colaborar com a qualidade do serviço prestado à população.
A proposta está em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde aguarda o recebimento de emendas. Se aprovada, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, se não for apresentado recurso para votação em Plenário.
Diagnóstico
Logo após as eleições de outubro, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deve criar um grupo de trabalho para visitar instalações e elaborar um diagnóstico sobre o Programa Mais Médicos.
Um dos objetivos, segundo o autor da iniciativa, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), é “sugerir medidas capazes de solucionar, de uma vez por todas, o problema da falta de médicos no país”, justamente o que motivou o governo a criar o programa.
Em discurso no início de setembro, Mozarildo comentou as críticas publicadas na imprensa ao Mais Médicos e afirmou que o Senado deve investigar a situação e formular suas próprias conclusões. O senador informou que já enviou ofício ao Ministério da Saúde, às secretarias estaduais de saúde e aos conselhos de medicina, pedindo informações sobre o andamento do programa.
Ele quer saber, por exemplo, que tipo de formação tiveram os médicos cubanos que atuam no país. Mozarildo Cavalcanti pondera ainda que não basta criticar o programa, mas que o ideal é apontar possíveis soluções.
(Agência Senado)