quarta-feira, 2 de março de 2011

Relatório de Atividades do INCT para Mudanças Climáticas está na web


Documento reúne informações sobre os 26 projetos de pesquisa integrantes dessa iniciativa. Os principais resultados e destaques do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) em 2009 e 2010 estão disponíveis na Internet, nas versões em português e inglês. O Relatório de Atividades reúne informações sobre os 26 projetos de pesquisa integrantes dessa iniciativa.

O INCT para Mudanças Climáticas, com sede no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), reúne a maior e mais abrangente rede interdisciplinar de instituições de pesquisa em meio ambiente no Brasil, envolvendo mais de 90 grupos de pesquisa de 65 instituições e universidades brasileiras e estrangeiras, com mais de 400 participantes. É um ambicioso empreendimento científico criado para prover informações de alta qualidade relevantes para ajudar o país a cumprir os objetivos do seu Plano Nacional sobre Mudança do Clima.

Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia foram criados em 2008 pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). São financiados pelo Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC) e por agências estaduais de fomento. Os INCTs do Estado de São Paulo recebem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Hoje, há 123 INCTs em funcionamento, cobrindo a maior parte das áreas da Ciência e da Tecnologia.

Destaques científicos

O Relatório de Atividades do INCT-MC traz, em seus destaques científicos, resultados relacionados à base científica das mudanças climáticas, aos impactos, adaptação e vulnerabilidade às mudanças climáticas, à mitigação de seus efeitos e aos produtos tecnológicos necessários para enfrentar o desafio dessas alterações ambientais.

Cenários climáticos para a América do Sul, por exemplo, prevêm que até o final do século 21 um forte aquecimento (4°C-6°C) aumentará o gradiente de temperatura entre o continente e o Oceano Atlântico Sul. Com esse aquecimento, as projeções apontam que as áreas do norte do continente, que compreendem a Amazônia e o Nordeste do Brasil, deverão experimentar deficiência de chuvas (com redução de até 40%), enquanto no sudeste da América do Sul, incluindo a bacia Paraná La Plata, a chuva deve aumentar cerca de 30% ate 2100.

Importantes avanços também foram obtidos na compreensão do papel que a Amazônia desempenha no sistema climático, incluindo as emissões de gases de efeito estufa e a influência do clima, da atividade do fogo e do desmatamento no equilíbrio dos ecossistemas da floresta tropical. Um estudo quantificou os efeitos das emissões de queimadas no balanço de radiação solar da floresta amazônica próxima a Manaus e a Porto Velho. As medições realizadas pelos pesquisadores mostram que até 30% da radiação solar está sendo absorvida pelos aerossóis (partículas em suspensão na atmosfera) emitidos por esses incêndios. Atualmente, investiga-se os efeitos das altas concentrações de aerossóis sobre a saúde das populações locais.

Na área de Megacidades, estudos detectaram que os eventos extremos de chuva (superiores a 50 mm/dia) na cidade de São Paulo tornaram-se mais frequentes e intensos desde 1960, e que esse aumento deve-se mais à urbanização - o efeito de 'ilha de calor urbano' - do que às mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Paralelamente a essas investigações, esse grupo de pesquisa gerou mapas de vulnerabilidade à mudança climática para a Região Metropolitana de São Paulo e um mapa preliminar para as enchentes, deslizamentos de terra e impactos na saúde para a cidade do Rio de Janeiro.

Ainda no âmbito do INCT-MC, foi lançada a segunda versão do Sistema de Informação para a Redução de Risco de Desastres Naturais (Sismaden) -, que inclui várias melhorias e correções em relação à primeira versão (www.dpi.inpe.br/sismaden). O Sismaden é uma ferramenta gratuita, disponibilizada na Internet, que fornece dados e informações sobre desastres naturais iminentes.

Com a utilização do sistema, instituições sociais e esferas governamentais (como a Defesa Civil) podem prever a ocorrência desses eventos com alguns dias de antecedência, possibilitando a tomada de decisões e providências que minimizem seus impactos, salvando vidas e patrimônios.

Mais informações no site do INCT-MC: http://www.ccst.inpe.br/inct

Fonte: Ascom do MCT

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