quarta-feira, 10 de junho de 2009

STF adia mais uma vez julgamento do diploma

Mais uma vez a questão do diploma foi retirado de pauta do Supremo Tribunal Federal - STF. O julgamento do caso do menino norte-americano foi longo e não permitiria a discussão da constitucionalidade da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista ainda na pauta deste último dia 10 de junho. O julgamento foi remarcado para o dia 17 de junho (próxima quarta-feira). Detalhe: é a quarta pauta do dia. Os jornalistas presentes gostaram do adiamento, tendo em vista que dará tempo para novas mobilizações a favor da permanência da exigência do diploma.

APOIO - O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conclamou ontem toda a sociedade a se mobilizar em torno do julgamento da obrigatoriedade do diploma de jornalista. A matéria está no Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento de recurso extraordinário questiona a formação superior para exercício da profissão e registro profissional.

Paulo Pimenta, que é jornalista formado, mostrou-se indignado com o julgamento do fim de diploma para profissão. Ele disse que, além da desregulamentação da atividade profissional, o tema interessa somente ao poder econômico. “Significa impor barreiras para a educação e limitar a qualidade do ensino superior”. Para o petista, a não obrigatoriedade do diploma significa o fim das faculdades de jornalismo, da pesquisa e da reflexão acadêmica. “Acontece no momento em que as tecnologias inovam, são complexas, e precisamos ter profissionais qualificados que, do ponto de vista dos aspectos humanos e do direito ao contraditório, tenham em sua formação conhecimentos básicos que permitam o exercício desta profissão a partir de princípios éticos fundamentais”, disse. O deputado citou pesquisas segundo as quais 74,3% da população é a favor do diploma de jornalista.

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também defendeu a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. “Derrubar a exigência de formação superior específica em jornalismo é algo que não interessa à sociedade brasileira. A população tem direito de receber informações apuradas por profissionais com formação apropriada. Dizer que o diploma ameaça a liberdade de expressão é uma falácia”, disse.

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