quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pesquisas sobre plantas medicinais são ampliadas



O desenvolvimento de remédios preparados a partir de plantas medicinais, conhecidos como fitoterápicos, obtidos nas reservas naturais da Caatinga e do Cerrado, e também de biopesticidas para a agricultura orgânica, é uma das metas do convênio firmado entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade do Mississipi (EUA). 

De acordo com o pesquisador Flávio Pimentel, da Embrapa Agroindústria Tropical, coordenadora das ações no Brasil, além da troca de experiências e do treinamento de pessoal, o convênio, que se estende até 2013, visa ao desenvolvimento de pesquisas conjuntas relativas à padronização das matérias-primas. Com a ampliação da base de conhecimentos para a produção de fitoterápicos, a expectativa é elevar a qualidade desses produtos no Brasil. 

“Ampliar a qualidade e a padronização, porque há muitos produtos que têm o mesmo nome e composições químicas diferentes, e são vendidos à população como uma espécie medicinal e, muitas vezes, não se trata da mesma espécie que tem aquele efeito farmacológico. Então, um dos objetivos dessa cooperação é a padronização: definir parâmetros de identificação dessas espécies para que a população não compre gato por lebre”. 

A padronização e o aumento da qualidade poderão levar à redução do custo de várias terapias usadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Pimentel destacou que existe uma lista extensa de plantas medicinais no SUS, envolvendo mais de 40 fitoterápicos. A partir do convênio, a expectativa é de diminuir a importação, com o aproveitamento da biodiversidade brasileira, com foco principalmente nas plantas que já estão na lista do SUS. O custo estimado do convênio é de US$ 2 milhões.

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