quinta-feira, 14 de abril de 2011

Robôs saem da ficção científica para a realidade


No final da década 70 quando Bill Gates disse "um dia teremos um computador em cada escritório e em cada casa". Muitos não acreditaram nas palavras visionárias daquele adolescente. Mas o futuro chegou cedo, mostrando que não estamos tão longe de concretizar o que o jovem Gates dizia, já que atualmente, o número de computadores no mundo ultrapassa a escala de 1 bilhão de unidades e deve duplicar até 2014.

A produção de novas tecnologias vem se apresentando tão consistente e promissora que o multimilionário dono da Microsoft, após mais de 30 anos participando dos avanços tecno-científicos, hoje faz uma previsão tão desafiante quanto a que deu no passado, a de que num futuro não muito distante, os robôs serão tão comuns nos lares quanto os computadores.

Se esta previsão é factível ou não, só o tempo nos dirá, mas se depender dos inúmeros grupos de pesquisas que trabalham diariamente para o avanço da robótica, esta aspiração em breve deixará de ser mera ficção. Um bom exemplo deste tipo de iniciativa foi a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), que hoje desempenha papel essencial no desenvolvimento de projetos na área da robótica inteligente e recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Situado em São Carlos (SP), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP), o INCT-SEC busca desenvolver tecnologias de ponta para serem adaptadas a fim de criar sistemas robóticos com diversas aplicações. Segundo o coordenador do grupo de trabalho para o desenvolvimento de Robôs Táticos, Fernando Osório, a equipe tem hoje cerca de 100 pesquisadores de diferentes áreas e instituições do País.

"Devido a este perfil interdisciplinar, desenvolvemos pesquisas em robótica nas diferentes frentes como, o uso de robôs para serviços de monitoramento e vigilância, para a exploração de ambientes perigosos, automatização no controle de veículos aéreos e terrestres, entre outras", afirma Osório.

Robótica - O termo robótica foi cunhado pela primeira vez pelo escritor de ficção científica Isaac Asimov, em 1942, em seu livro Eu, robô (I, Robot). Porém, a ideia de um ser artificial, realizando tarefas para o ser humano fascina os pensadores há muito mais tempo. Foi o grande gênio Leonardo da Vinci, o primeiro a projetar um robô humanóide documentado. No projeto vemos um cavaleiro mecânico com corpo de armadura medieval aparentemente capaz de fazer vários movimentos similares aos humanos, como sentar-se, mover os braços, pescoço e maxilar.

Ninguém sabe ao certo se o italiano chegou a construir o robô em sua época, mas como tantos inventos humanos, os robôs hoje começam a sair do reino da ficção para alcançar a realidade. Segundo Osório, nestas últimas décadas a área da robótica avançou muito, principalmente em função dos novos recursos de hardware e software desenvolvidos.

"Em termos de hardware, os computadores e dispositivos embarcados vêm sendo constantemente modernizados, tendo assim maior capacidade de processamento, consumindo menos energia e tendo muito mais autonomia. Além disto, novos dispositivos, mais baratos e poderosos têm surgido no mercado, como por exemplo, sensores infravermelho, laser, bússola eletrônica, GPS, acelerômetros, câmeras de vídeo, e toda uma série de novos dispositivos avançados que vem permitindo a criação de robôs cada vez mais sofisticados", pontua o pesquisador.

Fonte: Ascom do MCT

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