sexta-feira, 26 de março de 2010

Energia solar movimenta barcos na Amazônia sem poluição



Um novo modelo de embarcação que utiliza a energia solar como combustível poderá ser usada como alternativa mais limpa e barata para a movimentação pelos rios da região Amazônica. Trata-se da voadeira solar, que funciona por meio de painéis fotovoltaicos (dispositivos que convertem a energia do sol em energia elétrica), localizados na cobertura do veículo.

O projeto é de uma empresa e recebeu recursos financeiros de R$ 128,5 mil por meio do programa Amazonas de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresas na Modalidade Subvenção Econômica (Pappe Subvenção), desenvolvido com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT).

Para o engenheiro florestal da empresa, Carlos Gabriel Koury, o apoio conseguido foi essencial para a realização do modelo de voadeira. “O Pappe foi fundamental, pois estávamos com esse projeto engavetado há anos, sem perspectiva de encontrar parceiros que investissem na ideia”, afirmou.

Ele adianta que, em primeira escala, a ideia é atender atividades que são de uso cotidiano no campo e normalmente executados por moradores do interior com rabetas (canoas com motores de popa), como deslocamento de agentes de saúde, professores, agentes de defesa ambiental, agentes de praia que preservam a desova de quelônios (tabuleiros). Todos passariam a se movimentar sem o consumo de combustível e, consequentemente, sem emissão de poluentes.

As placas solares também tornam os passeios mais agradáveis, pois possibilita que os tripulantes se desloquem protegidos do Sol e sem o elevado ruído do motor. "Avaliaremos também se o modelo proposto pode servir para passeios turísticos mais silenciosos e sem fumaça, pois, quem já se deparou com rabetas, sabe que a fumaça emitida pelos motores incomoda”, ressalta Koury.

A empresa destaca a preservação da floresta pela gestão e manejo florestal sustentável e busca valorizar os serviços e produtos que a floresta amazônica promove para o mundo. Por isso, o modelo utiliza as ferramentas de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), de Estudos para Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e Redução de Emissão de Poluentes por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD).

O projeto também tem o apoio do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), da empresa de embarcações Alegra e do Instituto de Soluções Energéticas Sustentáveis (Ises).

Fonte: 
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)/Portal Brasil


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