sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Satélite estrangeiro testado no Inpe inicia operações em órbita


A Nasa anunciou que as medidas do nível de salinidade dos oceanos já estão sendo realizadas pelo SAC-D/Aquarius, satélite testado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e lançado em junho da base de Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.

Resultado de parceria entre as agências espaciais argentina (Conae) e norte-americana (Nasa), o satélite tem como principal missão medir o nível de salinidade dos oceanos por meio de um radiômetro e escaterômetro construído pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) e Goddard Space Flight Center, da Nasa. Até hoje, os dados de salinidade dos mares eram coletados apenas em amostras locais (in situ), com o uso de barcos e bóias.

Assim como a temperatura da água, a salinidade é um fator que ajuda a entender os padrões de circulação das correntes marítimas. Como a salinidade afeta a densidade das águas oceânicas e, consequentemente, o clima terrestre, os dados do satélite contribuirão para o aperfeiçoamento dos modelos climáticos de longo prazo.

Nos próximos meses, a equipe científica da missão Aquarius irá analisar e calibrar as medições para liberação dos dados preliminares, que serão utilizados por pesquisadores em todo o mundo.

Testes - De junho de 2010 a março de 2011, em seu Laboratório de Integração e Testes (LIT), o Inpe realizou uma série de testes e ensaios para demonstrar que o satélite SAC-D/Aquarius estava preparado para resistir ao lançamento e ao ambiente na órbita da Terra.

No decorrer da campanha de medidas físicas e ensaios ambientais, mais de trezentos profissionais estrangeiros trabalharam nas instalações do LIT/Inpe, o único laboratório do gênero no Hemisfério Sul capacitado para a realização de atividades de montagem, integração e testes de satélites e seus subsistemas.

Foram realizados testes de interferência e compatibilidade eletromagnéticas, vibração, vibro-acústico, choque de separação, vácuo-térmico, além das medidas de propriedades de massa do satélite. A impossibilidade de reparo em órbita torna imprescindível a simulação em Terra de todas as condições que o satélite enfrenta desde o seu lançamento até o final de sua vida útil no espaço.

Fonte: Ascom do Inpe

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