segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

China: negociações climáticas produziram resultados “positivos”



China, maior emissor mundial de gases de efeito estufa, elogiou no domingo o resultado de uma histórica conferência climática da ONU, que terminou com um acordo de não obrigatoriedade que solicita que os maiores poluidores façam cortes mais profundos, - mas não exige isso.
As negociações internacionais sobre o clima, que trouxe mais de 110 líderes juntos em Copenhague, produziu “significativos e positivos”  resultados,  disse o chanceler Yang Jiechi.
Disputas entre países ricos e pobres e entre os maiores poluidores de carbono – A China e os Estados Unidos – dominaram a conferência de duas semanas. Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas para exigir medidas para esfriar o planeta do superaquecimento.
A reunião terminou sábado, depois de uma maratona de  31-horas de negociação, com delegados aceitando um compromisso negociado pelos Estados Unidos. O chamado Acordo de Copenhague dá bilhões de dólares em ajuda climática às nações pobres, mas não exige que maiores poluidores do mundo façam cortes mais profundos em suas emissões de gases de efeito de estufa.
Yang disse que os resultados positivos da conferência foi de que ele aceite o princípio de “responsabilidades comuns porém diferenciadas”, reconhecido pelo Protocolo de Quioto, e fez um passo em frente na promoção de cortes de emissão obrigatórias para os países desenvolvidos e voluntárias ações de mitigação pelos países em desenvolvimento.
“Países desenvolvidos e em desenvolvimento são muito diferentes em suas responsabilidades históricas de emissões, nos níveis atuais de emissões, e em suas características básicas e nas fases de desenvolvimento nacional”, disse Yang em um comunicado. “Portanto, eles devem assumir diferentes responsabilidades e obrigações no combate às mudanças climáticas”.
Ele disse que a conferência também criou um consenso sobre questões fundamentais como a metas globais de redução em longo prazo, financiamento e apoio tecnológico aos países em desenvolvimento, e de transparência. Ele não entrou em detalhes.
“A conferência de Copenhague não é um destino, mas um novo começo”, disse Yang.
Fonte: en.cop15.dk

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