domingo, 29 de maio de 2011

Novo plano safra amplia oferta de alimentos


Culturas voltadas ao mercado interno, como arroz e feijão, 
terão o mesmo apoio já oferecido às commodities 

O novo Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que será lançado em junho, oferecerá às culturas agrícolas voltadas ao mercado interno o mesmo apoio já oferecido para as commodities destinadas à exportação. No PAP anterior, havia uma diferença média de 2 pontos percentuais para mais nos juros dos empréstimos para o plantio de arroz e feijão em relação, por exemplo, ao complexo da soja. 

“Esse aperfeiçoamento foi discutido entre os técnicos dos ministérios da Agricultura e da Fazenda e já tivemos o aval da presidenta Dilma (Rousseff)”, afirma o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. O objetivo da política é equilibrar o preço dos alimentos no mercado interno, além de apoiar produtores. “Poucos países do mundo têm condições de aumentar a produção de alimentos sem comprometer seus recursos naturais. O Brasil está na vanguarda em projetos agropecuários sustentáveis”, diz Rossi.

Os pecuaristas terão uma nova linha de crédito para a recuperação de pastagens degradadas. O objetivo é garantir maior produtividade e, ao mesmo tempo, mitigar a emissão de gases de efeito estufa. O apoio ao produtor de gado incluirá condições especiais de financiamento que permitam a retenção e a compra de matrizes.

A redução da emissão dos gases de efeito estufa é um dos principais objetivos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo em 2010, e que é um dos carros-chefes do novo PAP.

Na próxima safra, o Programa ABC englobará todas as iniciativas do governo para estimular a produção sustentável, como o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora).

O Programa ABC incentiva o uso de práticas no campo que tragam maior eficiência e permitam a redução da emissão dos gases de efeito estufa. O programa previa, na safra passada, R$ 2 bilhões a taxas de juros de 5,5% ao ano para o produtor investir em técnicas como plantio direto na palha, recuperação de áreas degradadas, projetos de integração lavoura-pecuária-floresta e plantio de florestas comerciais.

Agricultores terão crédito de R$ 107 bilhões

O PAP terá R$ 107 bilhões (no ano passado, foram R$ 100 bilhões em crédito). O plano é o principal pacote de medidas do governo federal para incentivar a produção agropecuária. Lançado antes do início de cada safra, o plano inclui crédito para custeio, investimento, comercialização e subvenção ao seguro. 

As linhas de financiamento são elaboradas com condições facilitadas para o produtor, incluindo taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado. O plano também prevê os preços mínimos para mais de 40 produtos agropecuários. Esses valores fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) gerenciada pelo governo federal para dar garantia de renda mínima ao produtor.

Fonte: Secom

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