segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Setor de energia eólica vai investir R$ 15 bilhões em 2014

Investimentos na matriz eólica contribui para a geração de energia limpa
O setor de energia eólica vai investir neste ano cerca de R$ 15 bilhões e a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos, incluindo a participação nos leilões de energia promovidos pelo governo, de acordo com a presidenta da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Elbia Melo. Em dez anos, a energia eólica deve corresponder a 11% da  matriz energética brasileira, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Para Elbia, um dos maiores desafios do setor no Brasil é o desenvolvimento da cadeia produtiva para garantir o andamento dos projetos e manter o índice de nacionalização, critérios básicos para conseguir financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela concorda com a exigência, mas lembrou que a cadeia produtiva tem que evoluir rapidamente para que os projetos possam entregar a energia contratada nos leilões.
“É um desafio que chamamos de emergencial. Temos que vencer rapidamente. Ano passado nós vendemos 4,7 gigawatts (GW). Isso significa que temos que fabricar equipamentos. O adensamento da cadeia produtiva talvez hoje seja o ponto de maior atenção. Não entendemos como um ponto intransponível, mas como uma questão que temos que vencer, que discutir e trazer soluções de curto prazo para seguir na trajetória de consolidação que a indústria está indo de sustentabilidade de longo prazo  “, disse à Agência Brasil.
O chefe do departamento da área de operações industriais do BNDES, Guilherme Tavares Gandra, explicou que o critério foi adotado em 2012 dentro da modelagem dos financiamentos para incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva nacional. “Desde o início da metodologia temos cerca de 22 novas unidades industriais e 15 expansões. Estamos falando aqui de 37 projetos de investimentos”, disse, destacando que os projetos não se concentram em apenas um tipo de segmento.”Tem investimento em fornecedores de pás, de torres. Houve uma abrangência em grupos de componentes que é muito interessante”.
Na avaliação de Elbia Melo, com a diversificação da matriz energética brasileira que já está acontecendo, no futuro, a tendência é a redução da participação das hidrelétricas e de aumento das fontes renováveis. “Nesse processo a energia eólica é a atriz principal. Ela vai ser rapidamente a segunda fonte a participar da matriz. Do ponto de vista da oferta, nós não temos problema em termos de potencial. É essa a posição que o setor eólico está buscando garantir e nós temos todas as condições de fazer isso. O setor eólico está em um momento virtuoso e vai continuar nesta trajetória tendo em vista a base que a indústria construiu no Brasil”, explicou.
Segundo a presidenta, um fator importante que será trabalhado neste momento é encaminhar ao governo o pedido de escalonar as entregas de energia do que foi vendido nos leilões. “Essa é uma demanda importante que a indústria vai levar para o governo. Não fica em um período único e as fábricas têm tempo de programar a sua produção”, esclareceu.
O escalonamento, de acordo com ela, poderia favorecer também a solução de um outro gargalo do setor, que é a logística do transporte de equipamentos. A característica dos produtos é a grande dimensão e o peso, como as torres das turbinas de geração da energia eólica e rotores, entre outras peças.
(Cristina Indio do Brasil / Agência Brasil)

NOTA DO BLOG
Todos conhecem a Energia Eólica como limpa, mas nem todos procuram tomar conhecimento da situação da áreas onde são instalados os enormes aerogeradores, antes e depois de instalados. Vejam a vegetação da área, os recursos hídricos existentes no raio de um quilometro, veja como é o acesso dos habitantes locais a esta área ou mesmo para outras, mas que tenham que transitar por ali, enfim, faça um relatório do cotidiano dos nativos para ver depois de instalados os enormes monstrengos de energia limpa, como está essa área e como está a realidade desses mesmos nativos. Todos vão se surpreender e chegar a uma única conclusão: Eólica é energia limpa de fundamentos sujos.
O Governo Federal, que financia esses empreendimentos através de recursos do BNDES, considerados de interesse nacional, deveria observar como estão sendo tratados os brasileiros no processo de instalação desses parques, que geralmente concentram centenas de aerogeradores e concentram também muitos problemas de degradação ambiental, como desmatamentos, provocam a secagem de lagoas e lagos de tanto retirarem água para a compactação de solos na construção de estradas, fecham acessos aos moradores nativos e na beira mar desorientam os pescadores que retornam para a terra à noite com seus pequenos barcos e precisam se orientar pelas estrelas. Energia limpa deveria ser, também, qualidade devida para o povo brasileiro.

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