quarta-feira, 20 de maio de 2009

Audiência no Rio enfatiza importância do diploma

A obrigatoriedade do diploma específico em Jornalismo para o exercício da profissão foi debatida em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), nesta segunda-feira (18/05). Participaram jornalistas, professores e estudantes universitários, além de representantes do Ministério do Trabalho, Associação Juízes para a Democracia, os Sindicatos dos Jornalistas do Município e do Estado do Rio de Janeiro, Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo e FENAJ. 

Os argumentos favoráveis à exigência do diploma relacionaram-se com a importância da qualificação profissional e da liberdade de expressão. Suzana Blass, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio. Sustentou que a exigência do diploma não ameaça a liberdade de expressão, que se expressa na opinião de inúmeros colunistas sobre os mais variados assuntos. “Abrir mão da regulamentação e da profissionalização do jornalista representa abrir espaço para a manipulação de informações com base em interesses econômicos, políticos e outros.” 

Para Ernesto Viana, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio, a luta contra o diploma é uma campanha orquestrada por organismos patronais como a SIP (Sociedad Interamericana de Prensa) e até a OEA (Organização dos Estados Americanos). No Brasil, visa favorecer a desregulamentação de muitas profissões, como a de professor. “Eles querem aviltar a profissão e estagnar salários”, disse.

Em nome da Associação Juízes para a Democracia, o juiz de direito João Damasceno também fez um alerta favorável à qualificação: “Se a qualidade do jornalismo pode estar vinculada aos interesses de quem comanda a empresa de comunicação ou a gerência do departamento comercial, sem a qualificação dos profissionais de imprensa a notícia pode ser muito pior.” (Fonte: FENAJ)

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