Conscientizar e ensinar a população a usar o dinheiro, além de prevenir e combater a falsificação de cédulas, estão no mote da campanha “Nosso Dinheiro”, lançada pelo Banco Central na semana passada. A mobilização também quer estimular o uso de moedas. Com um custo estimado em R$ 12 milhões, a campanha será veiculada na televisão, no rádio, em revistas, folders, cartilhas, além de hotsite na internet. Com abrangência nacional, sua divulgação será até o final de 2009. Veja abaixo alguns dos temas tratados.
Principais áreas de atuação:
Reconhecimento do Real - A maioria das pessoas desconhece os elementos de segurança presentes nas cédulas, conforme demonstrado em pesquisas realizadas pelo BC sobre hábitos de uso do dinheiro. Isso dificulta o combate à circulação de cédulas suspeitas, pois os falsários contam com esse desconhecimento e com a falta de atenção das pessoas. Com a atual campanha, o BC pretende ampliar esse conhecimento para toda a população e simultaneamente incentivar e disseminar o hábito de se verificar as cédulas para checar sua autenticidade.
Circulação de moedas - A resistência por parte da população brasileira em utilizar moedas metálicas no seu dia-a-dia provoca o fenômeno chamado de entesouramento. O hábito de deixar as moedas guardadas leva o BC a encomendar permanentemente mais peças junto à Casa da Moeda, fazendo com que o gasto de recursos públicos seja significativo.
A campanha visa reverter este cenário de baixa circulação de moedas metálicas, estimulando a população a usá-las no seu dia-a-dia e retornar as moedas entesouradas à circulação, o que pode inclusive levar à redução do gasto público com produção de novas moedas.
PESQUISA - O Banco Central encomendou pesquisa, realizada pelo Instituto IPSOS do Brasil, em cinco capitais brasileiras (São Paulo, Recife, Porto Alegre, Goiânia e Manaus) para medir o conhecimento do brasileiro sobre cédulas falsas e constatou que:
- É comum a preocupação com a circulação de cédulas falsas. A maioria dos entrevistados teme recebê-las, mas não sabe identificar uma nota suspeita.
- Os entrevistados não tinham familiaridade com a maior parte dos elementos de segurança.
- As pessoas não sabem como agir em relação às notas suspeitas de falsificação e temem ser tratadas como suspeitos em vez de vítimas.
- Há um desconhecimento geral sobre quais os caminhos a serem adotados no caso de identificar uma cédula suspeita, quais são seus direitos e quem se responsabiliza pelo prejuízo.
A maioria dos pesquisados afirma se sentir constrangido quando um profissional do caixa verifica a autenticidade da cédula. Colocar cédulas contra a luz explicitamente é visto como falta de delicadeza em relação ao cliente, prejudicando a imagem da empresa.
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