sexta-feira, 4 de março de 2011

União das instituições de C&T fortalece a Amazônia


Ampliar os investimentos públicos federais em CT&I, estimular uma política pública para a fixação de doutores na Amazônia e atrair para a região empresas com base tecnológica, foram alguns dos pontos debatidos durante o Fórum Regional Norte do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti).

O evento, que aconteceu nesta quinta-feira (3), no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), contou com a participação de representantes das secretarias de Ciência e Tecnologia e das Fap's dos estados de Roraima, Amapá, Rondônia, Tocantins e Amazonas. Durante o encontro, foi discutida a aplicação do Plano Nacional de C&T para a região Norte e foram traçadas as diretrizes de um documento oficial, contendo 15 tópicos, que será entregue ao ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na próxima reunião do Conselho, nos dias 31 de março e 01 de abril, em Palmas (TO). Este evento contará também com a participação do presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação (CCT) do Senado Federal, Senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

O Fórum foi realizado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas. O titular da secretaria, Odenildo Sena, ressalta que é preciso haver uma maior união entre os estados do Norte para que haja, de fato, desenvolvimento. "Imagine quantas ações poderíamos realizar para a Amazônia somando competências?".

Uma das mais relevantes propostas aprovadas foi a implantação de um fórum permanente e atento de secretários e dirigentes de fundações de amparo à pesquisa da região Norte. "Precisamos inserir um representante do Norte em comitês importantes que definem para onde vão os recursos", ressalta Odenildo, autor da sugestão. Ele destaca ainda que é preciso ocupar espaços já criados, como as parcerias com o CNPq, a Capes e o INCT. "Mas, para isso, precisamos nos fortalecer, nos unir e cuidar constantemente de nossos interesses".

Ele destaca, ainda, a necessidade de efetivar os interesses especificamente da região amazônica. "Todo o mundo se encanta com a Amazônia, mas efetivamente pouca coisa tem sido efetivada e o que tem sido feito é por esforços locais". O Diretor de Ciência e Tecnologia do Estado de Tocantins, Alan Rickson Andrade, também defende a ideia e afirma: "precisamos provocar as instituições federais para que elas possam trazer investimentos para fortalecer a região"; seguido do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Amapá, Antônio Cláudio Almeida: "precisamos nos fortalecer, unindo esforços para tirar da floresta a sustentabilidade econômica dos estados".

Participação das FAP's

A presidenta da Fapeam, Maria Olívia Simão, salienta que a presença das FAP's num fórum que se discute as temáticas, as fragilidades e as potencialidades da Amazônia é extremamente importante. "Encurta o tempo de debate e confronta diferentes visões, permitindo alavancar cada vez mais ciência e tecnologia na região", disse.

Quanto ao movimento instalado na Amazônia, com o lançamento das FAP's do Amapá, em janeiro, de Tocantins, ainda no mês de março, e, futuramente, a de Rondônia, Olívia destaca que o setor político está enxergando o quanto é estratégico ter "ciência e tecnologia como eixo transversal de apoio ao desenvolvimento sustentável". Para a dirigente da Fapeam, há uma percepção, principalmente na Amazônia, de que o desenvolvimento sustentável só é possível com o conhecimento das riquezas da biodiversidade e da diversidade social da região.

Fonte: Comunicação SECT-AM

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