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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cientistas da USP produzem biodiesel da borra de café


Cientistas da USP demonstraram que é possível usar a borra de café - o que resta do café em pó depois que ele é coado - para a produção de biodiesel. O processo consiste em extrair um óleo essencial da borra de café. Este óleo mostrou ser uma matéria-prima viável para a produção do biodiesel.

A produção do biocombustível a partir do resíduo foi testada pela química Denise Moreira dos Santos, em escala laboratorial.

O estudo concluiu que a técnica é adequada para a produção do biodiesel em pequenas comunidades, para o abastecimento de tratores e máquinas agrícolas, por exemplo. "No Brasil, há um grande consumo de café, calculado em 2 a 3 xícaras diárias por habitante, por isso a produção de resíduo é intensa em bares, restaurantes, casas comerciais e residências

Óleo essencial - "O óleo essencial, responsável pelo aroma do café, já é utilizado em química fina, mas sua extração diretamente de grãos de alta qualidade é muito cara", conta a professora. A borra do café também contém óleos essenciais, que podem contaminar o solo quando o resíduo é descartado no meio ambiente.

O processo de obtenção do biodiesel é o mesmo adotado com outras matérias-primas.
"O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente," conta Denise. "Após a extração, o óleo é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel."

As características dos ácidos graxos do óleo essencial do café são semelhantes aos da soja, embora estejam presentes em menor quantidade.

A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca de 12 mililitros de biodiesel.

"No Brasil são consumidas aproximadamente 18 milhões de sacas de 60 quilos de café, num total de 1,08 milhões de toneladas, o que irá gerar uma quantidade considerável de resíduos," aponta a professora.

"Todo o experimento para obtenção de biodiesel foi realizado em escala laboratorial", explica Denise, que é professora do curso técnico de Química do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceetps), em São Paulo. "O objetivo da pesquisa é mostrar aos alunos que é possível aproveitar um resíduo que é descartado no ambiente para a produção de energia".

Segundo a professora, a implantação do processo de produção do biocombustível em escala industrial dependeria de um trabalho de conscientização da população para não jogar fora a borra de café, que seria recolhida para extração do óleo. "Sua utilização é indicada para pequenas comunidades agrícolas, que produziriam seu próprio biodiesel para movimentar máquinas", sugere.

Denise lembra que em algumas fazendas de café, a borra é armazenada no refrigerador para ser usada como fertilizante. "Entretanto, seu uso frequente pode fazer com que os óleos essenciais contaminem o solo", alerta. "O aproveitamento desse resíduo para gerar energia pode não ser uma solução mundial, mas está ao alcance de pequenas localidades".(Inovação Tecnológica, com informações da Agência USP)

Fonte: Jornal da Ciência

terça-feira, 2 de março de 2010

Chamada recebe projetos de fomento à Cadeia do Biodiesel



A seleção de projetos para a chamada Fomento à Participação da Agricultura Familiar na Cadeia do Biodiesel foi aberta na sexta-feira (26). O objetivo é selecionar propostas de entidades privadas sem fins lucrativos que promovam o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar na cadeia de produção de oleaginosas e do biodiesel, de forma articulada com instituições que desenvolvam trabalhos e promovam o desenvolvimento de tecnologias para a agricultura familiar. 

Em todo o País, a estimativa é de que mais de 100 mil agricultores familiares sejam beneficiados. Serão aprovados três projetos, um para cada tema: Apoio ao Cooperativismo, Transferência Tecnológica e Organização da Base Produtiva. Os recursos destinados para os dois primeiros projetos são de R 1,2 milhão para cada um. Para o terceiro são de até R 5,5 milhões. O recebimento das propostas vai até 19 de março.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Óleo de fritura vira matéria-prima para biodiesel



Já imaginou transformar sobras de óleo de fritura em biocombustível? O que era um problema, agora pode ser solução para o meio ambiente. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) aprovou financiamento não reembolsável de R$ 2,5 milhões para um projeto de reciclagem capitaneado pela Embrapa Agroenergia. A proposta visa aproveitar de maneira inteligente o descarte dos restaurantes da Capital Federal. A eliminação do volume de óleo derramado ralo abaixo também proporcionará redução de custos com o tratamento de água.

“A idéia desta reciclagem é retirar o produto do esgoto”, explica o pesquisador José Dilcio Rocha, coordenador da proposta. Estima-se que, atualmente, quatro milhões de litros de óleo sejam consumidos por ano e despejados na rede do Distrito Federal, o que provoca entupimento no sistema e gastos com manutenção e produtos químicos de neutralização.

O investimento permitirá a elaboração de um sistema de coleta integrado com bares e restaurantes e viabilizará a construção de uma fábrica-escola de biocombustível que, quando pronta, irá processar até cinco mil litros de óleo por dia. Em média, as famílias brasileiras consomem de um a três litros do produto por mês. Caso fosse reaproveitado, este resíduo poderia gerar até 33 milhões de litros de combustível limpo. Além disso, ao transformar resíduo em um combustível biodegradável e livre de enxofre, o projeto também pode ajudar a reduzir a emissão de poluentes e, consequentemente, o aquecimento global.
 
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília são parceiros do projeto.