Barrar Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Jornalistas é tentativa de censura, afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), autor da projeto que prevê a necessidade de curso superior em Jornalismo, para o exercício da profissão. O parlamentar fez esta declaração diante a tentativa de barrar, na semana passada, a votação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“É estranho que aqueles que se dizem defensores da liberdade de expressão revelem, na prática, exatamente o inverso, manipulando e restringindo a discussão”, criticou. “Desde que se começou a cogitar a votação da PEC na CCJ – acrescentou o parlamentar gaúcho – iniciaram, estrategicamente, movimentos para impedir a análise da proposta, o que considero uma prática antidemocrática”.
A matéria volta à pauta da CCJ nesta quarta-feira (4). No mesmo dia, os deputados Paulo Pimenta e Maurício Rands (PT-PE), relator da proposta, serão recebidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.
EQUIVOCO - A decisão de tornar desnecessário o curso superior de Jornalismo para o exercício da profissão é um equivoco. Argumentar que países como os Estados Unidos da América (EUA) dispensam o diploma, no meu entendimento, agrega ignorância e eleva este equivoco ao quadrado.
Diria mais: é uma demonstração inequívoca do neocolonialismo incrustado na consciência de muitos brasileiros. Não devemos imitar o que os países ricos têm de atraso cultural.
Nos EUA, por exemplo, a sociedade compra medicamentos em supermercados e na pátria de John Einstebeck, hoje, a obesidade, por exemplo, virou problema de saúde pública. Existe uma espécie de “jurisprudência” na pedagogia: quem conhece faz melhor. Quem passa quatro anos “alisando” os bancos de uma faculdade de jornalismo executa e exerce melhor o ofício de jornalista.
Fonte: União dos Jornalistas Diplomados
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