sábado, 8 de maio de 2010

Ex-participante do Prêmio Jovem Cientista lança inovação em energia solar


Um dos mais bem-sucedidos ex-participantes do Prêmio Jovem Cientista, Adriano Moehlecke, se prepara para lançar no mercado um dispositivo capaz de converter energia solar em elétrica a baixo custo e com eficiência maior que os similares de concorrentes estrangeiros. Professor da Faculdade de Física da PUC do Rio Grande do Sul, ele concorreu em 2002, na categoria graduados. O projeto chamou a atenção de grandes empresas e recebeu vários patrocínios. Atualmente, o Brasil não produz esse tipo de tecnologia. Importa a custos mais altos que os do equipamento criado pelo professor.

Moehlecke recebeu investimentos de R$ 6 milhões da Petrobras, Eletrosul, Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) para poder desenvolver a nova tecnologia, única no País no gênero. Uma planta-piloto foi montada no campus da PUC para a fabricação de células solares. A produção começou em 2004 e, em dezembro de 2009, foram entregues os primeiros 200 módulos fotovoltaicos fabricados com tecnologia nacional às empresas que apostaram na pesquisa de Moehlecke (Petrobras, Eletrosul, CEEE e Finep).

Divulgação/Prefeitura de CanoasVencedor do Jovem Cientista lança inovação em energia solar
  • Ex-participante do Prêmio Jovem Cientista, Adriano Moehlecke, lançará no mercado um dispositivo capaz de converter energia solar em elétrica a baixo custo
  • Ampliar Ampliar
Agora, o professor começa a trabalhar em um plano de negócios para estabelecimento e implantação de uma indústria no Brasil que fabrique peças com a tecnologia desenvolvida na universidade gaúcha. Ele conta com a ajuda da professora Izete Zanesco, que coordenou o projeto na PUC. Para aperfeiçoar o equipamento e provar a possibilidade de fabricação em escala industrial, desde 2004, Moehlecke e ela trabalham em uma planta-piloto, uma espécie de minifábrica montada na PUC.

“A energia solar fotovoltaica é a forma de energia renovável que mais cresce em nível mundial, com taxas de 60% a 80% ao ano. Mas no Brasil, não há indústrias com tecnologia comercial para a produção de módulos que façam a conversão. Agora, temos condições de transferir essa tecnologia a investidores interessados”, comenta o professor e pesquisador. Moehlecke e Izete conseguiram desenvolver dois processos de fabricação de células solares, atingindo eficiências maiores que a média mundial, e também organizaram a cadeia de fornecedores de insumos para a possível instalação de uma fábrica.

O trabalho do pesquisador premiado em 2002 pelo Prêmio Jovem Cientista serve de exemplo a outros jovens graduados e também a estudantes do Ensino Médio e do Ensino Superior interessados em participar da 24ª edição prêmio deste ano, que está com inscrições abertas até 30 de junho do próximo ano. O prêmio é realizado em parceria entre a iniciativa privada e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Fonte: Portal Brasil/CNPq

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Identifique-se e poste o seu comentário e logo abaixo, o seu e-mail para um possível retorno.