sábado, 27 de março de 2010

Frota brasileira de veículos está poluindo menos


A frota brasileira de veículos automotores tem emitido menos gases poluentes nos últimos 18 anos, apesar de apresentar um crescimento vertiginoso nos últimos anos. O número de automóveis, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas do País é estimada hoje em cerca de 36 milhões de veículos. O bom resultado tem sido obtido desde a implantação, em 1986, do Programa de Controle da Poluição por Veículos (Proconve), do governo federal.

O nível de monóxido de carbono, por exemplo, que era de 5,5 milhões de toneladas, caiu para 2 milhões de toneladas em 2008. Os números são do 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, lançado nesta quinta-feira (25) no Rio de Janeiro.

De acordo com o levantamento, ainda assim, os 36 milhões de veículos da frota brasileira são responsáveis por 90% das emissões de gases poluentes e de efeito estufa. Mas antes do Proconve, os carros podiam emitir até 58 gramas de poluente por quilômetro. Com a regulamentação, esse limite atualmente é de 0,5 gramas por quilômetro. A renovação da frota e a utilização de biocombustíveis, como o etanol, também contribuíram para a redução.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o governo pode anunciar nos próximos meses o aumento da proporção de biodiesel na mistura com o diesel, saindo do atual B5 (5% de biodiesel) para o B10 (10%) ou até B15 (15%). 

O inventário aponta que o transporte individual de passageiros emite 40 vezes mais poluente que o transporte público. Outro alerta do documento é o crescimento do número de motocicletas em circulação no país: em 2008 eram cerca de 9 milhões e devem chegar a 20 milhões em 2020. As motos emitem três vezes mais monóxido de carbono que um carro de passeio. 

O inventário mediu as emissões de monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos não metano, aldeídos, material particulado e emissões evaporativas, além de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono e o metano.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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