sexta-feira, 11 de março de 2011

Caipora é aprimorado em nova versão


Quando foi criado em 2006 pelos tecnologistas Alexandre Benevento, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), e Geraldo Cernicchiaro, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o registrador multipropósito modular para monitoramento remoto - o Caipora - era um protótipo operacional em bancada, um conjunto de placas eletrônicas montadas em uma placa traseira. Depois passou a ser conectado a vários sensores, que podem monitorar parâmetros sobre o ar, a água e o solo. Desde então, o aparelho vem sofrendo mudanças, que o modernizaram.

Segundo Benevento, o uso está mais focado no monitoramento da água. "Hoje o que fazemos melhor é monitorar parâmetros físico-químicos de água. Mas, com os sensores adequados, podemos também monitorar os parâmetros de ar, como os de poluição e gases de efeito estufa", conta o tecnologista.

O caipora trabalha com processamento distribuído. Em vez de se ter, como em um computador, um processador de alta capacidade que gerencie tudo; no registrador multipropósito, cada placa eletrônica tem um processador. De acordo com Benevento, isso leva o caipora a ter versatilidade. Outra vantagem é a drástica redução de custos. "Os microcontroladores são baratos e, como são distribuídos, não precisam ter uma capacidade de processamento muito grande, o que otimiza ainda mais o custo," explica o tecnologista.

Ainda na sua primeira fase, o Caipora passou a ter um modelo com placas condicionadas com baterias, permitindo ir à rua fazer o monitoramento. "Nós queríamos algo que se encaixasse bem no ambiente industrial." - conta o tecnologista. Então, surgiu o formato de uma caixa industrial com o cabo do transdutor na lateral do aparelho.

Atualmente, o caipora está na fase dois. O registrador multipropósito tornou-se uma maleta, ou seja, é portátil. Além disso, o cabo que liga o sensor, o próprio transdutor que monitora os parâmetros da água, as baterias e toda eletrônica ficam dentro da maleta. O aparelho fica ligado a um modem que transmite as leituras, à distância, a outro computador. "O transdutor vai para o caipora, faz as medidas, registra em cartão de memória e, se programado, manda os dados por rede 3G ou internet", explica o tecnologista.

Outra mudança na nova versão do caipora foi a inclusão de um painel solar, que torna o aparelho independente. "Agora poderá fazer o monitoramento em algum lugar que não tem energia elétrica", conclui Benevento.

Fonte: Assessoria de Comunicação do INT

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