quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Plantas medicinais da Amazônia para todos


Publicação do Goeldi coloca ao alcance do público resultados de discussões com cientistas e experiência acumulada sobre as plantas de uso medicinal região Amazônica Fruto de extensa pesquisa e experiência botânica produzida por mais de 30 anos, a terceira edição do livro "Plantas Medicinais na Amazônia" apresenta informações científicas e da cultura popular colhidos pela pesquisadora do Museu Goeldi, Maria Elisabeth van den Berg. 

Com ilustrações e tabelas, a publicação expõe nomenclaturas, descrições e usos de 31 famílias botânicas que contem espécies medicinais, visando oferecer uma base de dados científicos confiáveis para o incremento de pesquisas na área. 

Ao longo das suas 266 páginas, o livro busca resgatar e sistematizar cerca de 365 espécies vegetais conhecidas e utilizadas na Amazônia, com a preocupação de mostrar o seu lugar dentro dos grupos taxonômicos, atualizando a sua classificação botânica. De acordo com a autora, foi comprovada a necessidade desse estudo devido ao grande número de nomes vulgares que definem espécies diferentes de plantas, o que induziria ao erro e provável problema no uso de medicamentos com tais espécies. 

Exemplos disso são a "erva de passarinho" que designa duas espécies diferentes, assim como o "elixir paregórico", e a "alfavaca" que abrange pelo menos três espécies. Além dessas, também são descritas na publicação espécies como as pimentas de macaco e do reino, o cipó d'alho e o alecrim, entre muitas outras. 

Elaboração - "A idéia [do livro] era disponibilizar a todas as pessoas interessadas, seja do ponto de vista cultural, preservacionista, comercial ou industrial, uma contribuição útil e precisa dos nossos recursos, tão cantados e debatidos, às vezes de modo superficial e equivocado", explica Elisabeth van den Berg no prefácio desta terceira edição. 

Segundo a ex-diretora do Museu Goeldi Ima Vieira, que assina a apresentação desta edição, desde a sua primeira edição em 1982, o livro é referência para estudiosos, professores, estudantes e a sociedade civil em geral. "Tenho a convicção que esta obra clássica ficará para a história da produção científica brasileira, e estimulará a realização de outros estudos desse gênero", afirma Vieira. 

O material estudado durante a elaboração da pesquisa que gerou a publicação, em sua maior parte, é oriunda da coleção viva da autora, de coletas realizadas em feiras, a exemplo da Feira do Ver o Peso em Belém (PA), ou em outros estados da Amazônia Legal. Esse material está depositado nos herbários do Museu Goeldi e da Embrapa Amazônia Oriental. A publicação foi ilustrada por Carlos Alvarez e a foto da capa é de Maria Lúcia Morais.

Fonte: Museu Goeldi

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