quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Definidas novas regras para a pesca do atum azul e do espadarte

As regras para a pesca do atum azul e do espadarte tiveram alterações. A mudança está na quantidade permitida de pesca para cada espécie. Outra novidade é a redução do período permitido para a pesca.

A decisão aconteceu na semana passada durante reunião da Comissão Internacional para Conservação do Atum do Atlântico – ICCAT, realizada em Porto de Galinhas – Pernambuco. Na ocasião estiveram reunidos 500 participantes de 48 países. Na ocasião, foram discutidas mudanças no setor da pesca oceânica mundial.

A reunião serviu também para a reeleição do Brasil a frente da ICCAT. Na ocasião foi reeleito como presidente o professor Fábio Hazin, que anunciou a formação de um grupo de trabalho para debater a modernização do regimento da Comissão. 

Segundo o presidente há a necessidade de reformular o regimento da ICCAT que está em vigor desde 1969. “A modernização da Comissão vai atender os necessários aspectos ecossistêmicos, ambientais e sócio-econômicos da pesca oceânica dos atuns e afins do Atlântico”.

Atum azul - Mais consumido pelos japoneses, o atum azul ganhou medidas que visam recuperar os estoques em cerca de 80% até o fim de 2010. Para isso, os países que pescam essa espécie deverão respeitar a cota que diminuiu de 22 mil para 13 mil e 500 toneladas. A temporada de pesca da espécie também baixou. Agora os países têm um mês para as capturaras. O atum azul é considerado o mais nobre do oceano atlântico pelos altos valores de comercialização.

Espadarte - Outra mudança foi quanto a captura do espadarte. Pescado, consumido e exportado pelo Brasil, o espadarte teve um ajuste de cotas de 17 para 15 mil toneladas. “Possuímos uma estratégia para aumentarmos nossa participação nesse setor e a redefinição de cotas não nos prejudica, porque atualmente pescamos dentro da margem permitida e para o que temos potencial, respeitando a sustentabilidade da espécie”, explica o ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin. 

“Referendamos essa posição, porque entendemos que a redução, de 16,5% para cota de todos os países, atende à perspectiva de sustentabilidade dos recursos oceânicos que tanto defendemos”, explicou o ministro. Hoje, o país pesca cerca de 3900 toneladas e tem a cota permitida de 4720t. Segundo o Secretário Executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, Dirceu Lopes, o Brasil desenvolve esta pesca visando à conservação dessa espécie. 

“Nós temos condições de expandir essa pesca, mas entendemos que a redução de 16.5% da cota global é uma necessidade para que seja possível continuar desenvolvendo a atividade de forma sustentável”.

Lopes informa ainda que apesar de o Brasil ter a segunda maior cota de captura do espadarte, o posicionamento brasileiro também se dá em prol dos países em desenvolvimento, “para que eles tenham oportunidade de desenvolver a pesca oceânica no Atlântico Sul, principalmente os países da África”, disse o Secretário Executivo.

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