segunda-feira, 16 de maio de 2011

Reino Unido defende parceria com a Embrapa para produção de alimentos de forma sustentável


Assunto foi tema de debate na última sexta-feira (13) na Finep.

De olho nas perspectivas de crescimento da demanda mundial por alimentos, energia e água nos próximos anos, o governo do Reino Unido já expressa interesse em firmar protocolos de intenção com a Embrapa para a produção de alimentos de forma sustentáveis focada na preservação e conservação do meio ambiente.

Em debate na Finep, na sexta-feira (13), Sir John Beddington, conselheiro-chefe para assuntos científicos do Gabinete de Ciência e Tecnologia do Reino Unido, afirmou que as duas partes já estudam a possibilidade de produzir alguns gêneros de culturas agrícolas capazes de intensificar a quantidade de sequestro de gás carbônico e redução do efeito estufa na atmosfera.

"Pensamos em desenvolver uma agricultura inteligente em relação ao clima", declarou ele, que debateu o tema C,T&I e desafios globais de Brasil e Reino Unido, na sede da Finep, no Rio de Janeiro. 

Ao destacar que os assuntos ligados à ciência e tecnologia fazem parte da pauta diária do café da manhã dos cientistas do governo do Reino Unido, Beddington defendeu, em sua palestra, a ampliação do melhoramento genético das culturas agrícolas e racionamento do uso da água principalmente na agricultura, que responde por cerca de 70% do consumo do recurso natural do planeta. Nesse sentido, destacou que o governo britânico estuda desenvolver tecnologias para tirar a salinidade da água do mar, transformando a água salgada em água doce.

Baseado em dados do Banco Mundial, o assessor de ciência do governo britânico declarou que as previsões apontam para 2030 um crescimento de 40% no consumo de energia elétrica, 40% para o consumo de alimentos e 30% para o consumo de água.

Além das expectativas de aumento da aquisição de alimentos pela classe média de países em desenvolvimento, principalmente do Sudeste da Ásia e da América do Sul, Beddington disse existir outra demanda em curso: um bilhão de pessoas que vivem na pobreza, sem nenhum poder aquisitivo.

"Essa alavanca da população implica na reação dos sistemas de mundiais de produção desses itens. Essa produção tem de vir acompanhada de segurança alimentar, energética e de água", enfatizou. Para Beddington, o Brasil, que já é um grande fornecedor mundial de produtos agrícolas, é o País indicado para gerar, em parte, essa oferta de alimentos. 

Fonte: Jornal da Ciência

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