segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

POEMA


Mulheres Nordestinas

Lindas, Luzias, Marias, Ritas...
São as “Cisterneiras” de Mossoró!
Dignas. Sábias. Cabeças erguidas.
Constroem cisternas pra armazenar
água da chuva. Da vida!
A mais desejada riqueza da gente
sertaneja...
Pra irrigar o chão de solo seco.
A semente, o grão, a plantação.
E dar de beber à criação!
Saíram da cozinha...
Tiraram a trouxa e a lata d’água da cabeça.
Quebraram preconceitos e rótulos...
Deixaram para trás a servidão contumaz!
Mudam a realidade brasileira em parte do
semi-árido:
Da Caatinga,
Do xiquexique,
Das cactáceas,
Do pau-de-arara,
De Maria Bonita e Lampião,
De Graciliano Ramos,
De Luís Gonzaga... Asa Branca!
De Patativa do Assaré...
Da antiga, covarde, injusta e persistente
“Indústria da Seca”.
Tiveram fé e ousadia.
Acreditaram em Deus... Em si mesmas!
Organizaram-se! Participaram de cursos e
capacitações!
Hoje, escrevem uma nova página na história:
- das Mulheres Nordestinas, que com garra,
brio e determinação quebram arraigados
paradigmas no interior do sertão...
Não acreditando mais em socorros paliativos,
promessas e politicagem!
Comprovam, corajosamente, que muito mais
que Cisterneiras são 
“Arquitetas de Sonhos e Esperança”...
Exemplo da força e da grande expressão da
Mulher Brasileira!

de Lana Alpino
Governador Valadares - MG - por correio eletrônico
Correio eletrônico: 
lanalpino@gmail.com

Nota do blog: Poema publicado no site do Jornal Mundo Jovem, da PUC do Rio Grande do Sul.

Um comentário:

  1. Prezado Ivanaldo,
    Boa Noite!
    Fiquei feliz com a postagem do poema acima em seu Blog.
    Obrigada pelo retorno do e-mail.
    Ah! Se possível, favor encaminhar alguns comentários sobre o poema. Seria muito legal, se as colegas "Cisterneiras", que participaram o programa Globo Rural, tivessem acesso à leitura do mesmo.
    Abraços fraternos.
    Lana Alpino

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