terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Criação de Laboratório na Plataforma Oceânica é tema de workshop no CNPq


O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participou, ontem (21), na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, da abertura do workshop que discute a viabilização do Laboratório Nacional na Plataforma Oceânica Brasileira.

O encontro reúne, até hoje (22), especialistas da área e representantes de universidades, de instituições de pesquisa e da Marinha. A intenção é discutir sobre as pesquisas oceanográficas que poderiam ser feitas no ambiente de uma plataforma oceânica e que possam subsidiar a elaboração de uma proposta para a criação e a utilização da unidade.

Segundo o ministro, a intenção é, a partir da avaliação dos pesquisadores, elaborar um plano de estudos para os próximos 10 anos, o que se torna estratégico diante das perspectivas em torno da exploração do pré-sal, que vai exigir cada vez mais conhecimento e medidas de segurança.

"Chamar a atenção do mundo para o fato de que o Brasil tem uma atitude diferente em relação ao oceano faz todo sentido. Transformar uma plataforma que só tira petróleo numa plataforma que produz conhecimento, devolve ao mar uma parte daquilo que tirou, faz todo sentido; mas é preciso fazer sentido acadêmico e de pesquisa", ressaltou o ministro.

Estudo

Mercadante apresentou um estudo da Petrobras que aponta para a possibilidade de aproveitamento de plataformas desativadas. O equipamento seria adaptado para atender as necessidades de pesquisa. As alternativas possíveis serão apresentadas aos pesquisadores durante o evento.

O objetivo é que o laboratório funcione de forma integrada e compartilhada. "Essa plataforma oceânica seria um laboratório multiuso. Os alunos poderiam fazer estágio, as equipes de pesquisa poderiam utilizá-lo dentro de um sistema de gestão de rede. Seria uma forma também de aproximar mais as escolas de oceanografia", enfatizou.

De acordo com o ministro, grandes empresas que atuam no setor de petróleo e gás estão dispostas a participar da iniciativa. A partir do resultado do workshop, com a aprovação do grupo, será realizada uma reunião para tratar sobre os detalhes do projeto. Mercadante calcula que seria necessário o prazo de um ano e meio de trabalho para fazer as adaptações. 

Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do MCT, Carlos Nobre, que participou da abertura, é preciso avaliar as possibilidades e as oportunidades com a viabilização da plataforma. "É uma coisa inovadora. Precisamos pensar em coisas que nunca foram pensadas e fazer coisas que nunca foram feitas", destacou.

Já o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, afirmou que a implantação do laboratório trará novas perspectivas para o País. "Há uma grande expectativa de que possamos trilhar uma nova história nessa direção de valorização das ciências do mar, como uma fonte essencial para a nossa economia e para a nossa ciência", disse. 

Fonte: Ascom do MCT

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