sábado, 10 de abril de 2010

Brasil terá novo banco de exportação em 2 semanas



O governo federal prepara um conjunto de medidas de apoio aos exportadores, entre elas, a criação do Eximbank brasileiro, (dedicado exclusivamente a financiar o setor) e a implantação de um sistema de garantiras para reduzir o custo financeiro das exportações nacionais. O Eximbank brasileiro seria subsidiário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As medidas deverão ser anunciadas em até duas semanas, garantiu o ministro Guido Mantega, da Fazenda, nesta quinta-feira (8), em entrevista na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.

Os empresários pediram ao ministro para incluir, entre as medidas pró-exportação que o governo estuda adotar, a aceleração da devolução dos créditos tributários que ficam retidos na Receita Federal, que pode demorar até cinco anos para verificar créditos não utilizados que são reivindicados por um exportador. Outra medida em estudo é o fortalecimento do fundo garantidor de crédito às exportações (FGE), que passaria a ser um fundo de grande porte, para garantir o crédito e, dessa maneira, reduzir o risco e o custo financeiro.

Durante a entrevista, o ministro Mantega enfatizou que o Brasil tem capacidade para ser um dos países que crescerão neste ano de 2010, após a crise financeira internacional. A afirmação foi feita com base em alguns dados, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou elevação de 0,52% no mês passado, contra 0,78% em fevereiro e 0,75% em março. 

Mantega destacou ainda as características da nova política econômica e social do País, que prioriza o crescimento sustentável, geração de emprego, inclusão social, distribuição de renda e apoio a investimento. As afirmações foram feitas nesta quinta-feira (8), após palestra na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.

Segundo o ministro, o aumento do IPCA verificado nos primeiros meses de 2010 deveu-se a fatores sazonais. Citou como exemplo a elevação dos preços dos alimentos em função da redução da oferta, provocada pelo excesso de chuvas. Também contribuíram para o quadro o aumento de tarifas de ônibus e das mensalidades escolares. 

Durante, a reunião-almoço na Fiergs, que contou com a participação de mais de 200 representantes de vários segmentos da indústria, Guido Mantega, anunciou, a implantação do selo para o vinho brasileiro. "O selo evita o contrabando, o subfaturamento e a informalidade, e dá mais competitividade ao vinho do País, que sofre com a concorrência desleal", destacou.

Fonte: 
Conselho Monetário Nacional (CMN)

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