quarta-feira, 27 de julho de 2011

Reitora minimiza divergência


UFRN divulga nota sobre divergências na gestão do Instituto de Neurociências.

A cisão foi causada por divergências sobre a gestão do instituto controlado por Miguel Nicolelis, que é professor da Universidade Duke (EUA) e preside a Associação Alberto Santos-Dumont (Aasdap), entidade privada que toca a entidade em convênio com a UFRN. Sidarta Ribeiro andava descontente com o Instituto de Neurociências, do qual ele foi diretor em 2005. Em junho desse ano, ele foi convidado a desocupar sua sala e a deixar de usar a garagem do instituto.

O jornal Folha de São Paulo publicou na terça-feira (26), que Ribeiro foi à sede do Instituto, no bairro de Candelária, e saiu de lá com um caminhão carregado de equipamentos científicos. Procurado pela reportagem do Diário de Natal, Sidarta Ribeiro não atendeu aos telefonemas. Nicolelis esteve ontem na capital, onde distribuiu e assinou livros na Escola Alfredo Monteverde, mantida pela Aasdap em Macaíba, mas não conversou com a imprensa.

Através de seu perfil pessoal na internet, Nicolelis desejou sucesso aos cientistas da UFRN que deixaram o Instituto de Neurociências. "Aos amigos do IINN-ELS: não se preocupem, nada mudou e nada vai nos deter. A equipe de cientistas do IINN-ELS continua trabalhando firme", informou, e emendou: "Meus melhores votos aos pesquisadores da UFRN que decidiram criar o seu próprio instituto. Espero que eles prosperem muito".

Nota - Em nota oficial, a UFRN disse que "continua com a interlocução permanente para dar continuidade a essa parceria, com a conclusão do Campus do Cérebro, nesta área estratégica para o desenvolvimento da ciência brasileira". Em coletiva de imprensa, a reitora esclareceu que só foram retirados os equipamentos que estavam sem uso. "Estive com Nicolelis na semana passada e o informei da retirada. Nada foi feito à força, sem autorização, assim como não haverá problemas de uso, caso os interessados em desenvolver suas pesquisas assim o queiram", ressaltou.

Ângela se mostrou confiante na superação de eventuais divergências e na construção do entendimento necessário à consolidação do projeto institucional de fazer pesquisas na área da neurociência, que lida com os sistemas nervosos do ser humano e dos animais. "Não creio que haja briga de egos. Todos querem a mesma coisa, desenvolver projetos numa área estratégica não apenas em nível local, mas de relevância social e científica em todo o Brasil".

Fonte: Diário de Natal

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