quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Programa de plantas medicinais e fitoterápicos ganha comitê de monitoramento

A Espinheira-santa, usada para gastrites e úlceras, e o guaco, indicado em casos de tosse ou gripe, não são apenas velhos conhecidos da sabedoria popular. São também exemplos de fitoterápicos fornecidos à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ampliar a oferta deste tipo de medicamento, o governo criou, em 2008, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, com a participação de dez ministérios, que agora passa a ser monitorado para aprimorar suas ações.

O Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, coordenado pelo Ministério da Saúde e formado por membros do Governo Federal e da sociedade, foi instalado na última terça-feira (29).  O grupo vai monitorar e avaliar as ações do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 

Já na primeira reunião, os participantes concordaram que o programa deve ser visto como uma política de estado. “Esse deve ser um programa fundador, que precisa deixar uma marca a médio e longo prazo, pois já houve outros esforços para oferecer fitoterápicos pelo SUS. O ministério dará todo o apoio ao desenvolvimento do programa”, afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.

Programa - O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos contempla todas as etapas de produção de um fitoterápico. Antes de ser transformada em fitoterápico e vendida pelas farmácias, a planta medicinal passa por pesquisas que demonstram evidências científicas dos benefícios de seu uso.

Por envolver também a sabedoria popular, o programa leva em consideração o conhecimento das comunidades tradicionais. É isso o que vem acontecendo não só no Brasil, como em toda a América Latina.  “Os países latino-americanos como um todo têm uma cultura indígena muito forte. A maioria deles têm enunciado em suas políticas o resgate da cultura local”, afirmou o representante da unidade de medicamentos da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Luiz Henrique Costa. 

Participam do programa a Casa Civil e os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura, Ciência e Tecnologia; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional e Meio Ambiente. 

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