segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Institutos tecnológicos trocam experiências para a inclusão social

Participaram do 1º Encontro de Inclusão Social representantes do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), de Campina Grande (PB), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), de Manaus (AM), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro, e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Segundo a coordenadora de Articulação e Representação Institucional do INT, Andréa Lessa, essa é um oportunidade rara para discutir experiências. "O INT desenvolve projetos para o desenvolvimento social desde a década de 80. Trocar experiências é excelente até mesmo para quem já aprendeu muito. Sempre temos questões que devemos evoluir", avaliou. Entre as dezenas de projetos, as ações do INT voltadas para deficientes chamaram a atenção dos presentes.

Uma delas chegou a ser utilizada por atletas paraolímpicos nos Jogos Pan-americanos, realizados no Rio de Janeiro em 2007. Pesquisadores do INT aprimoraram o lançador de dardos dos competidores brasileiros. "O que usamos foi o conhecimento tecnológico aliado às necessidades dos atletas. Com isso, conseguimos um modelo mais confortável que ajudou nos treinamentos e, consequentemente, nas competições", contou Adréa.

O Insa também apresentou propostas para a área que é responsável. De acordo com o diretor, Roberto Germano, as próprias condições do semiárido brasileiro podem contribuir para uma mudança na vida de quem mora na região que também é conhecida como sertão.

"O período de longa estiagem deve ser aproveitado para produzir coisas boas. Por exemplo, às margens do São Francisco podemos ter duas colheitas de morango ao invés de uma", disse Germano. "Aos poucos o brasileiro começa a entender que o sertão é uma vantagem e não peso para o país."

A troca de experiências inclusive já proporcionou ideias para serem desenvolvidas pelo Insa que é a mais nova instituição tecnológica do MCT. "O INT tem belas experiências como a de capacitação dos artesãos do Sítio de Muquém e de mulheres vítimas de agressões físicas. Essas ações podem facilmente ser adaptadas para os moradores do semiárido", explicou Germano.

Participaram também do evento o secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social do MCT, Roosevelt Tomé, e a assessora especial da Secretaria Executiva do ministério, Léa Contier de Freitas. Ela mostrou algumas propostas para o Plano de Ações de Ciência, Tecnologia e Inovação 2011-2015. Léa explicou que as sugestões são resultado dos debates da 4º Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, (CNCTI), ocorrida em maio, em Brasília.

Entre os desafios estão a manutenção do investimento liderando a expansão econômica para assegurar a estabilidade e defletir pressões inflacionárias; a ampliação da capacidade de formação de recursos humanos e a infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica; e o fortalecimento da capacidade de inovação das empresas brasileiras.

(Assessoria de Comunicação do MCT)

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