terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Brasil lidera recuperação da crise na América Latina

Pela segunda vez consecutiva, o Brasil apresentou o melhor resultado entre os 11 acompanhados na Sondagem Econômica da América Latina. A economia da região manteve a trajetória de recuperação após a crise financeira internacional, segundo o estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o alemão Institute for Economic Research at the University of Munich (IFO). O Índice de Clima Econômico (ICE) da região subiu de 5,2 para 5,6 pontos entre outubro de 2009 e janeiro de 2010.

De acordo com o levantamento, para o conjunto de países da região, o ritmo de recuperação acompanha o da economia mundial, passado o período crítico da crise. O resultado ascendente foi puxado principalmente pela melhora das avaliações sobre a situação presente da economia.

Numa escala que varia de 1 a 9 pontos, o Índice de Situação Atual (ISA) passou de 3,3 para 4,0 pontos. Embora o avanço tenha sido considerado “expressivo”, a economia da região ainda não voltou à situação anterior à crise. Em junho de 2008, o ISA havia alcançado 5,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE) manteve o patamar observado no trimestre anterior, passando de 7,0 para 7,1 pontos.

Na análise por países que compõem a região, o documento destaca que, além do Brasil, cujo ICE atingiu 7,8 pontos, quatro nações estão em fase de expansão econômica. Chile (7,4), Peru (7,3), Uruguai (7,0) e Argentina (5,3). O grupo formado por Bolívia, Colômbia, Equador, México e Paraguai está em fase de recuperação. A Venezuela (3,0) é o único país que permanece em recessão.

O Brasil também liderou o ranking das avaliações sobre a situação atual, tendo sido o único país com ISA superior a 7,0 pontos (7,7). Em seguida, aparecem Uruguai (6,3) e Chile (6,1). A Sondagem Econômica da América Latina é divulgada trimestralmente. Para a pesquisa de janeiro, foram consultados 139 especialistas em 17 países.

Micro e pequenas empresas criam 74% das vagas em janeiro

As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 74% dos 181.419 novos empregos com registro em carteira criados em janeiro de 2010, segundo análise feita pelo Sebrae dos dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O resultado equivale a um crescimento de 0,55% em relação ao estoque de empregos do mês anterior e supera em 27% o recorde de janeiro de 2008.

As empresas com até quatro empregados responderam por 57,1% (103.590) das novas vagas; as entre 5 e 19 empregados, por 2,8% do saldo; e as de 20 a 99 trabalhadores, por 14,1%. Já a participação das médias e grandes empresas foi, respectivamente, de 18% e de 8% do total.

Para a gerente da unidade de gestão estratégica do Sebrae, Raissa Rossiter, a retomada do crescimento impulsiona empresas de todos os portes. “O retorno da dinâmica nas grandes empresas, por exemplo, desencadeia demanda de bens e serviços para as micro e pequenas”, afirma. Como exemplo, ela destaca o aumento dos empregos gerados na indústria de transformação (7,8%) pelas microempresas, com até quatro trabalhadores. 

A construção civil (8,4%), terceiro setor que mais criou empregos entre as microempresas, teve participação mais intensa nos saldos de novos empregos criados pelas grandes empresas. “Devido às políticas habitacionais, são geradas demandas tanto para as grandes construtoras como para os pequenos depósitos de material de construção”, ressalta.

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