sexta-feira, 21 de maio de 2010

Termômetros de mercúrio deveriam ser proibidos segundo entidades ambientalistas

Muito comum e presente em cerca de 83% dos hospitais e consultórios médicos do Brasil, os termômetros de mercúrio representam sérios riscos ao meio ambiente e à saúde, de acordo com um manifesto, assinado por mais de 50 entidades, entre ONGs, sociedade civil organizada e outras associações. A substância é tóxica e o contato pode afetar o desenvolvimento cerebral e prejudicar o sistema nervoso.

A estatística faz parte de uma pesquisa internacional, que baseou o pedido de criação de um programa de substituição e subsídio à produção de termômetros não-tóxicos e foi encaminhado esta semana à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA.

As entidades propõem a elaboração de uma campanha pública de conscientização, além da popularização dos produtos alternativos, que não são acessíveis a toda a população, por custarem até triplo do preço do termômetro com mercúrio.

O estudo, financiado pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha foi realizado em países em desenvolvimento. A Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte, APROMAC, coordena o projeto no Brasil e avaliou, também, outros itens como materiais odontológicos, pilhas comuns, medidores de pressão e cremes dermatológicos.

Os resultados brasileiros apontaram que os profissionais de saúde entrevistados não sabiam dos riscos à saúde causados pelo mercúrio. “A intenção é trabalhar para a conscientização de órgãos públicos, organizações da sociedade civil e do setor privado sobre os riscos da exposição ao mercúrio e da necessidade de políticas voltadas para esse tema”, disse a coordenadora da APROMAC, Zuleica Nycz. “Não podemos aceitar a presença de um metal tóxico nos hospitais e domicílios. A União Europeia já baniu os termômetros de mercúrio. Países como Argentina, Índia e Filipinas já têm programas eficientes de controle de produtos com mercúrio”, completou.

A campanha internacional “A vida sem mercúrio: para os bebês, para você e para mim” é organizada pela rede de ONGs internacionais IPEN – Rede Internacional de Eliminação de Poluentes Orgânicos Persistentes. Em junho, entre os dias 7 e 11, o país vai participar na Suécia da primeira reunião de negociação internacional sobre um tratado de mercúrio.
*Com informações da APROMAC.
Fonte: Ambientebrasil

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