quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Rollemberg quer discutir uso de área desmatada para aliviar pressão sobre florestas


Senador se refere aos estudos realizados pelo TerraClass, parceria do Inpe e Embrapa, que recentemente apresentou um mapeamento do uso e cobertura da terra das áreas desflorestadas da Amazônia.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), vai propor a realização de audiência pública para discutir estudo mostrando que a maior parte das áreas desmatadas na Amazônia está subutilizada. Para ele, o País pode melhorar a produtividade da pecuária e liberar área para a expansão da agricultura, reduzindo a necessidade de novos desmatamentos.

Rollemberg quer discutir o assunto com os responsáveis pelo estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

"Tenho convicção de que as demais comissões que estão analisando o código aceitarão que seja uma audiência conjunta", disse, referindo-se às comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Ciência, Tecnologia, Comunicação, Inovação e Informática (CCT).

De acordo com o estudo, 447 mil km² de florestas foram transformados em pastagens, em um sistema de produção extensivo com poucas cabeças por área. Em discurso no Plenário, Rollemberg disse considerar que o País dispõe de conhecimento para aumentar a produtividade por hectare, "mantendo o mesmo rebanho ou ainda crescendo o rebanho", e liberar terra para a agricultura.

Relator do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011) na CMA, Jorge Viana (PT-AC) também considera que o estudo contribui para a discussão da matéria, pois amplia a base técnica e científica à disposição dos senadores. "A decisão será política, mas, na dúvida, precisamos olhar para a realidade singular do País e para a ciência. Estudos como esse nos ajudam a encontrar solução para muitos problemas", avalia Jorge Viana.

Fonte: Agência Senado

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Identifique-se e poste o seu comentário e logo abaixo, o seu e-mail para um possível retorno.