quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Para Mercadante, Brasil Maior pode impulsionar inovação


De acordo com o ministro, financiamento do governo em inovação aumentou 
5 vezes em um ano.

O Brasil ocupa a sétima posição no mundo no setor de produção de tecnologias da informação e comunicação. Com as medidas do Plano Brasil Maior, o País pode dar um salto em termos de valor agregado e inovação. A avaliação é do ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Aloizio Mercadante, que participou do lançamento do plano, anunciado pela presidente Dilma Roussef, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (2).

O Plano Brasil Maior, do governo federal, estabelece uma política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014. A estratégia é focar no estímulo à inovação e à produção nacional para alavancar a competitividade da indústria nos mercados interno e externo. Nesse contexto, o País se organiza para dar passos mais ousados em direção ao desenvolvimento econômico e social. O plano busca aproveitar competências presentes nas empresas, na academia e na sociedade num esforço de geração de emprego e renda.

Para o ministro Mercadante, o conjunto de medidas "tem que estar associado à visão de longo prazo". De acordo ele, o País será competitivo se tiver capacidade de inovar, se mudar a cultura passiva diante da tecnologia. "Para isso, precisamos também de parcerias criativas entre o Estado e o setor privado. Falo isso porque podemos ampliar o esforço do Estado brasileiro", disse.

A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2011-2014 (ENCTI), do MCT, constituirá a base dos estímulos à inovação. O plano se apoia em três programas voltados para o ensino técnico profissionalizante e de estímulo às engenharias: Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec); Plano Nacional Pró-Engenharia; e o programa Ciência sem Fronteiras, recentemente lançado pelo MCT e pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com Mercadante, o Ciência sem Fronteiras permitirá a atração de pesquisadores do exterior de alto nível, que conduzirão o Brasil a um salto estratégico de inovação tecnológica. Outros setores que serão beneficiados, segundo o ministro, são o de patentes e de inclusão digital. Ele lamentou que, no mundo, dois terços das patentes venham do setor privado, enquanto no Brasil a maioria é do setor público.

Sobre a inclusão digital, ele disse que o Programa Nacional de Banda Larga permitirá que quase 70 milhões de estudantes tenham acesso ao computador com internet. Para o ministro, o salto de qualidade no sistema educacional será com conteúdo e equipamentos nacionais. "O Brasil está preparado para dar esse salto e nós vamos dar o poder de compra para a inclusão digital nas escolas. Esse poder de compra pode permitir que a gente tenha uma indústria de semicondutores que só 20 países têm e uma indústria de displays que só quatro países do mundo possuem", disse.

Para a presidente Dilma Rousseff, é urgente garantir condições tributárias e de financiamento adequadas ao estímulo dos investimentos produtivos, e que estimulem a geração de empregos. "A indústria nacional tem em mim uma aliada, uma parceira consciente das dificuldades, mas também das potencialidades do nosso setor produtivo", disse. Segundo ela, este é o momento certo de agregação de valor na indústria nacional, de desenvolver tecnologia e inovação.

Finep - Sobre o conjunto de medidas anunciadas para alavancar a indústria nacional, Mercadante destacou o fortalecimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), entre as medidas do governo que colocam a ciência e a tecnologia como eixos fundamentais do desenvolvimento.

"Hoje estamos mais uma vez fortalecendo a Finep que é um grande instrumento de fomento à inovação. Tivemos, no ano passado, R$ 1 bilhão para a subvenção econômica e de crédito da Finep. Este ano, tivemos no primeiro semestre mais R$ 3 bilhões e, agora, a presidente [Dilma Rousseff] está adicionando R$ 2 bilhões", afirmou o ministro.

"Portanto estamos falando de R$ 5 bilhões, cinco vezes mais do que os valores do ano passado. Isso mostra claramente o compromisso de aprofundar os esforços em direção da inovação", acrescentou o ministro.
(Agência MCT e Agência Brasil)

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