terça-feira, 1 de março de 2011

Sistema de alerta via SMS pode minimizar impactos de deslizamentos


Mensagens para celulares podem ajudar a evacuar as áreas de risco. Um software de envio de mensagens curtas (SMS) para celulares, desenvolvido na Universidade Federal Fluminense (UFF), pode ser um aliado inteligente para alertar a população que se encontra em áreas de risco de deslizamentos.

Trata-se do SMSalva-vidas, um produto de inovação tecnológica da universidade que já está à disposição do poder público, para se tornar uma ferramenta de uso gratuito. De acordo com o coordenador do projeto e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFF, Antônio Cláudio Nóbrega, a iniciativa pode ajudar a suprir uma lacuna frequentemente deixada de lado nas estratégias de prevenção de acidentes: a informação. "A capilarização da informação é uma importante peça no processo de alerta de desastres e os celulares são instrumentos de comunicação de amplo alcance, especialmente para quem vive em áreas de risco", justifica o professor.

A ideia de empregar o software para ajudar a minimizar as consequências dos desastres ambientais surgiu como um desdobramento do projeto Uso de serviços de mensagens curtas (SMS) personalizadas para a melhoria da adesão dos pacientes ao tratamento do diabetes mellitus, contemplado pela Faperj com o edital Apoio ao Desenvolvimento da Tecnologia da Informação no Estado do Rio de Janeiro, em 2010.

A motivação para desenvolver essa vertente de trabalho paralela partiu dos deslizamentos que castigaram a região serrana fluminense no início de janeiro, quando muitos moradores de áreas de risco ignoravam a gravidade do perigo que corriam. "O projeto inicial, também em andamento, desenvolveu um sistema de envio de SMS para ajudar a monitorar pacientes com diabetes que recebem tratamento pelo Hospital Universitário Antônio Pedro. Resolvemos, então, aproveitar a tecnologia deste mesmo software para alertar populações de áreas de risco de deslizamentos", conta. 

O sistema consiste no cadastramento do máximo de pessoas de uma localidade, com endereço e respectivo telefone celular, que são georreferenciados num mapa do município. A partir daí, o gestor público pode marcar as regiões segundo os graus de risco - intermediário, iminente ou provável - e enviar informações fundamentais para prevenir desastres, como 'chuva perigosa' ou 'evacuar imediatamente'. "As mensagens georreferenciadas de alerta são enviadas imediatamente para os celulares de acordo com a localização específica de cada morador cadastrado dentro de uma área, de modo personalizado. É muito diferente de enviar mensagem padrão para todos ou colocar uma sirene para todos, que pode gerar pânico generalizado e piorar a situação", explica Nóbrega.

Fonte: Agência UFRJ

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