quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reunião Regional da SBPC em Catalão (GO): Professor da UnB defende desenvolvimento da química verde para o petróleo


Diante das constantes preocupações com a preservação do meio ambiente, os químicos precisam incorporar a sustentabilidade no meio ambiente e adotar a chamada química verde nos processos industriais.

A opinião é do professor Floriano Pastore, coordenador de Extensão do Instituto de Química da UnB, que diz ser necessário revisar a química do petróleo, considerado uma das vilãs da poluição ambiental.

"A química do Brasil está preta, pois ela ainda é muito baseada no petróleo", enfatizou o professor, nesta quarta-feira (4), na Reunião Regional da SBPC, no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Catalão (GO). As declarações de Pastore foram feitas na mesa-rendonda, batizada de Ano Internacional da Química: O Desenvolvimento do Setor e Perspectivas, juntamente com Paulo Cezar Vieira, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), em São Paulo.

O Ano Internacional da Química é um dos temas da Reunião Regional da SBPC, que começou terça-feira (3) vai até sexta (6).

Pastore, entretanto, avalia que o Brasil é pioneiro na produção de energia verde e já é um dos países mais avançados na sustentabilidade ambiental, em razão da criação do Proálcool, o primeiro programa destinado à substituição de derivados de petróleo.

Despoluição dos processos químicos - Ao defender o desenvolvimento da química verde, Pastore enfatizou a necessidade de despoluir os processos químicos. Ou seja, descarbonizar o processo industrial. Embalado pela revolução digital, ele diz que o planeta passa por uma transformação e isso abre mais espaço para a difusão das informações sobre crime ambiental e, paralelamente, para eventuais protestos de ambientalistas. Assim com outros especialistas, o professor da UnB defendeu a integração entre universidades e empresas em uma tentativa de solucionar os problemas ambientais industriais. Embora algumas empresas já adotem práticas de sustentabilidade ambiental, o professor destaca que as atuações ainda são pontuais e os químicos podem colaborar para massificar tais ações.

Já Vieira da UFScar defendeu a necessidade de os alunos de química ampliarem seus horizontes para atender a necessidades de um mundo globalizado. Além do chamado núcleo duro da química (matemática, física e equações de química), ele disse que os alunos devem ter domínio de administração, biologia, leis e ética, história, empreendedorismo e computação, entre outras qualificações. (Viviane Monteiro)


Fonte: Jornal da Ciência

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